Nada para contar

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PAT

Acordo com a luz do sol no meu rosto, mas viro para o outro lado pra continuar dormindo, sinto o seu cheiro doce e sorrio, mas o sorriso dura apenas alguns segundos até eu lembrar que ele está aqui. Prendo a respiração e abro os olhos devagar, quase não consigo acreditar, ele está mesmo aqui!

Lembro da noite passada, depois que finalmente aceitou me dar uma chance o professor disse que tinha que ir embora, na hora eu só estava com medo de que ele se afastasse e voltasse atrás, então pedi pra ele ficar. Percebi que mesmo querendo, algo estava o impedindo, então eu prometi que não tentaria nada e que nós vamos devagar, temos tempo, não tem porque apressar as coisas. O professor ainda estava relutante quando aceitou, eu queria muito aproveitar a companhia dele e os seus beijos, mas como prometi ir com calma, nós apenas deitamos e ficamos em silêncio, queria dizer algo, sei lá, conversar, mas estava cansado demais. A última coisa que me lembro é de deitar nos seus braços e sentir o seu cheiro doce.

Apesar de lamentar a noite perdida, fico feliz por nada ter acontecido, eu realmente quero ir com calma com o professor. O meu último relacionamento, o único relacionamento, acabou há cinco anos atrás, comecei a namorar com a Mia aos 15 anos, no último ano do ensino médio ela engravidou e fomos morar juntos, claro que antes dela eu beijei duas ou três garotas, teve algumas outras depois, mas com o Pran alguma coisa é diferente, talvez por eu ser mais velho, ou então por ele ser homem, pode ser a segurança que o professor me faz sentir... Realmente não sei o que ele tem, mas me faz querer ter um futuro, algo que, sinceramente, eu nunca pensei antes. Eu estava bem vivendo um dia de cada vez, ganhando o suficiente pra dar uma vida tranquila pro Dean, sem me preocupar com o que vai ser ou como vai ser, mas agora isso é tudo o que eu penso, como vai ser?

O professor pisca algumas vezes, então abre os olhos, ficamos nos encarando em silêncio até ele levantar a mão e arrumar o meu cabelo.

— Bom dia, Pat...

Eu sorrio me aproximando e beijo a sua testa, é um hábito, algo que sempre faço pra desejar bom dia para o Dean.

— Bom dia, professor!

Voltamos a ficar em silêncio, mas eu sinto que nesse momento nada precisa ser dito, está perfeito assim.

Depois de alguns segundos tentando não olhar para a sua boca eu desisto e começo a me aproximar devagar, quando os olhos do professor se fecham os seus lábios vem de encontro aos meus, ele segura a minha cintura me puxando pra perto e a sua língua invade a minha boca, quando me empurra deitando sobre mim não posso deixar de pensar que esse não é o professor, é o Pran, e o Pran sempre me deixa com um puta tesão dificultando toda aquela coisa de ir com calma.

Mantenho as minhas mãos o mais longe possível do seu corpo enquanto aproveito o seu ataque, quando ele para de me beijar consigo relaxar um pouco, mas o professor não acordou pra brincadeira, ele beija o meu pescoço uma vez e afasta a minha camisa abrindo ela, estava tão cansado ontem que acabei dormindo com a roupa do trabalho.

Sinto que estou perdendo o controle quando o Pran envolve o meu mamilo com os lábios e chupa com força me arrancando um gemido gostoso, sem me dar uma folga ele segura a minha perna afastando ela, a sua boca passeia pelo meu peito enquanto ele abre os botões da minha camisa, no momento em que a sua língua invade o meu umbigo eu desisto de tudo, se ele quer fazer isso que se foda todo resto! Eu com certeza estou louco pra saber como é.

— Papai?

Nós dois olhamos para porta assustados e o Pran pula para fora da cama se afastando de mim, eu respiro fundo três vezes para me acalmar e levanto saindo do quarto antes que o Dean resolva entrar.

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