Cap 31

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Emma estava no escritório da Koch, tentando se concentrar em seu trabalho, mas o mal-estar não a deixava em paz. A sensação de náusea aumentava a cada minuto, e ela finalmente não conseguiu segurar mais. Levantou-se rapidamente e correu até o banheiro, onde se ajoelhou diante da pia, vomitando sem conseguir controlar.

Ela estava exausta, os olhos lacrimejando enquanto o corpo tremia. A pressão do trabalho, a situação com Cárter e todo o caos em sua vida estavam começando a pesar demais. Emma olhou para o espelho, vendo seu reflexo pálido e cansado. Ela precisava de uma pausa, mas sabia que não poderia.

Com dificuldade, ela se levantou e voltou para a sua sala, sentindo os olhos de todos ao seu redor, mas não tinha energia para se importar. Ela pegou o celular, hesitou por um momento, mas acabou enviando uma mensagem para Rafe, sua única âncora.

— Estou mal, Rafe. Não sei quanto mais consigo lidar com isso.

Ela colocou o celular de lado, mas logo ele vibrou. A resposta de Rafe apareceu na tela:

— Ei, princesa, estou pensando em você. Quero que me ligue quando puder. Não está sozinha, ok?

Emma sorriu fraco ao ler a mensagem, sentindo um alívio momentâneo, mesmo que ele estivesse longe. Ela se afundou na cadeira, tentando ignorar a dor e os sentimentos conflitantes que a consumiam. A batalha estava longe de terminar, mas, ao menos, ela não estava sozinha.

Bart entrou na sala de Emma com um copo de café na mão, seu semblante sério, o que imediatamente chamou a atenção dela. Ela estava sentada na mesa, ainda tentando se recompor depois do último episódio de náusea.

— Emma, precisamos conversar sobre alguns ajustes nas estratégias da Koch... — disse Bart, tomando um gole do café enquanto olhava para ela.

Ela tentou manter a compostura, mas assim que o cheiro do café invadiu suas narinas, um enjoo insuportável tomou conta dela. Emma levantou-se abruptamente, mas antes que pudesse alcançar a porta, a náusea foi demais. Ela se virou rapidamente para a pia, vomitando intensamente.

Bart olhou para ela, surpreso, e largou o café na mesa, indo até ela com uma expressão de preocupação, mas também de irritação.

— Emma, o que está acontecendo com você? Está ficando cada vez mais difícil te encontrar em condições... — disse ele, tentando manter a calma, mas havia algo em sua voz que denunciava o desconforto.

Ela estava ofegante, o rosto pálido, as mãos tremendo.

— Eu... não estou me sentindo bem, Bart — Emma conseguiu dizer, ainda com a respiração acelerada.

— Isso é mais do que um simples mal-estar, Emma. Você precisa ver um médico — Bart insistiu, olhando fixamente para ela.

Emma se apoiou na pia, tentando se recompor, e então respondeu com uma voz quase inaudível:

— Já estou cuidando disso...

Mas na verdade, o que ela mais queria era sair dali, para longe de tudo aquilo. A última coisa que ela queria era continuar a encenar essa vida que não fazia sentido, mas sabia que precisava, por enquanto.

Emma estava em um estado de torpor. Seu coração batia forte, a mente um turbilhão. Ela mal conseguia pensar, mas sabia que precisava de respostas, e a única forma de conseguir isso era se encarando com a realidade. Naquele dia, após sair apressada da Koch, ela foi até uma farmácia, quase sem perceber o caminho. Seu corpo se movia de forma automática, mas sua mente estava em pânico.

Com o teste de gravidez em mãos, Emma entrou no banheiro de sua casa no Upper East Side, o único lugar onde se sentia minimamente segura. Ela olhou para o objeto, sentindo um peso em seu estômago, como se tudo estivesse girando ao redor dela. Ela seguiu as instruções, mas nada podia prepará-la para o momento em que olhou para o resultado.

Me and you - Emma Koch e Rafe CameronWhere stories live. Discover now