Capitulo 4- tratativa de um gangster, nós só adota aquilo que prega

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Maria Eduarda Sulivan/Madu

Na manhã seguinte, Julia mal havia acordado e já levou um susto com o som de alguém batendo na porta com pressa

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Na manhã seguinte, Julia mal havia acordado e já levou um susto com o som de alguém batendo na porta com pressa. Ainda esfregando os olhos, abriu e viu Maria Eduarda — ou Madu, como sempre a chamava — parada ali com um sorriso maroto e o celular em mãos.

Assim que Julia abriu a porta, Madu entrou falando alto:

— Não acredito! Você me manda aquele áudio gigante com essas novidades e quer que eu fique calma? Amiga, isso é de surtar! — ela dizia enquanto já tirava o casaco e jogava a bolsa no sofá.

— Madu, pelo amor... — Julia sussurrou, meio desesperada, lembrando do horário — São seis e meia da manhã, maluca! Vai acordar a vizinhança toda.

— E como você espera que eu não grite com tudo isso? Você está vivendo uma fanfic, mulher! Primeiro dia na Supernova, carona com o Ghard, ele curtindo uma mensagem antiga sua... — Madu a olhava com os olhos brilhando, divertindo-se como uma criança assistindo um filme muito bom.

Julia tentou segurar um sorriso, mas logo o desmanchou:

— Olha, não cria expectativas, ele só me ofereceu a carona pra não me deixar na rua àquela hora. Dá pra ver que ele me evita.

Madu revirou os olhos e começou a rir:

— Até parece, amiga! Só o fato dele ter oferecido a carona já é um sinal!

—Você é tão iludida quanto eu! — Kaminari disse pegando o pão e a servindo um copo de suco.

— Pois é, olha quem fala. Cresceu, saiu de casa e ainda não faz café, que decepção em. Tá Tão ruim morar longe de você, já estou com saudades — Madu disse, fingindo drama e se aproximando para um abraço.

— Saudade também, amiga — Julia retribuiu, mas logo tentou se soltar, rindo. — Tá bom, tá bom, chega de toque físico, sem toque físico!

Julia não era lá um talento na cozinha, mas sabia se virar com um café da manhã completo: ovos, suco, e seu famoso misto quente na chapa, sua especialidade. As duas se sentaram, compartilhando histórias e risadas enquanto comiam.

— Ah, você precisa dar um jeito nessa casa. Ainda parece um cativeiro — Madu zombou, observando o ambiente meio vazio.

Julia revirou os olhos, já acostumada com as críticas da amiga:

— Vou decorar, tá? Só não tive tempo ainda.

Depois de mais alguns minutos de conversa animada, Madu olhou para Julia com uma expressão curiosa:

— E a gente falou tanto dos meninos, mas e o trabalho? Como foi? Você gostou de verdade?

Julia assentiu, animada:

— Muito, Maria! É bem puxado, claro, mas o ambiente é incrível. Ontem trabalhei poucas horas, mas o horário é flexível, então posso passar o dia no estúdio ou fora, depende da tarefa. Já vi que vou aprender demais lá, e a estrutura é incrível. Até ganhei um tablet de trabalho, acredita?

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