A Ordem Sangrenta

Capítulo 6

OBS: Essa semana a leiopdescansar sugeriu que a gente colocasse quem escreveu cada capítulo no começo dos caps e nós achamos uma ideia mto legal. Assim vcs já vão poder tem a quem culpar caso alguma coisa mto ruim ou triste acontecer kkkkkkkkkkkk Mas queremos deixar claro que, apesar de cada capítulo ter sido escrito por um de nós, todos tiveram influência dos 2, pq a gnt edita e revisa os caps um do outro, pra escrita ficar mais parecida e uniforme. Então a gnt vai colocar os nomes de quem fez o capítulo originalmente, mas todos eles passaram pelas mãos dos 2 coautores.  Obrigado leiopdescansar pela ótima ideia 😁😁😁 Colocamos os nomes tmb nos capítulos anteriores, pra vcs descobrirem qm escreveu do zero kk

NO CAPÍTULO ANTERIOR, Ryan encontrou a Shirley após tudo o que aconteceu e a levou até a casa dele no Submundo, prometendo levá-la até os Patrulheiros da Instituição pra eles resolverem essa história de assassinos indo atrás da garota. Esta, por outro lado, não ficou muito entusiasmada com a ideia, com medo do que aconteceria se as pessoas descobrissem o que ela é. Mas aí que está a questão: o que é que a Shirley é? Será que vamos descobrir?

Boa leitura!

...

CAPÍTULO 6: QUANDO A ALMA SE CERCA DE ENIGMAS

(escrito por ALÍDIA PACHECO)

Depois daquele banho, Shirley se enrolou numa toalha e se secou, sentindo-se muito melhor do que 10 minutos antes. Seu cabelo, antes um ninho de passarinho, caía liso e tranquilo em seus ombros, como uma cascata. Sua pele, antes suja de poeira e manchas de sangue, reluzia em seu tom mais apaixonante de chocolate, contrastando com o ambiente claro. Enfim a garota estava parecendo uma pessoa novamente, o que talvez fosse mesmo o que ela estava precisando. Finalmente podia respirar.

Um pouco antes, Ryan havia batido na porta, avisando que estava deixando as roupas ali fora para que ela vestisse. Tendo terminado o banho, a garota abriu a porta rapidamente e as pegou, voltando para o banheiro. Ele havia separado uma calça jeans e uma camisa, que provavelmente eram dele mesmo. O cheiro das roupas, pelo menos, era igual ao cheiro dele: uma mistura engraçada de madeira, sabonete e nozes moscadas.

Ela vestiu as roupas e se verificou no espelho, sem ficar muito surpresa. A calça tinha caído até bem, sem ficar apertada nem nada, mas a camisa era claramente um pouco maior, ficando larga nela. Shirley ficou admirada: Ryan parecia tão magrinho que era surpreendente que a camiseta tivesse ficado tão comprida. Qual o tamanho dos braços desse garoto?, se perguntou, achando graça. Depois disso, ela calçou seus All Star e recolheu as roupas de antes, incluindo o suéter, e saiu do banheiro para o frio do lado de fora. Andou alguns minutos pela mansão, se perdendo pelos corredores, mas finalmente se lembrou do caminho até desembocar naquela linda escada do salão principal, descendo-a. Achou Ryan sentado num sofá em meio a vários livros, lendo um deles com avidez. Um óculos quadrado pendia de seu nariz. Adorável.

― Você usa óculos? ― perguntou a garota, pegando a mochila e colocando as roupas dentro. Não, ela não roubou o suéter, colocando-o dobrado em cima do sofá.

O menino, que estava entretido em sua leitura, a olhou de soslaio.

― É o que eu tava falando da minha casta vampírica: músculos frágeis, caninos de filhote e de brinde a vista de um idoso! Pelo menos, eu só preciso de óculos pra leitura ― disse, dando de ombros. ― Eu sei o que você tá pensando: que garota resistiria aos encantos de um pedaço de mal caminho desses?

Shirley deu uma risada e se aproximou. Ryan obviamente continuava empenhado em fazê-la ficar de bom humor.

― O que você tá lendo?