Na Mesa Ao Fundo

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Estaciono o carro na garagem de uma lanchonete 3 estrelas. Estávamos com fome e pensamos que não seria nada mal fazermos uma boquinha.

Entramos no local e escolhemos uma mesa ao fundo, para que possamos conversar sobre toda essa loucura sem que ninguém possa nos ouvir.

- O que desejam? - pergunta uma garçonete morena, que chega até nós com um bloco de anotações.

- Bacon com ovos mexidos e café bem forte - diz Nick.

- Uma fatia de bolo de chocolate com cobertura de morango e leite puro - Isabela pede.

- Panquecas com calda e um suco de abacaxi - Trevor fala.

- Ima salada de frutas, sem banana por favor - Kaya pede.

- Dois sanduíches estrelas sem queijo - diz Gabriel.

- O mesmo que o dele - Ana para Gabriel.

- Ovos fritos com torrada e chocolate quente - diz James.

- Um misto quente com suco de morango - diz Hadria.

- Panquecas mistas com bacon e mel. Café puro, por favor - peço.

A garçonete anota tudo rapidamente em seu bloco.

- Bem, pode demorar um pouco devido tantos pedidos, mas vamos tentar ser rapidos - a garçonete diz.

- Sem problemas - Cara diz, educadamente.

A garçonete sai de um jeito gracioso, entrando na cozinha.

- E quando mais ou menos devemos de chegar ao hospital? - pergunta Hadria, para Nick.

- Muito - Nick responde. - Aquele hospital fica totalmente desconhecido das regiões pela qual muitas pessoas passam.

- E, falando de maluquice, quais seriam as coisas de ruim que poderia nos acontecer se fossemos lá? - pergunta Hadria

- Isso é algo difícil de responder - Ana, diz, mexendo nos guardanapos. - Se aconteceu mesmo todo àquele lance de ritual, é capaz de muita coisa ruim ter acontecido lá. E isso pode nos atingir.

- Isso se não ficarmos soterrados naquele lugar, devido ele ser bem antigo - James comenta. - E acredite, não quero que aquele lugar seja igual à casa.

- Isso seria uma das coisas que menos iriamos querer - digo.

- Até lá acho que podemos ficar em um hotel - diz Hadria.

- Acho que não terei dinheiro suficiente para nós todos - aviso.

Nick sorri.

- Você pode não ter, mas eu tenho - diz ele, puxando uma carteira de couro vermelho do bolso e de dentro dela, ele tira várias notas de cem e cinquenta dolares.

Fico impressionado.

- Onde conseguiu tudo isso? - Gabriel se impressiona -, assaltou um bar?

- Na verdade, eu trabalhei no bar por um certo tempo - Nick sorri.

- Mas, como você conseguiu manter uma vida boa daquelas e ainda conseguiu guardar tanto dinheiro assim? - pergunto.

- Bem, quando você tem objetos de cem anos atrás, tem pessoas que os compram, considerando esses objetos como relíquias. E também economizei dinheiro trabalhando com bebidas em um bar - ele explica.

- Que bar? - perguntou Gabriel.

- É aqui perto... - Nick pensa. - Ah sim, o bar gotas da noite.

- Ah sim... Sei desse bar, às vezes nas noites de quinta aconteciam shows de mulheres peladas no local. Alguns garotos pervertidos da escola foram lá muitas vezes - diz Trevor.

- Eram as noites em que eu nao trabalhava lá - diz Nick, e Isabela suspira, aliviada.

- Me lembro de Harry ter falado alguma vez desse bar - Hadria comenta.

- Bem, é só um bar e não é para lá que queremos ir. Devemos ver para onde tudo isso irá nos levar - diz Isabela.

- Correto. E, mesmo assim, a fada ainda nunca desistirá de mim até me matar - suspiro.

- Escuta Holt, a fada nunca vai te pegar - James fala. - Não deixaremos isso acontecer.

- Ou não teremos chance de sobrevivência. Não temos certeza de nada. Ela pode me pegar - falo.

- Mas, como James disse, não vamos deixar isso acontecer, Holt - Isabela fala. - Nós protegemos uns ao outros.

E então, caímos em silêncio, absortos em nossos pensamentos.

- Aqui está! - diz a garçonete morena, após chegar até nós com uma bandeja cheia com os nossos pedidos. - Espero que gostem, foi preparado com muito carinho - ela sorri e se retira.

- Bem, vamos comer. Acho que ainda possuímos tempo para discutir melhor sobre isso depois - diz James.

Entre Luz E TrevasOnde histórias criam vida. Descubra agora