Capítulo Vinte e Cinco

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Quando o dia raiou, Mia acordou num pulo sobre a poltrona que tinha adormecido na alvorada com fortes batidas na porta. O barulho se repetiu, com mais força. Alguém esmurrava a porta e com uma grande raiva, a princesa abriu-a com impaciência, pronta para assassinar o ser tão apressado do outro lado, mas foi pega de surpresa quando se deparou com os olhos caramelizados de Julieta.

– Eu não fui totalmente sincera com vocês.

A claridade solar não permitiu a princesa enxergá-la bem, se inclino para vê-la melhor, de cara enxergou as olheiras abaixo de seus olhos.

– Do que você está falando?

– O que direi poderá não justificar meus erros – confessou. – Mas, ouça-me com atenção.

As palavras chamaram a atenção de Mia, mesmo que ainda não confiasse. Ela pulou para fora e fechou a porta.

– A gruta que citei não era mentira, ela realmente existe. Posso ser apenas uma humana, contudo trabalho me permite escutar milhares de tipos de histórias. E eu sei que ali é realmente um lugar sagrado para os Venatores.

– Sagrado?

– Segundo os boatos, à água de Gruta é um dos elementos necessários para fazer a reencarnações.

– O que você sabe sobre a reencarnação? – Questionou a princesa.

– Tudo que não deveria. Já sou grandinha, Mia. Sei que as histórias de monstros são verdadeiras. A reencarnação pode ser feita apenas por um Caçador.

– Ela é duradoura?

– Eles não têm total controle quando a alma intrusa acorda, é necessário que ela mantenha controle total do corpo até o amanhecer da primeira luz cheia.

Mia quase perdeu o ar. Seria lua cheia naquela noite, por isso Sabrina e Joseph não deram as caras.

– Como eu a impeço? – Perguntou ela, desesperada.

– Você não pode impedir uma reencarnação Mia, você é apenas uma humana – Mia a encarou por um tempo. Um humano não poderia impedir uma reencarnação, mas um sacerdote poderia?

A porta se abriu e Emily surgiu atrás delas.

– Temos uma pista – revelou a princesa, puxando Julieta para dentro da casa. – Você é mesmo humana?

– Minha mãe, ela era uma Caçadora – confessou com uma sombra triste.

II

Daquela vez, eles foram todos os príncipes, as irmãs, Emily, Julieta e Lucky. Julieta prometia fazê-los encontrar a gruta, e Mia acreditava na sua palavra. Mas, não conseguia evitar o pensamento de mais cedo: Ceres seria capaz de impedir o final da reencarnação de Joseph? E se ela fosse, o que eu teria que fazer para fazer isso?

– Apenas mais dez passos ao noroeste e chegamos.

Eles pularam um morro de terra em cima de um tronco tombado no meio da mata fechada e mais alguns passos, se depararam com uma grande pedra em forma de arco cercada por um lago.

– Nós chegamos.

A mata fechada se estreitava no encontro de dois grandes muros de pedra, pela quantidade mata no contorno das paredes numa parte mais elevada do solo, era grande. Onde as duas se encontravam havia uma rocha gigante, uma superfície com um leve tom metálico, seu formato não condizia com a paisagem em volta, ela se destacava. A Gruta era de fato radiante, porque sua entrada era um buraco e ele lembrava a boca de algum monstro mitológico com os dentes bem afiados. Ela ficava no fundo de uma lagoa de águas cristalinas, eram tão transparentes que podíamos perceber que a lagoa não era funda.

Ceres - Você sabe quem é o Inimigo [LIVRO 1 - COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora