Capítulo Vinte e Sete - Parte II

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IV

Elliot estendeu as mãos para a irmã e mesmo com repulsa ela prosseguia, saltou na piscina d'água no chão, a cor era verde e insetos mortos e outras coisas não identificadas boiavam na superfície que alcançava sua cintura.

– Você tem certeza que esse é o caminho? – perguntou ela.

– Claro que tenho, eu e Emily passamos por aqui. Olhe você mesmo para onde a bola de luz está indo. – Elliot respondeu. Estava na frente de Lucky guiando para o norte, a água gelada causava arrepios e as plantas no solo davam a sensação de que alguém estava puxando os pés.

– Ótima programação para hoje – Savannah rezingou, dando passos barulhentos na água.

– Vocês mulheres só reclamam – Lucky comentou.

– Vindo de você, chega a ser um elogio – ela rebateu.

Eles encontraram o final da piscina e Lucky saiu d'água, puxou Savannah e em seguida estendeu as mãos para Mia. Olhar enfim para ele e sem escapatórias lhe fez travar, mas Elliot impaciente para sair dali a apressou. Berbatov segurou suas mãos e a puxou para fora d'agua, se parecia ter juntado mais os corpos do que precisava.

Eles se depararam com uma única parede, sem passagem alguma.

– Que tipo de brincadeira é essa? – Questionou Lucky iluminado a parede lisa.

– Emily abriu essa parede. – Elliot se aproximou e começou a apalpar o muro, ele pressiona a parte lateral da parede e algo pareceu mexer. O príncipe depositou mais força e de repente a parede se transformou numa passagem. Eles se depararam com um outro corredor escuro, entraram um a um e a porta se fechou, a luz sobrevoou para a esquerda.

Lucky seguiu novamente na frente e Mia foi atrás dele, andaram alguns minutos em pleno silêncio. Uma chuva de areia caiu do teto, por reflexo Mia olhou para cima e mais areia caíram em seus olhos.

Ao esfrega-los e reabri-los, notou que o corredor escuro passou a ser mais iluminado, ela procurou Lucky para saber o que ele fizera e misteriosamente, ele não estava mais na sua frente. A princesa olhou para trás a procura de Elliot e Savannah, contudo eles também não estão mais atrás dela.

Ela sentiu um calafrio sem entender.

Todas os archotes das paredes estavam acesos e ela estava completamente sozinha no corredor.

– Vamos, Ceres. Se apresse – uma voz feminina soou. Mia piscou novamente, Lucky tornou a surgir na sua frente, ao procurar atrás, também avistou os outros. A escuridão prevaleceu e a única fonte de luz ainda eram os dois archotes que eles carregavam. Ela se perguntou o que acontecera.

– O que você disse? – Lucky perguntou.

Ela ergueu a cabeça e o viu lhe olhando por cima do ombro, ela não respondeu ainda intrigada e ele não insistiu. A luz os guiou até uma sala e antes de entrarem naquela outra sala, aconteceu novamente. O ambiente se clareou e Mia encontrou o túmulo.

– É lindo não? – A voz falou.

– Onde estamos? – perguntou ela.

– Creio que no túmulo de Ceres – Lucky respondeu, ela voltou a realidade em segundos. A mente dela se alternava com a de Ceres. Mia acreditava que eram memorias da primeira vez que a sacerdotisa fora ali.

Mia caminhou em passos curtos até o túmulo e sobrepôs sua mão em cima dele, diante seus olhos o ambiente se clareou e a mão que estava pousava sobre o túmulo era a de Ceres.

Ceres - Você sabe quem é o Inimigo [LIVRO 1 - COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora