Capítulo 93

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SOPHIA CAMPBELL

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SOPHIA CAMPBELL

Eu estava paralisada, o corpo inteiro tremendo enquanto via doutor Alencar puxar uma arma. Meu coração batia tão forte que parecia ecoar em meus ouvidos. James, que continuava à minha frente como um escudo, não desviou o olhar dele .

Sussurrei, tentando manter a calma:

— James, você confia em mim?

Ele olhou para mim por sobre o ombro, seus olhos carregados de preocupação e dúvida.

Antes que ele pudesse responder, o dr. deu um passo à frente, a arma apontada diretamente para James.

— Sophia, o que pretende? Devo atirar no seu marido? — perguntou, sua voz carregada de desdém.

Engoli em seco, meu olhar alternando entre James e a arma.

— Não precisa fazer isso — respondi, tentando manter a voz firme. — Eu vou com você. De livre e espontânea vontade.

James se virou para mim, incrédulo, mas antes que ele dissesse algo, ergui as mãos em um gesto de rendição.

— James, confie em mim. Enquanto o doutor Alencar se aproximava. Seus olhos eram frios, calculistas, mas havia algo em sua expressão... uma mistura de ódio e obsessão.

— Você está fazendo a coisa certa, Sophia — disse Alencar, agarrando meu braço com força.

Olhei para ele, ignorando a dor no braço.

— Doutor Alencar, eu te perdoo. Apesar de tudo, está tudo bem.

Ele franziu o cenho, confuso, e seus olhos se estreitaram.

— Perdão? Não preciso do seu perdão.

— Precisa sim — sussurrei. — É Natal. Você tem que acreditar em milagres.

Por um momento, ele hesitou, mas logo se recompôs, puxando-me para perto enquanto apontava a arma para James.

— Não ouse nos seguir, Campbell. Não vou hesitar em atirar.

James deu um passo à frente, mas a arma foi erguida ainda mais.

— James, por favor, não — implorei, com os olhos cheios de lágrimas.

O doutor Alencar me puxou para fora do quarto, fechando a porta atrás de nós e trancando-a.

Enquanto ele apontava a arma para mim agora, senti minha respiração ficar pesada. Ele estava mais instável do que nunca, e eu sabia que precisava pensar rápido.

— Sophia, você acha que palavras bonitas e perdão vão mudar alguma coisa? — perguntou ele, rindo com desdém.

— Não — respondi, tentando parecer mais calma do que realmente estava. — Mas sei que você não precisa fazer isso.

DESTINO TRAÇADOOnde histórias criam vida. Descubra agora