MIA'S POV
Os nervos cada vez se apoderavam mais de mim. Parecia que dominavam cada parte do meu corpo, impedindo-me de me acalmar. E isso estava a dar comigo em doida. Isso, e o tempo que eles estavam a demorar. Só espero que nada corra corra mal. Só espero estar certa. Pelo menos é o que o meu instinto me diz. Apesar de ele já me ter deixado mal antes. Mas faço figas para que este não seja o caso. Não sei ao certo o que vai acontecer, mas espero que depois de hoje nunca mais tenha que me preocupar com a ameaça que é Liam Payne. E apesar de saber que isso não significa que o perigo deixe de andar á espreita, pelo menos sempre me sentirei um pouco mais segura. Era horrível viver com o constante medo de que ele pudesse aparecer. De que ele me podesse magoar. Apesar de agora eu temer mais pelos outros do que por mim mesma.
Olhei novamente para o relógio acima da minha cabeça, observando-o durante quase um minuto. Sei que isso não vai fazer o tempo andar mais depressa. Mas o que vai? O enorme átrio onde nos encontrávamos era incrivelmente barulhento. Muito mais do que o refeitório alguma vez havia sido. Era oval, com portas a rodear toda a parede cinzenta, levando ás dezenas de corredores que constituiam este edifício. Ate já o comparei varias vezes com um labirinto. No centro encontravam-se varias mesas e cadeiras, quase todas ocupadas, mesmo por cima do chão de madeira escura. O único diferente de todos os outros, pelo que havia percebido. Mas o que me chamou mais á atenção foi o peculiar teto, feito de vidros e em cúpula. Suponho que já fizesse parte do projecto original. E por acaso é muito bonito.
Este sitio deve ser como que o coração da fabrica. Onde todos se encontram. Onde todos os corredores vem dar. Talvez o sitio para onde todos vem, depois das missões e outros trabalhos. Porque a cada segundo que passava, mais pessoas entravam e saiam. Deviam estar aqui mais rapazes do que alguma vez havia visto desde que vim parar aqui. E isso só me demonstrava o quão grande esta organização era. Teria medo de a confrontar.
Parei com as minhas observações, assim que me apercebi que nem mesmo elas me conseguiam acalmar, e encarei as pessoas que se encontravam na mesma mesa que eu, também ansiosas com o que ia acontecer, mas não assim tanto. A April ocupava a cadeira ao meu lado, enquanto admirava o espaço á nossa volta, tal como eu havia estado a fazer. Á nossa frente estavam a Eleanor e o Louis, a conversar. Algo que já não os via fazer há imenso tempo. O ambiente entre eles apenas havia andado bastante pesado, desde a noite da missão.
Mas agora? Para alem de conversarem, ainda sorriam e riam um para o outro. E fizeram-me lembrar tanto de mim e do Harry. Ate os seus olhares estavam brilhantes, como o que este tinha sempre que olhava para mim. Suponho que eles tenham finalmente tido a tal conversa. E pelo que estou a ver, parece que o resultado foi positivo. Mas eu já sabia que o seria. A Eleanor apenas precisava de esquecer os seus medos e contar ao Louis a verdade. E contar ao Louis tudo o que esta sentia por ele. Porque apenas assim poderiam ambos tentar ser felizes. Tal como eu e o Harry estamos a tentar. Apesar dos nossos altos e baixos.
Por falar nele ... Mas onde é que este anda!? Ele disse que não iriam demorar muito! No entanto, é como se já tivesse passado uma eternidade! O que estará a atrasa-los? Só espero que não seja nada de grave. No entanto, as minhas preocupações não duraram muito tempo. Porque assim que acabei de pensar nisto, este entrou dentro do átrio. Atras dele vinham o Scott e o Niall, com um ar tão serio quanto o do Harry, enquanto caminhavam em direção a uma das mesas do fundo. E apesar de não conseguir ver bem, já sabia quem la se encontrava.
Eu sei que o Harry disse para ficar aqui sentada enquanto eles tratavam do assunto. Para não me meter em nada. Mas não consegui. Precisava de ter uma boa imagem do que ia acontecer. Não conseguia apenas ficar sentada a quase um quilometro de distância. Por isso levantei-me, antes de andar rapidamente ate eles.
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Help Me (Fanfic Harry Styles)
Fanfiction"Nunca damos valor ao que temos, até deixarmos de o ter. Pois num momento temos tudo, e no outro ... ... nada"