Consequentemente Inevitável

43°

- No Texas?! - Questionou Rodrigo e Jane ao mesmo tempo, ambos surpreendidos.

- Eu sei, eu sei, mas é para onde ela foi! - Confessei segura de mim de que era exatamente lá que Liliana estaria.

- Mas Emi, ela não pode nem sair do país, como ela poderia estar no Texas?! - Questionou Jane.

- Olha ao redor as coisas que ela fez! Acha mesmo que ela não é capaz de sair do país? - Questionei incrédula, com a falta de capacidade de ambos entenderem a questão.

- Tudo bem que o que vocês descobriram faz sentindo, mas como chegou a conclusão de que Liliana estaria no Texas? - Indagou Jane, Rodrigo concordou com ela com um aceno de cabeça. Revirei os olhos.

- Como não conseguem entender? Tomas supostamente procurava por mim no Texas, e havia encontrado minha casa, Liliana fez de tudo para que eu não conseguisse sobreviver e então finalmente comprou as terras ainda levando Joseph para cadeia. Não está mais que claro para o onde ela foi? - Declarei por fim, ganhando o silêncio de Rodrigo e Jane, o que parcialmente me incomodou.

- Vai ficar aí calado? Eu estou certa Ok? - Eu disse apontando para Rodrigo, que desde do começo tentou me convencer de que eu estava errada.

- Tudo bem Emi, estava certa, vamos verificar tudo outra vez, analisar as provas que vocês redescobriram, e assim a gente parti para o Texas. - Declarou Jane se levantando.

- E isso vai demorar quanto tempo? - Perguntei preocupada.

- Um dia, talvez dois, Amélia precisamos revisar todos os casos até chegarmos a conclusão de que Liliana está mesmo no Texas! - Disse ela.

- O que? Está brincando né? Eu não vou esperar mais nenhum minuto para salvar a vida do meu filho! - Exclamei incrédula. Ora essa! Eu teria que esperar dois dias? Nem em sonhos!

- Ei! Vamos nos acalmar aqui! - Disse Rodrigo tentando apaziguar as coisas.

- Você concorda com ela? Concorda em esperar dois dias para salvar o seu filho? - Questionei a Rodrigo, que estava tão calmo que me dava nos nervos!

- Por que a gente não faz o certo agora? Leva tudo isso Jane, e se você conseguir fazer tudo o mais rápido possível nós ficariamos extremamente agradecidos. - Disse ele pacificamente a Jane, entregando a caixa a ela, e a levando até a porta, deixando ambas confusas e com raiva - no caso eu - perante sua atitude.

Rodrigo abriu a porta e Jane saiu por ela, fazendo assim ele a trancar logo depois.

- Você por acaso ficou malu...- Mas Rodrigo foi mais rápido, impedindo que eu o xingasse de milhares de palavrões que nem ao menos existiam. Agarrou meu corpo ao seu e prendeu meus lábios em uma dança envolvente com sua língua, me deixando mole por dentro e por fora, como ele sempre fazia quando tocava minha pele, de qualquer forma que fosse.

- O que...- Começei mas ele levou seu dedo a minha boca, fazendo com que eu me calasse.

- Se ela não fosse embora, não conseguiríamos ir para salvar o nosso filho. - Disse ele com a voz mais calma do mundo. Ah como eu amava esse homem...

- Você...- Começei, mas acabei me perdendo - mais uma vez - na imensidão daqueles olhos castanhos, que me viam a alma e me matava por dentro.

- Eu sou irresistível, eu sei amor. - Disse ele fazendo menção de me beijar, porém o Larguei antes disso.

- Convencido demais para o meu gosto. - Decalrei rindo e indo fazer as malas.

*

Assim que já estávamos na plataforma de vôo, respirei fundo e entrei naquele pássaro de metal que chamávamos de avião, e que me causava arrepios por todo o corpo, eu já disse que odiava voar? Mas pelo menos era por um bom motivo. Ao entrar e me sentar naqueles bancos tão memoráveis, lembranças boas e ruins me invadiram, apesar da ruim ter cido BEM ruim, a boa foi extremamente maravilhosa.