Era uma noite fria de inverno quando Sophia Johnson, uma jovem negra de 20 anos, descobriu a verdadeira identidade de sua família. Ela sempre soube que era diferente das outras crianças, criada como empregada na mansão dos Johnson e tratada com desp...
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SOPHIA CAMPBELL
Eu estava paralisada, o corpo inteiro tremendo enquanto via doutor Alencar puxar uma arma. Meu coração batia tão forte que parecia ecoar em meus ouvidos. James, que continuava à minha frente como um escudo, não desviou o olhar dele .
Sussurrei, tentando manter a calma:
— James, você confia em mim?
Ele olhou para mim por sobre o ombro, seus olhos carregados de preocupação e dúvida.
Antes que ele pudesse responder, o dr. deu um passo à frente, a arma apontada diretamente para James.
— Sophia, o que pretende? Devo atirar no seu marido? — perguntou, sua voz carregada de desdém.
Engoli em seco, meu olhar alternando entre James e a arma.
— Não precisa fazer isso — respondi, tentando manter a voz firme. — Eu vou com você. De livre e espontânea vontade.
James se virou para mim, incrédulo, mas antes que ele dissesse algo, ergui as mãos em um gesto de rendição.
— James, confie em mim. Enquanto o doutor Alencar se aproximava. Seus olhos eram frios, calculistas, mas havia algo em sua expressão... uma mistura de ódio e obsessão.
— Você está fazendo a coisa certa, Sophia — disse Alencar, agarrando meu braço com força.
Olhei para ele, ignorando a dor no braço.
— Doutor Alencar, eu te perdoo. Apesar de tudo, está tudo bem.
Ele franziu o cenho, confuso, e seus olhos se estreitaram.
— Perdão? Não preciso do seu perdão.
— Precisa sim — sussurrei. — É Natal. Você tem que acreditar em milagres.
Por um momento, ele hesitou, mas logo se recompôs, puxando-me para perto enquanto apontava a arma para James.
— Não ouse nos seguir, Campbell. Não vou hesitar em atirar.
James deu um passo à frente, mas a arma foi erguida ainda mais.
— James, por favor, não — implorei, com os olhos cheios de lágrimas.
O doutor Alencar me puxou para fora do quarto, fechando a porta atrás de nós e trancando-a.
Enquanto ele apontava a arma para mim agora, senti minha respiração ficar pesada. Ele estava mais instável do que nunca, e eu sabia que precisava pensar rápido.
— Sophia, você acha que palavras bonitas e perdão vão mudar alguma coisa? — perguntou ele, rindo com desdém.
— Não — respondi, tentando parecer mais calma do que realmente estava. — Mas sei que você não precisa fazer isso.