46 // Frango frito

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Kiku não atendia suas ligações

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Kiku não atendia suas ligações. Era a primeira vez que demorava tanto tempo para entrar em contato com a assistente. Estava acreditando ainda mais que havia algo errado. Ligou para Reiju, mas ela também não atendia.

E ele não fazia a mínima ideia de onde ir.

Permaneceu tentando entrar em contato com uma das duas, mas nada. O que era de tão importante para terem sumido sem explicarem nada? Sanji estava a ponto de pegar um táxi e voltar para a empresa.

Isso se... um policial familiar não tivesse vindo, na sua direção, saltitando de felicidade.

── Sanji! Não acredito que nos encontramos! ── Yamato diz com seu enorme sorriso ── O que aconteceu? Parece meio perturbado.

── Minha irmã me mandou mensagem dizendo que tínhamos um problema e, agora, não consigo falar nem com ela ou com minha assistente. Estou pensando em voltar a empresa... talvez lá eu tenha respostas.

── Eu posso lhe dar uma carona!

── Sério, Yamato, é muito gentil da sua parte... ── Dá última vez que ganhou uma carona, não deu muito certo ── ...mas eu realmente não quero atrapalhar.

── Está tudo bem! É meu horário livre! ── Diz ── E, sinceramente, eu não quero voltar a delegacia... não com toda aquela energia.

Sanji apenas segue com Yamato até onde a viatura estava estacionada. Yamato havia parado para comer e, quando estava voltando, encontrou o loiro no caminho. O estacionamento não era longe, mas deu a oportunidade de saber mais sobre o que o policial estava falando.

── É a primeira vez que vejo o meu chefe tão... irritado ── Sanji sorri um tanto nervoso. Isso explicava muita coisa ── Grita com um, grita com outro... a delegacia está com uma energia pesada desde que ele voltou da viagem com os amigos.

── Eu realmente não consigo imaginar o motivo...

── Nem eu! ── Exclama ── Uma vez eu tentei perguntar... mas eu quase era fatiado no meio! Sobrevivi por pouco!

Sanji ri. Conseguia imaginar bem aquele idiota com raiva.

── Certeza que foi apenas um... mau entendido ── Diz ── Quer dizer, certeza que ele vai ficar bem... uma hora ou outra.

Yamato dá um suspiro longo.

── Eu quero pegar casos grandes... daqueles que saem em jornal! Imagina uma foto minha no telão principal: "Policial Yamato resolve crime" ── Gesticula, imaginando mesmo seu nome nos grandes telões de notícia ── Eu quero ser um grande investigador... assim como meu chefe!

Sanji acaba parando no caminho.

── Zoro é um investigador? Como um... detetive?

── Isso! Não sabia? ── Yamato parecia surpreso ── Ele é muito bom no que faz. Se manter nessa linha... está bem próximo de ser promovido a sargento! Imagina só!

Talvez tivesse ficado surpreso demais... afinal, não sabia que Zoro era tão importante assim. Porém, haviam tantas coisas que não sabia mais sobre o ex.

── Isso é algo bom, não é?

── Claro! Além de trabalhar em casos mais importantes, também comandaria sua própria equipe! ── Yamato tinha estrelas nos olhos ── Eu ia adorar ser parte da equipe dele!

Sanji sorri, admirando a animação do oficial.

Então aquela era a vida de Zoro: atrás dos caras maus quando não estava ocupado se perdendo pela cidade.

── Chegamos!

Yamato já vai tirando as chaves da viatura e Sanji acaba pegando o celular, notando a ligação de Kiku.

── Oh, Kiku! Eu estava tentan─

── FUJA!

Sanji não entendeu nada, mas escutou o som de vidro quebrado perto dele. Yamato havia tido sua cabeça arremessada em um dos vidros da viatura e acabou desmaiando no chão. O cozinheiro sentiu seu corpo se puxado antes de socorrer o amigo e tudo ficar turvo por conta do pano que foi pressionado em seu rosto...

Ele ia perdendo a consciência aos poucos, mas pode escutar os sons de pneus freando rápido e jogando seu corpo dentro de algum veículo.

Foram as suas últimas lembranças daquela tarde.

•••

Yamato tinha que estar vivo ou ele nunca iria se perdoar...

Estava tonto e sua cabeça doía como se tivesse levado uma pancada forte. Tentou mover o corpo, mas suas mãos e pernas estavam presas. Com fita? Com corda... não fazia nem ao menos onde estava. Só sentia o cheiro de mofo, ferro e talvez, se não estivesse enganado... frango frito?

Talvez fosse pelo fato de não estar sozinho... onde quer que estivesse.

── Oe, avisa ao chefe que o loiro acordou...

Sanji notou que o quarto tinha uma pessoa iluminação, mas entendeu de onde vinha o cheiro de frango: um dos caras que o vigiava comia um balde, possivelmente quase no fim, enquanto esperava. Aquele era o de menos: a sala era úmida e antiga, parecendo ser resultado de anos de deterioração do lugar. Talvez fosse um prédio antigo, porém afastado da cidade. Sanji não conseguia escutar nada vindo do lado de fora, mesmo com a pequena janela quebrada no topo. Do lado de fora, já era noite...

Por quanto tempo esteve apagado?

── Sanji...

Olha para trás e acaba encontrando um dos irmãos. Niji e Ichiji não estavam nas suas melhores condições, indicando que, talvez, estivessem ali há mais tempo que o loiro. Como se havia falado com eles logo de manhã cedo?

── Vocês estão bem?!

── Vou ficar quando matar aquele filho da puta...! ── Niji acaba cuspindo, o que parecia ser sangue.

── Quem...?

A porta abriu.

Não deveria nem ao menos fingir surpresa.

Estava na cara que ele tinha algo a ver.

── Sanji! Finalmente você acordou! ── O mais velho diz. Orochi continuava o mesmo ser desprezível de sempre ── Só estava faltando você!

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Notas Finais

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Notas Finais

Eu disse que eu voltava. Com esses cinco capítulos de hoje, faltariam mais dez para acabar a primeira parte dessa história. E eu tô muito ansioso para chegar na segunda parte irri!

𝐋𝐄𝐒𝐒𝐎𝐍𝐒 𝐀𝐁𝐎𝐔𝐓 𝐘𝐎𝐔𝐑 𝐇𝐄𝐀𝐑𝐓 𝟐 || Zoro x SanjiOnde histórias criam vida. Descubra agora