PAT
Saio da cozinha encontrando o professor sentado no sofá de costas para mim assistindo desenho, procuro pelo meu filho, mas ele não está por perto.
— E o Dean?
O professor olha para trás e coloca o dedo indicador na frente dos lábios, me aproximo e vejo o Dean deitado no seu colo dormindo. É incrível como ele se apegou e se sente a vontade com o Pran, essa era a maior preocupação da minha mãe quando matriculei ele na escola, por isso ela ficava com aquela história de que estudar é importante, porque tinha medo de que o Dean não aceitasse o professor pela forma como as pessoas agem na cidade, no fim o professor veio de fora e encantou o meu filho desde o primeiro dia, encantou a nós dois.
Eu dou a volta no sofá, paro na frente do professor e levanto o seu queixo, ele segura a minha mão olhando nervoso para o Dean, mas não me impede quando me aproximo e o beijo. Pego o Dean no colo com cuidado e o professor fica em pé, sei que está tentando fugir, então sorrio e aponto para a porta com a cabeça.
— Pode abrir pra mim, por favor?
O Pran faz o que eu pedi sem questionar, quando passo por ele paro, beijo o seu pescoço e falo no seu ouvido.
— Pode fechar as cortinas pra ele não acordar com a luz?
Ele me olha com aquela cara de gato arisco, mas acena e vai até às janelas. Claro que isso não acordaria o Dean do soninho da tarde dele, principalmente hoje que brincou no parque, mas não vou dar chance do professor escapar.
Deito o Dean na cama cobrindo ele e me aproximo beijando a sua testa, quando levanto percebo que o professor está assistindo tudo sorrindo, ele pode ser um gatinho arisco, mas é o gato arisco mais fofo que eu já vi.
Eu penso em ir até ele, mas vou para a porta e espero, quando passa por mim eu o seguro pela cintura, fecho a porta e abro a porta ao lado, o professor olha nervoso, ele sabe que é o meu quarto, pois trouxe ele aqui mais cedo, mas não cheguei nem perto de fazer o que eu queria naquela hora.
— Eu preciso ir, Pat.
— Precisa mesmo ou está tentando fugir, professor?
Um brilho no seu olhar mostra que ele não gostou do que eu disse, então eu o provoco mais.
— Você é desses que foge como um gatinho assustado, Pran?
Ele me encara por alguns segundos, de repente sorri, mas não é um sorriso lindo ou fofo, é mais como... Como um predador que achou a sua presa.
— Quem está fugindo aqui, Pat?
Ele me surpreende ao segurar o meu pescoço me puxando pra ele e me beijando, eu nem preciso fazer mais nada, porque ele mesmo assumiu o controle me levando para dentro do quarto me guiando para a cama. Nem consigo acreditar quando o professor me empurra me jogando na cama e deita sobre mim, ele me beija com fome, com desejo, com tesão, me beija como se tivesse se segurando até agora, mas não conseguisse fazer mais, eu aproveito o máximo que posso, pois sei que assim que ele voltar ao normal nós vamos voltar a estaca zero, seja lá qual barreira que o impede de fazer o que quer, não vai ser tão fácil de derrubar.
O professor segura o meu queixo levantando a minha cabeça e beija o meu pescoço, não precisa de muito mais que isso pra me deixar excitado. Quero muito tocar nele, sentir a sua pele, saber se ele também está excitado, mas me contenho, eu quero muito tudo isso, mas decidi fazer tudo no tempo do professor, não quero que ele faça alguma coisa no calor do momento e depois se arrependa, ele me quer, é só questão de tempo até se entregar.
Ele volta a me beijar e eu me concentro nele, dou o meu melhor para ter certeza que ele não vai conseguir esquecer do meu beijo, que não vai esquecer de mim.
Tento não reagir quando sinto a sua mão na minha cintura, ela desliza pela lateral do meu corpo até alcançar a minha coxa levantando apenas alguns centímetros da cama, me fazendo abrir as pernas para se encaixar entre elas. Enfim eu descubro que ele também está excitado quando o seu pau pressiona contra o meu, é estranho, mas também é delicioso. Dessa vez eu não consigo me conter, como se tivessem vontade própria as minhas mãos descem pelas suas costas até encontrar a sua bunda, eu aperto com força fazendo ele gemer, o professor gosta disso, aposto que sexo com ele é algo insano, isso quando ele se soltar. Nunca transei com um cara, mas não vejo a hora de poder foder ele.
Quando estamos ofegando a ponto de não conseguir mais continuar o Pran se afasta e fica me encarando. Como eu amo a forma como os seus olhos se comunicam sempre entregando tudo o que ele está sentindo, tenho certeza que se eu tentasse ir além nesse momento ele não me impediria, porque ele também quer isso, o seu desejo está em cada gesto, cada toque, cada beijo, está no seu olhar... Mas eu não quero fazer isso ainda, quer dizer, eu quero, mas quero fazer direito, conhecer ele, ter certeza que é a coisa certa, pra mim e pra ele, e quando for a hora certa nós saberemos, sem dúvidas ou medo.
Eu sorrio e toco o seu rosto, o professor fecha os olhos e inspira fundo, quando abre vejo desejo e muitas dúvidas. É como se ele tivesse duas personalidades, algo tipo o professor que é um gato fofo e assustado, tímido e cheio de receios e... Hum... Talvez tenha que chamar de Pran pra diferenciar, o Pran é diferente do professor, ele é ousado, decidido, arisco e sabe o que quer. Gosto das duas personalidades, mas quero muito saber quem ele é de verdade, o professor, o Pran ou uma combinação dos dois?
— É melhor eu ir, Pat...
Não existe confiança nenhuma na sua voz, mesmo assim eu concordo e dou um beijo leve na sua boca, os seus olhos demoram um pouco para se abrir e sei que a dúvida está o impedindo de ir embora, como se estivesse em uma luta interna, quero muito que o Pran ganhe essa, mas o professor não vai facilitar.
— Sábado eu vou trabalhar, me encontra no bar?
— Pat...
— Só pensa nisso, ok?
O professor suspira e concorda, apoia as mãos na cama e se afasta sentando ao meu lado, ele tenta ser discreto ao puxar a camisa para cobrir a sua ereção, mas não é tão discreto assim ao olhar para o meu pau que ainda está duro implorando pra eu jogar ele na cama e continuar o que estava fazendo, pelo jeito vou ter que bater uma no chuveiro de novo assim que ele for embora.
— Quer me ajudar com isso, professor?
Eu sorrio quando ele levanta assustado. Esse é o meu gatinho fofo! Ele anda rápido até a porta e eu corro o prendendo contra a madeira, beijo o seu pescoço ouvindo o seu gemido baixo e falo no seu ouvido.
— Um dia você vai me ensinar como se faz, professor...
Beijo o seu pescoço mais uma vez e me afasto vendo ele abrir a porta e sair sem olhar para trás.

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Daddy
FanfictionPat, um pai solteiro que enfrenta as dificuldades de criar seu filho sozinho, e Pran, um professor primário recém-chegado que luta para ser aceito em seu novo emprego, têm seus caminhos cruzados quando Pran começa a dar aulas para o filho de Pat. Em...