Londres| Restaurante Baviera| 20:45 PM| Manuela Oliver
- Esse é o nosso restaurante preferido - bianca falava a todo momento com a irmã
- Admito que vocês duas tem um bom gosto. Mas me diga baby, onde se conheceram?
- Faculdade, tínhamos alguns amigos em comum - Bianca tagarelava sem parar
Depois de muito escolher os pratos resolvemos por ficar com o principal da casa, que era a especialidade do lugar. As duas irmãs conversam sobre vários assuntos aleatórios, Bianca fazia questão de explicar tudo a irmã para deixar a menina atualizada.
Havíamos acabado de almoçar, as meninas ainda estavam na sobremesa, eu preferi ficar somente no suco natural de laranja que é o meu preferido. Sou absorvida dos meus pensamentos pelo toque do meu celular.- Ei morena, o que acha de uma cerveja mais tarde? - meu namorado deu sinal de vida
- Só uma? Assim não me convence. - Sorri imaginando a cara de Gustavo. - Posso pensar no teu caso.
- Aguardo sua resposta, beijos morena.
- Beijos...
- Manuela? Estou falando com você retardada. - Bianca sempre um doce.
- Estou ouvindo. - Não desviei os olhos do celular.
- É Gustavo?
- Não te interessa. - segurei o riso encontrando os olhos furiosos de Bianca. - Sim né, quem mais seria?
- Imaginei. Não larga o osso.
- Quem é Gustavo? - Isabela perguntou chamando nossa atenção.
- Um garoto que se diz namorando de Manu, o coitado é iludido. - Bianca riu da própria piada.
- Eu já volto meninas.
Me dirigi ao caixa para realizar o pagamento, minha cabeça doía fortemente enquanto eu retirava o cartão da pequena bolsa, algo nesse almoço não me fez bem. Uma presença atrás de mim me chegou atenção, virei-me bruscamente para trás.
- Oi?
- Hoje é por minha conta. - A menina se aproximou.
- Nada disso! Você é convidada, eu pago. - Fui firme.
- Isso não é justo.
- Não quero saber. A conta é minha. - estendi o cartão para a moça que pegou em seguida o colocando na máquina.
- Só aceito se aceitar almoçar comigo e Bianca outra vez, mas será por minha conta. - ela exibiu mais uma vez um sorriso convencido mostrando as covinhas.
- Feito. - Sorri depositando minha atenção agora na atendente.
- Crédito ou débito?
- Crédito.
- Prontinho. Obrigada pela preferência, volte sempre.
Depois de muita conversa, alguns sorvetes e açaí resolvemos ir para casa, o caminho não era tão longo e em poucos minutos estávamos em frente a casa de Bianca.
- Vem amiga, fica aqui hoje. - Bianca implorava por atenção.
- Não amiga, não estou muito bem e tenho certeza que não serei uma boa companhia. Prefiro ir pra casa dormir.
- Você pode dormir aqui em casa, no meu quarto, sempre fizemos isso.
- Sua irmã está aqui Bianca, e merece toda a atenção da irmã, amanhã nos vemos eu prometo.
- Se você prefere assim, quem sou eu. - Bianca fez uma expressão mais dramática possível.
- Não faz assim, sabe que eu te amo não é mesmo?
- Eu sei, eu sei. - Apertei Bianca contra meu peito aspirando o cheiro doce do seu perfume. - Eu também te amo!
- Foi um prazer te conhecer Isabela. - Estendi a mão para a menina a minha frente.
- Vou acabar achando que a melhor amiga da minha irmã não gostou e mim. - Ela sorriu.
- Não teria por que não gostar. - Devolvo o sorriso.
- Tentarei acreditar, mas vem aqui e me dê um abraço. - Fiz o que a menina pediu por breves segundos.
- Até qualquer hora. - Depois de muito esforço consegui ir embora sem que Bianca quase chorasse. Algo não estava bem, eu sentia que minha cabeça poderia explodir a qualquer momento.
Depois de um banho quente e relaxante coloquei meu moletom e fui preparar um chocolate quente, eu até teria ido se meu celular não estivesse tocando insistentemente. Sem nem olhar no visor atendi o levando até o ouvido.
- Sim?
- Ei morena, esperei sua resposta.
- Desculpe-me, acabei esquecendo completamente.
- Eu imaginei, o que fez durante o dia? - as vezes Gustavo se mostrava um bom namorado, porém não era sempre.
- Fui ao aeroporto com Bianca buscar a irmã dela, e depois fomos ao Baviera, porém comi algo que não me fez bem. E você?
- Nossa, já tomou algum remédio? Só fui mesmo a Praia com Rafael e outros meninos, mas na verdade queria te ver hoje.
- O que acha de trazer algumas cervejas para cá? - sugeri. - Porém amanhã prometi a Bianca que passaria o dia com ela, tudo bem?
- Tudo ótimo, chego em trinta minutos.
- Te espero.
Passado-se quarenta minutos o interfone toca anunciando a chegada de Gustavo. O mesmo trouxe algumas caixinhas de Heineken e alguns doces. Passamos um bom tempo entre uma conversa animada falando de assuntos aleatórios. Gustavo era sempre bem ausente, Mas hoje ele estava se mostrando um ótimo namorado. Gustavo era um amigo meu da faculdade, sempre jogava suas investidas para mim, mas eu fingia não notar para manter a amizade, mas um certo dia resolvi dar uma chance para o garoto e desde então temos esse relacionamento um tanto que saudável. Não que eu ame ele, porém gosto das nossas conversas e momentos.
Começando o relacionamento tendo em mente e bem explicado os sentimentos que cada um sentia pela outro, tivemos um momento em que ele soltou a famosa frase que faz o coração acelerar, o meu até poderia acelerar como todo clichê pede, mas não aconteceu, eu sei, eu sou egoísta em estar com ele mesmo sabendo dos sentimentos dele por mim, mas eu nunca havia enganado ele, sempre deixei claro que "ainda não amava ele".
Ah, qual é? Eu estava sendo sincera apesar de tudo.
Senti os lábios de Gustavo em meu pescoço, em um beijo molhado, sentido meu corpo dando sinais, ele pareceu perceber e desceu os lábios entre minha mandíbula. Me movi com cuidado para o colo dele, sentando de frente para o mesmo. Agarrei os cabelos escuro do garoto unindo nossos lábios em um beijo quente, enquanto suas mãos passeavam por minha costa.
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Não Foi Por Acaso (Romance Lesbico) REESCREVENDO
RomanceAtenção: Violar direito autoral pode acarretar pena de 3 mêses a 1 Ano segundo a lei. Plágio é crime Dois mundos diferentes, duas pessoas totalmente diferentes, com apenas uma coisa em comum, uma única pessoa. Duas almas interligadas, dois coraçõe...