- Vamos. Você tem que ir para sua casa! - Disse me levantando e fazendo com que eu apoiasse nela.
Ficamos em frente de uma espécie de porta que se abriu sozinha. A moça que me carregava me puxou para dentro. O local parecia não ter saída. Gritei.
- Me tira! É o inferno aqui! Eu morri? - Havia pânico em minha voz.
- Flora, acalme-se é o elevador.
As portas se abriram e nos deparamos com mais pessoas com maletas em suas mãos e apressadas. Algumas conversavam com um negócio muito entranho pressionado-o na orelha. O pânico me fazia tremer.
Foi então que quando saí me deparei com algo que me fez piorar. Espécie de carruagens sem cavalos e mais rápidas. O cheiro daquele lugar chegava a fazer meu nariz arder, uma espécie de fumaça.
- Senhorita, o que é isso? Eu estou no inferno! Eu morri! - Minhas pernas tremiam e saíam lágrimas de meus olhos.
A moça então acenou para o que seria a rua e passavam várias espécies de carruagens sem parar. Parou uma espécies de carruagem amarela. A moça me puxou e nos sentamos. Meu corpo tremia e minha vista escureceu.
Acordei e estava deitada em uma cama, a moça estava sentada ao pé da cama na qual eu estava deitada. Me sentei apoiando na cabeceira da cama. Meu corpo doía.
- On... Onde estou? - Minha cabeça doía.
- Amiga! Você está louca? Chamei um médico, o que houve com você?
- Cadê meu vestido? Cadê seu vestido? - Perguntei enquanto apontava para o corpo dela.
- Amiga! Você não está bem.
De repente um homem com cabelos brancos e ralos chegou.
- Boa noite, senhoritas. O que aconteceu? - Indagou.
Permaneci calada.
- Boa noite, senhor Moraes. Minha amiga surtou. Não sabe onde está, não sabe nem o que são carros. Ela se assustou quando entramos no elevador. - Disse preocupada.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Nada além do depois
Historical FictionQuerido diário, Há tempos que falo sobre minha paixão por Senhor Soteli, sofro pelo fato de que meu amor por ele pode não ser recíproco e mesmo se ele correspondesse, papai não aceitaria. Sempre que me sento na cadeira para que ele dê suas aulas, s...