Help Me (Fanfic Harry Styles)

Capitulo 28

MIA'S POV

Algo se passava. Era bastante obvio, devido ao clima de tensão e stress que se havia instalado pelos corredores, durante esta semana. Os rapazes apenas andavam apressadamente de um lado para o outro, como se estivessem sempre atrasados para alguma coisa, enquanto que as raparigas mantinham varias conversas abafadas entre si, como se estivessem a partilhar mexericos entre elas, apesar de não ter conseguido ainda entender o que estas diziam. Mas o que me fez reparar em tudo isto foi quando o Harry começou a adotar também esse estranho comportamento. Ele apenas saia todos os dias de manha cedo, e andava sempre dentro e fora do quarto, cada vez mais cansado. Chegava ao final do dia exausto, acabando logo por adormecer assim que aterrava na cama.

Já lhe havia perguntado várias vezes o que se passava, mas este ou mudava de assunto ou dizia que não era nada. O que sabia ser mentira. E talvez fosse por isso que não conseguia evitar andar constantemente preocupada. Algo em grande estava para vir, e eu não sabia o que era. E apesar do que este tentava dar a entender, sabia que não era apenas minha imaginação. Perguntei á Eleanor o que se passava. Até á April perguntei! Mas nenhuma delas me soube responder. Também tentei falar com o Niall sobre isto, visto a minha relação com ele ter melhorado um pouco. Mas este, tal como o Harry e todos os outros, andava sempre muito ocupado. Alias, mal o vi esta semana. A ele e ao Louis. Já o Zayn e a Perry nem lhes pus sequer a vista em cima.

Retirei a esfregona de dentro do balde cheio de água, continuando a passa-la pelo chão, enquanto uma outra rapariga ao meu lado ia varrendo a outra parte. Esta tinha o cabelo preto, muito comprido e ondulado. Era bem mais alta do que eu, e usava uma camisola de alças e uns calções, tudo em preto. É obvio que já cá anda há algum tempo. A sua pele não apresenta nenhuma cicatriz ou negra, tal como a minha. Apesar de isso não querer dizer muito. Não são assim tantas as raparigas que já são "dignas da sua confiança". E das poucas que existem, a maior parte é das que vão em missão com os rapazes, assim como a Perrie. Até agora as únicas que não o fazem, e que eu já tenha visto, são a Eleanor e esta á minha frente.

O Harry veio-me trazer aqui, mas foi-se há pouco embora, dizendo que voltava num instante. No entanto, já deve ter passado á volta de meia hora desde que este desapareceu. E estou a estranhar ele ter-me deixado sozinha por tanto tempo. Não que esteja preocupada comigo, pois já não me sinto tão ameaçada, mas sim com ele, visto este nunca ser capaz de me deixar sozinha, sem ninguém em quem confie por perto. E sinceramente, até me sinto um pouco segura com esta rapariga por perto. Não sei porquê, mas pelo que tenho visto, os rapazes tendem a não implicar com as que já não usam os trapos brancos. Talvez porque, como já cá andam há algum tempo, estão bem cientes das regras. Assim como das que dizem que eles não lhes podem tocar. E enquanto que a minha palavra não valeria nada, a dela já vale alguma coisa. Elas são como que parte do grupo.

Ouvi passos atrás de mim, fazendo-me voltar rapidamente. Não por medo. Apenas por curiosidade, visto não ter passado aqui ninguém desde que nós chegamos. Quase parece que este sitio está deserto. Por muito fora do normal que isso seja. E admito que é estranho, ver agora estes corredores tao vazios e silenciosos. Mas porque estarão assim? Por onde andaram todos?

Vi o Louis a caminhar na minha direção, com o seu habitual sorriso nos lábios. Trazia uma camisola de manga cava preta, umas calças de fato treino azuis, e um casaco também preto sobre o ombro. Tal como o Harry nos outros dias, o seu corpo estava coberto de suor, e parte do seu cabelo colado á testa. Mas para alem disso, não vinha com a Eleanor. Outra coisa fora do normal.

Louis: Olá, Mia.

Eu: Olá, Louis. Pareces cansado.

É a primeira vez que falo com ele esta semana. Talvez consiga arrancar-lhe alguma informação sobre o que se passa. Se conseguir desviar a conversa nesse sentido. E o Louis também nunca foi de esconder nada. Alias, ele diz sempre tudo o que pensa. O que nem sempre é bom. Mas talvez neste caso acabe por me beneficiar.