𝗔 𝗥𝗘𝗦𝗜𝗟𝗜Ê𝗡𝗖𝗜𝗔 - 𝙳𝚊𝚛𝚢𝚕 𝙳𝚒𝚡𝚘𝚗 •𝕋𝕨𝕕•

(𝐕𝐎𝐋.𝐈) | 02. Ecstasy

Melissa Jenner

— O que foi que eu te disse Melissa!? Eu te mandei não sair da cidade, era pra você ficar na cidade e estar aqui as 18 horas.

Eu estava sentada no escritório do meu pai enquanto ele me dava a maior bronca.

— Pai, eu já sou adulta. Fiz 18 anos recentemente, eu sei me cuidar. Além do mais eu tava com o Tyler, não nos metemos em nenhuma confusão.

— Mas você assinou um contrato, você tem que obedecer!

— Em troca de que!? Eu não tenho nenhuma liberdade!

— Em troca da sobrevivência da raça humana, você aceitou isso!

— Eu não aceitei nada, você me obrigou a fazer isso. Por que é um pai ruim! — Gritei de volta.

Meu pai saiu de trás da mesa e me pegou pelo braço irritado.

— Você é irresponsável, estava indo pra King County, e ainda foi parada por um policial. Qual seu problema!? Eu não criei uma filha assim!

Ouvimos alguns toques na porta e meu pai mandou que entrasse, um dos seguranças abriu a porta com uma caixa na mão. Merda...

— Senhor, achamos isso no carro.

Meu pai pegou a caixa e a abriu, tirou a Magnum de dentro e me encarou com os olhos fervilhando de raiva.

— VOCÊ COMPROU UMA ARMA!?

— Ed se acalme! — Minha mãe gritou.

— Não, Candace. Essa garota não nos respeita mais!

— Isso é por que você não me deixa ser livre!

— Eu vou te mostrar o que não deixar ser livre, sábado você vai tomar as aplicações e não vai sair na próxima semana.

— Edwing! — Minha mãe gritou.

— Você não pode fazer isso! — Eu gritei.

— Posso e vou, além do mais, você não poderá falar com Tyler até minha ordem! É isso aqui. — Ele balançou a arma e deu na mão do segurança. — Vai voltar de onde veio.

— O que? Não! — Pedi, mas não adiantou.

Ele deu sinal aos seguranças que entraram e me pegaram pelos braços. Enquanto eu me debatia eles me tiraram do chão e me levaram até meu quarto. Me deixaram lá e quando tentei abrir a porta de novo mas estava trancada.

Com raiva joguei minha estante de livros na porta, me sentei no chão ao lado da cama.

— Eu odeio minha vida... se é que da pra chamar isso de vida.

[...]

— São 21 horas, gostaria de tocar sua playlist?

— Sim Vi, obrigada.

Me levantei do chão e peguei meus livros enquanto a música tocava em som ambiente. Acabei não notando quando minha mãe entrou.