vinte e quatro - lh

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Eu mal cheguei até a biblioteca e já posso escutar os berros de Hannah. Ela e Henry deveriam se esconder atrás de alguma estante e se beijarem de uma vez, eu já não aguento mais.

- Hey vocês dois! - eles se calaram na mesma hora e me olharam como se fossem pobres crianças inocentes. - Você... - apontei pra Henry - ou beija ela de uma vez e cala a boca dela ou vão logo trabalhar. - Henry imediatamente ficou vermelho e Hannah abria e fechava a boca, tentando encontrar alguma resposta, mas por fim acabou correndo até uma prateleira e passou a reorganizar todos os livros. Eles são tão fofos que eu tenho uma vontade absurda de os apertar - Ta me devendo uma. - pisquei pra Henry e ele ficou estático.

A única coisa que eu pude fazer foi rir e caminhar até meu balcão.

Eu tenho tanta coisa pra fazer hoje, tenho que organizar todas as fichas e entregar para meu chefe, mas não são só algumas fichas, são muitas fichas e eu não estou nada bem pra fazer isso, afinal, amanhã eu tenho um encontro com Michael Clifford.

- Henry pode me ajudar aqui. - ele piscou algumas vezes e me encarou confuso - Hey, eu sei que a Hannah é um amor, mas pare de pensar nela e vem aqui me ajudar. - ele caminhou até mim, resmungando baixo e tenho certeza de que ele está me xingando de todas formas possíveis.

- Como você é engraçado Luke. - beijei sua bochecha e baguncei seu cabelo.

- Admita, vocês são fofinhos juntos, ela é tão pequenininha. - suspirei e ele empurrou de leve meu braço, eu sei que lá no fundo ele concorda comigo.

- Assim como você e Michael - senti minhas bochechas queimarem e Henry riu baixinho.

- Eu vou sair com ele amanhã - murmurei e o garoto a minha frente pareceu se animar e esquecer que eu estava o importunando segundos atrás.

- Um encontro? - ele balançou as sobrancelhas e eu confirmei com a cabeça. Como ele é idiota. - você vai beijar ele não vai?

- O que? Claro que não! - isso seria idiotice da minha parte. - ele vai ter que sofrer um pouquinho. - sorri.

- Como você é burro. Ele correu atrás de você feito um louco, até apareceu bêbado na sua porta, não que isso seja uma coisa boa, mas olha a que ponto o cara chegou, estava tão mal que se embebedou. As coisas estão sendo qualquer coisa, menos fáceis pra ele, vai por mim, se sentir confuso com os próprios sentimentos é a pior tortura que existe, que tal você convidar ele pra sua casa, vocês dormirem abraçados como eu sei que foi no dia que ele apareceu bêbado e você dar um beijinho nele?

- E desde quando você está do lado dele? - bati com as fichas em seu braço e ele riu.

- Eu sei que o que eu gostei de você não chega nem perto do que ele sente, mas eu entendo o cara, eu me mataria se deixasse você escapar dessa maneira. - como é abusado.

- Saiba que eu não estou gostando nada disso. - o encarei sério, tentando parecer ameaçador. Mas qual é, até uma formiga é mais ameaçadora do que eu.

- Calma ai, Michael é todo seu, como você mesmo disse, eu tenho que ajeitar as coisas com a Hannah. - Henry sorriu envergonhado e eu quero tanto gritar que eles seriam sem dúvidas o casal mais fofo da cidade, mas eu estou dentro de uma biblioteca e as pessoas brigariam comigo.

- Você admitiu. - murmurei dando pulinhos o fazendo rir.

- Cala a boca, vamos logo terminar isso.

True - Fake 2ª temporada ** MUKEOnde histórias criam vida. Descubra agora