Epílogo

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Rodrigo

- Cheguei! - Declarei entrando em casa, recebendo gritos de alegria e avistando três ligeiras cabeças.

- Papai! - Exclamaram. Agachei - me para abraçar todos.

- Onde está a mamãe? Ela já não devia estar pronta? - Perguntei e minha garota segurou o riso, escondendo alguma coisa de mim.

- Ei meu amor, onde está a mamãe? - Questionei a abraçando exclusivamente.

- Eu estou aqui meu amor. - Amélia disse do alto da escada, vestia um vestido azul comprido e colado no seu corpo, demorei um pouco para estabilizar meu corpo diante dos meus filhos, tentando conter a vontade de jogar Amélia no primeiro quarto que eu encontrasse.

- Ual. - Foi a única coisa que eu pude dizer antes de Ethan pular no meu colo e me derrubar.

- Quero brincar papai! - Disse meu filho pulando em cima de mim, fazendo Amélia soltar uma gostosa gargalhada.

Ethan tinha quatro anos, e era a criança mais carinhosa que eu já tinha visto, amava beijos, abraços, e principalmente, ser o centro das atenções. Os irmãos o ajudavam sempre, e era incrível a afinidade entre eles. Eu amava a minha família.

Ethan veio inesperadamente, logo depois que nos casamos. Na verdade Amélia já estava grávida no nosso casamento,e foi  na nossa lua de mel que Emi começou a passar muito mal, e eu preocupado como sou a levei para o hospital mais próximo, e foi quando recebemos a notícia da sua gravidez.

Flashback

- Amor, eu já disse que estou bem. - Disse Amélia enquanto esperávamos para fazer os exames.

- Não, não está, você vomitou horrores hoje Emi, até parece que eu não ia te trazer a um hospital. - Declarei.

- Mas é nossa Lua de mel! - Resmungou ela quase chorando, Amélia não parava de dizer isso desde que passou mal a primeira vez, e quando eu disse que a levaria para o hospital foi aí que ela quis morrer, mesmo que eu tenha explicado mais de mil vezes que ela não estava estragando a nossa Lua de Mel.

- Amor, eu já falei que isso é o menos importante agora. - Eu disse a fazendo bufar, logo depois Amélia foi chamada para o exame de sangue, minutos depois nos encaminharam para a sala da médica.

- Bom dia. - Cumprimentou a Doutora entrando na sala carregando os exames de Emi.

- E então Doutora? Qual o problema? - Questionei. A mulher sentou - se em seu cadeira e abriu o exame.

- Ah, como eu imaginava. - Disse ela sorrindo. Amélia me encarou confusa e apertou minha mão, Levei meu olhar a Doutora não entendendo nada.

-  Vocês não desconfiam ? - Perguntou ela, e vendo nossas reações, revelou o que continha no exame.

- Bom, aqui diz claramente que sua esposa está grávida. - Automaticamente eu e Amélia ficamos imóveis, sem conseguir dizer uma palavra, encarei Emi ao mesmo tempo que ela me encarou, sua expressão era de medo e ao mesmo tempo de aflição.

-  Geralmente quando eu dou está notícia a um casal, a reação é de felicidade. - Decalrou a médica fazendo minha atenção ir para ela.

- Não doutora, deve haver um engano, Amélia toma remédio para não engravidar, não podemos ter mais filhos. - Declarei. Amélia soltou minha mão e a levou para o rosto, o cobrindo e soltando um gemido.

- Então alguma coisa está errada, porque Amélia está grávida, isso não a dúvidas.

- Emi, como isso aconteceu? - Questionei confuso e tirando suas mãos do rosto. Amélia respirou fundo e abriu os olhos, mostrando claramente a culpa em seu olhar.

Consequentemente InevitávelOnde histórias criam vida. Descubra agora