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O que fizemos ontem,
Você sabe que está se repetindo constantemente,
Está na minha mente  - Do it - Selena Gomez."






- Ele o que?! - Gritei.

- Amélia! - Repreendeu - me Lira.

- Não! Nem vem com essa! Ele não podia ter feito isso Lira! Ele não tinha esse direito! Não depois de ontem a noite. - Lira encarou - me confusa.

- Ontem? Vocês se viram ontem? Mas você não foi dormir depois que chegou? - Cocei a cabeça sem graça.

- A gente... Conversou ontem. - Lira arqueou as sombrancelhas.

- Conversaram é? Sei. Agora eu entendo essa grávidez. - Revirei os olhos bufando.

- Não vamos entrar nesse assunto Lira, olha, ontem aconteceram algumas coisas e hoje você me diz que as contas do orfanato foram quitadas?   Eu não me sinto bem com isso! - Disse ofegante. Não me sentia bem com isso, na verdade eu me sentia péssima! Era como se Rodrigo estivesse me pagando por algo de ontem, e eu não iria deixar que ele me fizesse isso

- Aonde pensa que vai? - Pegou Lira pelo meu braço.

- Vou resolver essa história Lira, e ninguém, nem você, vai me  impedir. - Dei as costas a ela e segui para o ponto de táxi mais próximo.

- Pronto senhorita. - Avisou - me o taxista quando chegamos, paguei - lhe o que devia, e sai do carro, encarei o grande prédio cinza, e o adentrei.

- Rodrigo Macfield está? - Perguntei impaciente a moça na recepção.

- Vou avisa - lo de sua chegada senhorita, poderia me dizer... Ei! Você não pode subir. - Ela disse quando eu já me aproximava do elevador, gesticulei um gesto ofensivo a ela com meu dedo, e sem esperar mais eu subi. Os andares pareciam demorarem um século, e quando finalmente as portas se abriram, eu vi Rodrigo e a Jéssica. Na mesma sala.

- Emi? O- o que faz aqui ? - Rodrigo abandonou Jéssica e veio em minha direção. Eu estava em choque, era muita coisas para digerir num dia só. Grávidez, orfanato, Jessica e Rodrigo.

- Não me toca! - Afastei - me dele.

- O que foi meu anjo? Está tudo bem, não aconteceu nada, eu juro pra você. - Rodrigo tentou tocar - me novamente, mas eu desviei de seu contato.

- Olha vejam só, chegou quem mais queríamos na festa. - Disse Jéssica.

- Cala essa sua boca ! - Gritou Rodrigo.

- O que foi querida? O gato comeu sua língua? Veio falar alguma coisa para o Rodrigo mas quando me viu perdeu a coragem? - Essa vadia desgraçada, eu podia estar grávida ou o caralho a quatro, mas que ela ia apanhar, ela ia. Corri pra cima da loira oxigenada, magricela, despeitada, e bofetiei sua cara com toda a minha força, eu estava com ódio, ódio dela, de Rodrigo, da porra da minha mãe que fez essa merda toda, ah! Como eu estava com raiva! E eu só me sentia bem quando escutava os gritos estéricos da magrela chamando por Rodrigo.

- Tira essa louca de cima de mim! - Gritou mais uma vez. Rodrigo conseguiu fazer com que eu me separasse daquela vaca, sorri satisfeita em ver o estrago no rosto de Jéssica, ou melhor Jesseca, já que é uma magricela, despeitada e sem bunda.

- Parem vocês duas! - Gritou Rodrigo.

- Ela que pulou em cima de mim Rodrigo! Essa caipira louca e barraqueira! -  Gritou Jéssica.

- Basta! Saia agora da minha sala Jéssica, você nunca deveria estar aqui. - Jesseca empinou o nariz, e com raiva,  saiu da sala batendo a porta.

Consequentemente InevitávelOnde histórias criam vida. Descubra agora