13°

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"Me diga alguma coisa, eu preciso saber Então tire meu fôlego, e nunca mais solte Se você me deixar invadir seu espaço..." - Love me Harder.

- Meu Deus! Senhora você está bem? - Corri para ajuda - lá a pegar os pedaços de vidros espalhados pelo chão.

- Laurence você está bem? - Questionou Rodrigo.

- Eu estou...Senhor eu... - A mulher se atrapalhava nas palavras.

- Me desculpe. - Ela fungou e pegou o último pedaço de vidro, suas mãos tremiam. Laurence pediu licença quase num fio de voz e saiu.

- O que houve com ela? - Perguntei confusa.

- Vocês se conhecem? - Indagou Rodrigo.

- Não, eu nunca...- Traços de memórias vinheram a minha mente...

Não, não, não! Não seria possível!

- Merda! - Levei as mãos a cabeça.

- Você a conhece? - Não o respondi. Seus lábios se movimentaram novamente, mas meus pensamentos eram altos de mais para ouvir sua voz.

- Onde ela está? - Rodrigo me olhou confuso.

- Onde Rodrigo?! - Gritei.

- Não sei! Não sei! - Sai a procura da mulherzinha pelo apartamento, sem sinal de vista.

- Droga! - Gritei.

- Hey! Calma! - Ele acalmou - me, ou tentou, nada me faria alcamar até eu encontrar aquela mulher.

Sai do apartamento em fúria, ouvi passos largos e duros serem pisados. Ótimo o paspalho vai vim também.

- Aonde pensa que vai? - Puxou - me pelo braço.

- Me solte! Não interessa aonde vou! - Peguei o maldito celular que ela havia me dado.

- Essa porcaria funciona certo?

- Não me insulte! - Exclamou. Revirei os olhos. Não exitei em discar os números.

- Alô?

- Lira onde está Laura?! - Lira ficou em constante silêncio por longos segundos até meu grito impaciente.

- Não admito que grite comigo Amélia! - Exclamou.

- Me responda então! - Rolei os olhos e encontrei um Rodrigo confuso e com a expressão nada, nada boa.

- Emi eu não sei do que você está falando!...- Gaguejou.

- Lira aonde ela está!? Ela esta viva ! Por que não me disse? -  Gritei indignada.

- Você nunca perguntou Emi! Ela me pediu pra que mantesse em segredo! - Gruniu.

- Secredo pra mim?! Serio?! - Ri sarcástica.

- Desculpe Emi...- Desliguei o telefone. A vontade que eu tinha era de quebra - lo em pedaços.

- Amélia...- Começou Rodrigo aproximando - se.

- Não! - Dei espaço entre nós. Uma lágrima traidora escorreu, a limpei rapidamente mas outras desceram descontrolavelmente pelo meu rosto.
Soluços tomaram - me conta, Rodrigo me alinhou ao teus braços sem hesitação.
Ficamos ali até o fim de meus soluços.

- Rodrigo me leva pra casa? -  Sussurei. Ele assentiu e guiou - me para as escadas.

Rodrigo levou - me para o orfanato, o que só fez que meu coração sangrasse mais.

- Emi! - Chamou Rodrigo. Virei -me para o carro mas ele já estava a centímetros de distância, poderia sentir sua respiração bater contra meu rosto.

- Eu...hum...Você vai ficar bem? - "Hum" em uma frase do Rodrigo? Ele esta bem?!

- Vou fazer o possível. - Soltei -me um sorriso fraco, voltei - me ao orfanato, porém Rodrigo desta vez, puxou - me para si com força, fazendo - me bater contra seu corpo fortemente. Nossos lábios roçaram - se levemente e seu aperto reforçou - se, nossas respirações descompassaram - se.

- Rodrigo por favor... - Supliquei. Sentir o gosto de seus lábios estava na lista das coisas que eu queria naquele momento.

- Me desculpe por hoje no estacionamento, eu... - Seu celular começou a tocar.  Meu corpo voltou a si, afastei - me dele.

Ele concordou com algo e logo desligou a chamada.

- Thau Rodrigo. - Acenei e atravessei o jardim entrando na grande porta, o deixando como uma estátua no começo do jardin.

Rebecca correu em minha direção no momento em que coloquei meus pés no pátio.

- Tia Emi! - Gritou eufórica.

- Oi linda! Como você esta? - Seus pequenos braços rodearam meu pescoço. A peguei em meu colo e avistei Lira aproximando - se.

Respirei fundo.

- Tia Lira olha quem veio me ver! - Os olhinhos de Becca explodiam de alegria para Lira.

- Estou vendo! Mas por que você não está comendo com os outros mocinha? - Becca lançou - me um sorriso envergonhado e desceu de meu colo, correndo para junto de seus amigos.

- Podemos conversar se você quiser... - Começou Lira quando Becca já estava longe, mas eu a cortei.

- Nesse momento eu só quero deitar Lira, por favor. - Ela assentiu e eu pude ver desapontamento em seu olhar.

Segui para meu quarto, cai mole e acabada na cama. Tudo estava saindo errado de como planejado, a única coisa que eu queria nesse estante era Charlie para dizer que tudo iria se resolver.

Consequentemente InevitávelOnde histórias criam vida. Descubra agora