(𝐕𝐎𝐋. 𝐈𝐈) | 35. O fim da batalha

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Melissa Jenner

Ele não queria fazer isso, não iria te entregar. No plano do Rick, ele te faria de isca e nós o emboscaríamos. Fui contra isso, você estaria em meio de todo caos. Mas, Rick disse que te perguntaria o que acha.

— Parece que o Merle chegou antes dele. — Apontei.

Daryl dirigia o carro enquanto conversávamos.

— Eu sei, eu também ficaria com raiva dele mas...

— Não estou com raiva dele.

— Não? Por que?

— O Merle estava fazendo isso por você. Ele queria que ficasse bem, que todos ficassem seguros e que você tivesse um futuro. Merle se sentiu mal o tempo todo e, por mais que tentasse disfarçar, estava na cara. Até ele desistir de me entregar.

— Por que não voltou quando ele desistiu?

— Porque eu queria o mesmo. Se ele fosse sozinho, ia acabar morto.

Daryl me olhou, ele tocou minha mão dividindo a atenção entre mim e a estrada.

— Então... você gosta de mim?

— Hnm. — Pude ver seu rosto corar.

— Não sabia que era apaixonado por mim. — Eu ri.

— Ai tá exagerando. —  Ele me encarou mas acabou rindo também. — Chegamos.

Passamos pelo portão derrubado da prisão. Ao chegar perto, abriram o portão do pátio e nós entramos. Rick correu em nossa direção, assim que eu desci do carro ele me abraçou firme.

— Me desculpe... me desculpe.

— Eu entendo... irmão. — O abracei de volta.

...

Hershel havia dado alguns pontos e cuidado de Merle. Eu terminava de colocar as coisas da Judi em uma bolsa enquanto Carl a segurava.

— Eu sei que não quer falar com seu pai, mas eu estou bem. — Carl só me olhou em silêncio. — Não quero que brigue por mim. Ele fez o que pensou ser certo.

— Que bom que está bem. — Ele respondeu.

Coloquei minha bolsa nas costas, Carl me deu a Judi e levou a bolsa dela. Lá fora, entreguei a bebê a Beth que ficaria cuidando dela. Merle ja estava dentro do carro, apagado por causa dos sedativos. Assim que guardei minhas coisas, voltei para dentro.

— Estamos prontos. — Falei a Rick que desviou o olhar. Desde o pedido de desculpas mais cedo, não havíamos conversado. — Era um bom trato do governador. Tinha que pensar nisso, eu entendo.

— Pois é, desculpa. Eu considerei aceitar.

— Mas não aceitou. Nunca o agradeci...

— Pelo que?

— Por me tirar de lá naquele dia, por me aceitar.

— Bom, tecnicamente foi você que nos tirou.

— Poderiam só ter ido embora, me deixado pra trás.

𝗔 𝗥𝗘𝗦𝗜𝗟𝗜Ê𝗡𝗖𝗜𝗔 - 𝙳𝚊𝚛𝚢𝚕 𝙳𝚒𝚡𝚘𝚗 •𝕋𝕨𝕕•Onde histórias criam vida. Descubra agora