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SEM REVISÃO! :o

"Um amor, duas bocas Um amor, uma casa Sem camisas, sem blusas Só nós, você vai descobrir..." - Sweater Weather.

- Minha ajuda? - Questionou.

- Na verdade é uma grande ajuda. - Rodrigo mandou - me um olhar desconfiado.

- Que tipo de ajuda?

- Do tipo que você talvez não goste. - Ele cruzou os braços.

- Para de errolar, fala logo.

- Bom, eu, eu queria que você tirasse meu amigo da cadeia. - Rodrigo engasgou - se.

- O que? - Eu imaginei que seria difícil.

- Ele não fez nada, só tentou proteger o que era meu. - Minha voz saiu em um fio.

- Espera, você está me dizendo que seu amigo esta preso por sua culpa? - Mordi os lábios.

- Aonde ele esta? - Perguntou ao ver minha resposta.

- No Texas. - Disse baixo.

- No Texas? Pelo amor de Deus Amélia! Você quer que eu tire alguém da cadeia que está no TEXAS!? - Enfatizou o "Texas".

- Rodrigo eu preciso da sua ajuda! Nesse momento eu só tenho ele do que me sobrou de lá. - Disse com a voz um pouco embargada. Ele bufou.

- Tudo bem, mais vai ser do me jeito. - O que um pouco de drama feminino não faz? Pulei em seu pescoço, então, lembrei estar somente de toalha.

- Por Deus Rodrigo! Sai daqui! - Rimos.

- Vai ser do meu jeito lembra? - O fuzilei com o olhar.

- Tudo bem espertinho. - Peguei minhas roupas e entrei no banheiro. Ele que pensa que eu nunca joguei esse jogo antes.

Troquei - me e passei um leve camada de maquiagem no rosto, mesmo depois do banho ele ainda parecia....amassado.

Do lado de dentro pude ouvir Rodrigo falando com alguém, presumi ser no celular.

- Eu sei !...

- Eu vou!...

- Eu, eu não sei o que ta acontecendo...eu...

- você não pode contar a ela!

- Não! ...

- Essas são as ordens finais. Tenho que desligar volto em quatro dias. - Sai do banheiro confusa em relação a ligação.

- Quem era? - Perguntei.

- Não importa, se quiser tirar seu amigo ainda hoje da cadeia, precisamos nos apressar.

- Nós? - Questionei.

- Sim Amélia, eu vou com você. - Meu queixo caiu.

- Você vai? - Estava um pouco, talvez muito em choque.

- Sim, como eu disse, vai ser do meu jeito. - Mandou - me uma piscadela.

- Te encontro lá fora. - Disse isso e saiu.

Ainda estava meio perdida enquanto arrumava minha pequena mala, por sorte achei uma nesse quarto, que na verdade é da Lira. Eu e Rodrigo no mesmo ambiente por muitas horas não é o mais aconselhável a fazer.

Antes de sair, vasculhei a gaveta e achei as folhas do Diário. Antes de entrega - lo ao Leonardo eu arranquei algumas das folhas, as principais e as últimas que continham minha história com Charlie, as guardei na bolsa e sai.

O pátio estava uma bagunça só, as crianças corriam e pulavam, procurei por Rodrigo mas acabei por achar Lira.

- O que aquele homem está fazendo aqui? - Ela tinha as voz preocupada.

- Ele vai me ajudar com um amigo, vou ficar fora por uns dias Lira.

- Me ligue sempre que puder.

- Eu vou, prometo.

- Uma mulher ligou, era a tia do Joseph, vá até ela antes de ir

- Tudo bem, eu te amo. - A abracei e sai para fora.

- Pronta? - Perguntou Rodrigo ao me ver.

- Só preciso passar em um lugar primeiro. - Ele assentiu, o que foi de estranhar, concordou sem nenhum obstáculo?

Disse a ele o endereço do hotel de Helena e fomos rapidamente para lá.

- Rápido, cada minuto é dinheiro. - Revirei os olhos e sai do carro.

Helena estava ao telefone, mas sua feição não era de extrema alegria. Ao me ver desligou a chamada.

- Oh Emi! - Ela saiu do balcão e abraçou - me.

- Eu sei Lena, vai ficar tudo bem, vou resolver isso.

- Como minha querida? Ele está tão longe e eu não posso nem ao menos ir até lá, não tenho com quem deixar o hotel! Meu marido está de cama e eu estou sozinha nisso.

- Sei que é difícil, eu vou ajuda - lo.

- Como Emi? Como? - Chorou.

- Eu vou ir para o Texas, vou pagar a fiança e ele vai vim para o Brasil comigo.

- Mas...

- Não se preocupe, vai dar tudo certo. - A beijei na testa me despedi fui embora.

- Vamos? - Perguntei ao entrar no carro.

- Até que enfim! - Disse Rodrigo. Revirei os olhos.

Seguimos até um lugar desconhecido por mim, mas de uma coisa eu sabia, não era o aeroporto.

- Por que estamos aqui? - Ele olhou - me e riu - se. Parou o carro e desceu.

- Bom dia Sr. Macfield, está pronto para voar? -Disse um homem sorridente. Não é o que eu estou pensando não né?

- Hoje terei uma acompanhante Lucas, por favor quando estiver pronto. - Eu estava chocada. Mas é claro, ele é rico, ele tem seu avião particular, é a coisa mais normal do mundo.

- Podem subir Sr. Já iremos decolar.

Consequentemente InevitávelOnde histórias criam vida. Descubra agora