"Dizem que é o que você faz Eu digo que depende da fé Está enrolada na minha alma Tenho que deixar você ir Seus olhos, eles brilham tanto Quero guardar a luz deles Não posso fugir agora A menos que você me mostre como." - Damons.- Amélia? Amélia você está bem? - Escutei a voz de Regina me chamando, repirei fundo e abri meus olhos.
- Estou bem. - Soltei - me da porta em que segurava.
- Já é a sua terceira tontura hoje garota! Vai no médico! - Repreendeu - me Regina.
- Eu estou bem Re, vamos logo terminar isso. - Disse a ela referindo - me as camas ainda desarrumadas.
A um mês atrás, depois que eu voltei para o Brasil, eu venho trabalhando no hotel de Helena como camareira, e a noite, eu sou garçonete em um bar pertinho daqui, todo esse esforço, para poder conseguir ajudar Lira com o orfanato, já que é só isso que me restou.
Aqui no hotel, fiz amizade com várias pessoas, mas Regina...ela virou uma irmã mais velha. Ela tem a mesma idade que eu, e quando contei minha história a ela, ficou pasma em eu ter...bom, aquela pessoa quem não quero pronunciar o nome, Regina acha ele um Deus grego, descubri várias fotos dele no celular dela, o que foi bastante estranho.
Joseph também está trabalhando aqui, mas como recepcionista, todos os dias ele me leva e busca do barzinho, eu tive que esclarecer nossa relação, e foi um pouco difícil conviver com o sorriso decepcionado dele por alguns dias, mas eu sobrevivi, disse a ele que não teríamos mais nada, já que tenho muita coisa bagunçada na minha vida.
- Pronto, acabamos. - Disse Regina.
- Já está na minha hora também. - Eu disse trancando a porta do quarto.
- Quando é que você vai tirar uma folga amiga? - Perguntou Regina. Suspirei exausta.
- Hoje é sexta, bastante movimento, muitas gorjetas! Estou animada com isso. - Forçei uma expressão feliz.
- Você não me engana Amélia, mas vamos logo, já estou morrendo de saudades do Joseph. - Disse sorrindo.
Desde que chegamos aqui para trabalhar, depois de alguns dias conversando com Regina, ela confessou - me que sempre achou Joseph um pedaço de céu, perguntei como ela já o conhecia, ela me disse que o conheceu quando Joseph vinha pra cá nas férias, achei meio cômico essa paixão por Joseph.
- Você já pensou em falar com ele? - Perguntei enquanto entravamos no elevador. Ela arregalou os olhos me encarando.
- Está doida? Eu perco a fala só de ve- lo de longe! Imagina só se eu chegar para puxar assunto! e outra, o que eu iria falar com ele? Falar sobre o meu cachorro? - Rimos. A porta do elevador abriu - se, fomos nos trocar e já na saída do hotel, Joseph me aguardava.
- Boa noite senhoritas. - Disse Joseph sorrindo. Espiei Regina de canto de olho, seus olhos brilhavam.
- Oi Re. - Ele disse e acenou. Regina corou e acenou de volta.
- Tudo bem se irmos todos juntos? O ponto da Re é pertinho do bar. - Eu sugeri. Regina arregalou os olhos e me beliscou de leve.
- Ai! - Reclamei.
- Ótimo, vamos então? - Joseph sorriu. Saímos do hotel, mas antes de chegarmos a rua, um carro todo preto parou em nossa frente. A porta se abriu e eu olhei para saber quem era. Me arrependi amargamente.
- Oi! Querida! Como você está? - Jéssica avistou - me e vinha em minha direção.
- Oi Jéssica, eu já estou um pouco atrasa...- Ela cortou - me.
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Consequentemente Inevitável
RomanceAdotada sem saber nada sobre seu passado, do dia para a noite Emi descobre um diário que conta tudo, ou quase tudo sobre sua vida antes da adoção, e a revelação é bombástica! Com isso Emi sai em uma busca sobre sua verdadeira história, tanto por cu...