Surpresa Desagradável

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- Me passa a geleia? - Ana pede para Trevor.

- Aqui - diz Trevor, passando a geleia de uva para Ana. Ela o pega.

O dia amanheceu; eu me senti extremamente bem, ao acordar do lado do meu amor. Me lembro muito bem de nos beijarmos muito e termos feito brincadeiras preguiçosas para sairmos da cama. Tinhamos que sair.

Descemos para o refeitório do hotel e todos já estavam lá. Então, começamos a comer e colocarmos o papo em dia.

Algo que eu achei estranho que Nick, Isabela, Trevor e Gabriel estavam sorridentes, assim como Cara e eu. Não sei qual era o motivo de estarem assim.

- Gente, não vão saber o que aconteceu ontem! - diz Isabela, animada.

- Uma pessoa encontrou vocês transando? - brinca Gabriel.

- O quê? - Isabela pergunta assutada.

- Foi... Foi brincadeira - diz Gabriel, estranhando o geito de Isabela.

Ela parece aliviada agora.

- Tá, mas o que aconteceu? - pergunto.

- Nick e eu estávamos voltando para o quarto, e ouvimos sussurros de vozes estranhas e abafados no quarto 99 - diz Isabela.

- E? - pergunta James.

- Bem, não é muito bom encontrar algo assim no estado em que nos encontramos, não? Pode ser algo perigoso - diz Isabela.

- Estamos em alerta vermelho, mas acho que isso não possui nada haver com a situação. As pessoas ainda podem sussurrar - digo. - Talvez fosse apenas uma conversa comum de casal.

Isabela dá de ombros.

- Bem, mas de qualquer forma não vamos vacilar - Cara avisa.

- E quando vamos partir? - Trevor pergunta.

- Logo, logo - Nick fala. - Fiz reservas apenas para uma noite. Não vamos ficar aqui para férias, sabem disso. Temos um hospital para visitar.

- Sabemos, Nick. Logo, logo iremos - diz James.

- Mas já, Nick? - Isabela pergunta, uma ponta decepção é visível em sua voz. - Mas... Eu pensei que... Que poderíamos resolver melhor aquele assunto que tratamos ontem.

- Isa... Teremos mais tempo para fazermos aquilo de novo. Em outro lugar - diz Nick.

Todos olhamos para eles, tentando descobrir do que eles estão falando.

- Bem, seja o que for, acho que poderão fazer em outra hora - digo, estranhando aquilo tudo.

- Está bem - diz Isabela, meio desapontada.

Como um pouco do bacon que estava no meu prato.

- Quais serão os planos de Taylor agora? - pergunta Kaya.

- Os planos da fada - Cara diz.

- Que seja - Kaya suspira. - O que será que ela está planejando?

- Tentando nos encontrar. Só assim poderá me pegar - respondo.

Sinceramente esse plano de morrer nas garras dela já não me incomoda, já ouvi e pensei muito sobre isso.

- Mas não acontecerá - diz James.

- Sei - reviro os olhos e tomo um gole de suco de goiaba.

Começamos a comer novamente.

- Gabriel, me passa a calda de... Ai, que merda! - Isabela diz, assustada, e com raiva.

- O que foi? - pergunto, olhando ela e arregalando os olhos.

- Olha lá, na porta de vidro - ela responde.

Olhamos para a porta e vemos os homens de terno escuro e olhos verdes; os caras que obedecem às ordens da fada.

- Mais que droga! - diz Trevor, enquanto os homens entram no salão.

- Quantos desse otários existem? - pergunta James, com ódio dessa situação.

- Seria difícil dizer; não são humanos e obedecem a fada. Ela pode ter milhares deles - diz Ana.

- Então vamos acabar com eles - diz Hadria, se levantando, decidida.

Cara segura ela.

- Não! Não podemos - diz Cara.

- Ficou maluca? - Ana pergunta à Hadria.

- Por que? - pergunta Hadria.

- Isso aqui não é uma rua deserta como antes - Cara fala. - É um hotel. Não podemos matá-los, chamaria muito a atenção. E o pó brilhante? Encheria isso aqui. Eles são cinco, de novo, cinco. As pessoas estranhariam e chamariam a polícia.

- Então vamos lá pra cima. Se eles nos virem, nos seguirão. E então acabamos com eles - digo.

- Lá em cima será a mesma coisa - Isabela diz. - Tem gente lá, ouvirão o barulho e verão o maldito pó. Nos damos mal do mesmo jeito.

- Então o que fazemos? - pergunta James.

- Eles tentarão nos encontrar. Mas terão de desistir de procurar se não nos acharem. Precisamos que eles não descubram que estamos aqui - diz Ana.

- Precisamos nos esconder? - pergunto.

- Exato - diz Cara.

Os homens, agora, conversavam com o gerente.

- Então, é apenas a gente se esconder nos quartos até eles irem embora. Aí não saberão que estamos aqui - diz Kaya.

- Saberão sim - Ana diz. - Estão atrás do Holt. Meio que farejam ele. Tentarão achar um modo de descobrir onde ele está. Precisamos que eles não nos encontrem, de algum modo.

- Então, não poderemos mata-los. Teremos que fugir deles. Grande escapada! - Gabriel diz, indignado, se abaixando e analisando os homens de terno.

- É o único modo. Anda, rapido, vamos para o andar de cima - diz Cara, se levantando.

Os homens malignos ainda tiram dúvidas com o gerente.

Saimos correndo, em meio à uma multidão de pessoas que acabaram de sair da piscina da cobertura. Pegamos as escadas e corremos para o andar de cima...

- Droga! - Kaya reclama, de repente.

- O que foi? - Trevor pergunta.

- Um deles me viu - Kaya responde.

Entre Luz E TrevasOnde histórias criam vida. Descubra agora