Help Me (Fanfic Harry Styles)

Capitulo 7

MIA'S POV

Eu: Mãe!?

Ela encontrava-se de costas para mim, debruçada sobre a ponte, enquanto observava o mar lá em baixo. Os seus longos cabelos loiros esvoaçavam ao som do vento, cobrindo-lhe e descobrindo-lhe as costas. Ao ouvir o som da minha voz, esta virou-se para mim, encarando-me com os seus grandes olhos azuis, que se enchiam de alegria, e um sorriso enorme no rosto.

Encontrava-me agora a observar o longo casaco beje que esta trazia vestido. Havia-lho oferecido no natal anterior. Assim como o colar com um coração na ponta que ela trazia ao pescoço. Ainda me recordo da emoção no seu rosto ao abrir os presentes. Algo que na altura parecera tão real, mas que agora já não.

Sem me aperceber bem do que estava a fazer, comecei a correr na sua direção. Quase como se os meus pés tivessem vida propria. Apesar de não saber o que os movia ao certo. Se alegria ou medo. Mas não tive tempo de o descubrir, antes de começar a gritar.

Eu: Mãe!! Mãe!!

Vi o seu sorriso desaparece de repente, enquanto o seu olhar escurecia, ficando carregado de panico. Mesmo antes de me aperceber do carro que apareceu ao fundo da estrada, a alta velocidade e em direção a ela.

Não! Outra vez não!

Acelerei o maximo que pude, mas não valia a pena. Cada vez parecia estar mais longe. O veiculo apenas ia ganhando mais velocidade, ficando cada vez mais perto dela, enquanto esta continuava ali, parada e a olhar para mim.

Eu: Mãe, sai daí!!

Naquele momento, tudo pareceu abrandar. No momento em que o carro finalmente chocou com ela, impulsionando-a no ar. E em câmara lenta, eu vi o seu corpo ser projetado da ponte abaixo, assim que consegui finalmente chegar-me á borda desta.

Eu: Mãe!!

Debruçei-me sobre a borda de metal, e foi como se o mundo parasse. Ainda conseguia ouvir os seus gritos, enquanto a via cair cada vez mais. O medo controlava o seu rosto, enquanto os seus braços se agitavam freneticamente no ar. Desesperada para que aquela sensação de terror acabasse. O que nunca aconteceu no meu caso.

Olhei de relance para a esquerda, vendo um homem no final da estrada. Os meus olhos captaram os seus azuis escuros, enquanto o seu cabelo castanho era movimentado pelo vento. Trazia as mãos escondidas nos bolsos do casaco de cabedal preto que trazia vestido, e uma expressão incolor no rosto. Como se não se tivesse apercebido do que havia acontecido. Ou como se não quisesse saber.

Eu: Pai!!

Ele não reagiu. Apenas se deixou ficar ali imovel, sempre a olhar para mim. Como se fosse uma estatua. Como se não fosse real. Mas a minha mente não o considerava assim. A sua figura parecia demasiado verdadeira para ser apenas uma miragem.

Eu: Pai, ajuda a mãe!!

Assim que gritei novamente, este mexeu-se. Mas não como eu queria. Porque em vez de me ajudar, o seu corpo apenas deu meia volta, começando a caminhar para longe. Afastando-se de mim.

Eu: Não!! Volta!!

Nem valeu a pena gritar. O seu corpo acabou por desaparecer por entre o nevoeiro na mesma. Sem que eu o pudesse impedir. Assim como não pude impedir a minha mãe de cair. E quando voltei a olhar para baixo, o mar encontrava-se agora dezerto. A minha mãe também havia desaparecido. Tal como o meu pai.

Subi devagar para cima do muro, tentando manter o equilibrio enquanto me punha de pé. As ondas batiam agressivamente contra as rochas lá em baixo, deformando-as. Arrastei os pés ate á beira do precipício, sentindo as lágrimas escorrerem-me pela cara, enquanto uma rajada de vento as secava. E sem pensar nem mais um segundo, dei um passo em frente, sentindo-me logo ser sugada.