Capítulo 77

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Isabela Bittencourt

Ao ver Manuela saindo daquela boate ao lado da nojenta da Júlia, meu coração disparou freneticamente. Não conseguia cogitar a ideia das duas juntas, sei que Manuela saiu daqui levada pelo álcool e isso estava acabando comigo, ela é solteira e linda, e saiu daqui acompanhada. Todos os nossos momentos, o nosso filho a nossa vida, tudo passava por mim como um filme. O álcool já me tomava por inteira, Minha vontade era de sair atrás delas, parar as duas e fazer Manuela ir embora comigo. Era cruel de mais ver ela saindo assim como se eu não fosse um nada, como se eu não fosse ninguém, ela não estava medindo esforços para me machucar e ela estava conseguindo. O pior de tudo era descobrir, era perceber que a minha doce e inocente Manu era capaz de me machucar de tal forma tão cruel

Não estou querendo me fazer de coitada, muito menos comover  alguém com as minhas palavras.
Sei o quão grande foi o meu erro, sei que vou pagar por muito tempo, mas sei também que preciso reconquistar aquela garota que tomou meu coração por inteiro Desde o Primeiro Momento em que a vi.

Bianca Bittencourt

Estou perdida já não sei mais o que fazer, de um lado minha melhor amiga, um alguém que eu daria minha vida, sofrendo pela minha irmã, tal qual não é merecedora desse sentimento que Manuela lhe concedeu. Mas ver minha irmã sofrendo de tal forma dói em mim. Por mais que ela não mereça, eu sei que ela está sofrendo, sei que está doendo, mas eu não posso simplesmente obrigar Manuela a voltar e ficar com Isabela, não é tão simples assim eu sei que Manu tem feridas dentro do seu peito, cicatrizes que não serão curadas tão facilmente. Um turbilhão de pensamentos rodam pela minha mente, então resolvi me aproximar daquela que mais do que nunca precisa de mim

- eu vou embora - ela disse assim que cheguei

- Isabela se acalma, você não pode sair assim - gritei por conta da música alta

- é fácil pra vocês não é mesmo? - ela riu de forma sarcástica olhando para todos os nossos amigos que agora estavam ao meu lado - não foi a mulher de vocês que saiu bêbada daqui com uma estranha, não é o amor de vocês que está em jogo

- Isa, não é nossa culpa - disse Bárbara

- não estou culpando ninguém, só estou pedindo para me deixarem em paz - passou as costas da mãos sobre o rosto na tentativa de enxugar as lágrimas

- somos seus amigos Isa, fique com a agente - agora foi a vez de Dany

- se fossem de fato meus amigos, não teriam deixado ela sair por aquela porta - e sem mais ela saiu, tentei ir atrás dela, mas André me impediu

- não podemos obrigar Manu a ficar com quem queremos, ela tem uma vida, pensasse antes de machucar ela, sua idiota - gritou Eduardo, mas a mesma não ouviu

- me solta dé, eu presciso ficar com ela - em uma tentativa também falha eu implorei

- ela prescisa ficar sozinha bia - ele me abraçou

- eu tenho tanto medo delas nunca mais voltarem, elas nasceram predestinadas uma para a outra dé

- eu sei bia, todos sabemos que não existe sentimento mais forte do que o delas, mas Isabela terá que lutar Para ter Manuela em sua vida outra vez, e nós não podemos fazer nada. Pelo menos não agora - eu somente assenti  com o coração na mão por não sabe onde Isabela se encontrava

Manuela Oliver

Exausta pela noite eu não via a hora de tomar um banho frio e me jogar em minha cama, chegando em minha casa, Júlia saiu e deu a volta no carro abrindo a porta para que eu saísse

- que cavalheiro - brinquei

- não é nada - ela corou

- haha, que fofa ela corou - impliquei

- se eu soubesse desse teu lado extrovertido antes, posso te jurar que teria te deixado bêbada mais rápido - se aproximou e eu a empurrei

- engraçadinha - fingi indignação - vamos logo que está perigoso aqui fora - ordenei

- tudo bem, já está entregue moça - ela sorriu

- que isso?

- isso o que? - perguntou confusa

- quem te disse que eu vou deixar você ir embora nessas condições? - me aproximei da menina ficando a míseros centímetros de distância

- não é necessário Manuela, estou bem, consigo chegar em casa - ela sussurrou

- nada disso, pode entrar - a puxei sem alternativa - vai dormi no meu quarto

- pelo amor de Deus Manuela, o que sua mãe vai pensar?

- isso tudo é medo? - impliquei mais uma vez - que frouxa

- não é isso, mas nem nos conhecemos - ela desconversou

- não vamos transar Júlia - lhe encarei divertida enquanto abria a porta com todo cuidado do mundo e vi a menina abrir a boca várias vezes tentando formular alguma frase

- misericórdia garota, eu nem pensei nisso - ela perdeu a cor de tão sem graça que ficou - se bem que não me parece uma má idéia
- olha quem está se soltando - peguei em sua mão a guiando até meu quarto, até que por fim chegamos

- só falo verdades - tudo estava girando e meu estômago me dava sérios sinais de que não estava bem

Júlia Walker

Eu estava morrendo de medo e vergonha de dormi na casa dela, tentei a todo custo negar, mas como ela deixou bem claro, eu não vou conseguir contrariar ela.
Ao chegarmos ao quarto dela percebi que ela não estava em condições de ficar em pé quando ela se sentou na cama e reclamou do estômago, para logo em seguida correr para o banheiro. Corri atrás dela e segurei seus cabelos enquanto ela vomitava sem parar, logo depois a ajudei tirar as roupas e tomar um banho. Não que eu seja uma pervertida por menina bêbadas, mas não pude deixar de notar o quão belo é o seu corpo, mas sem pensamentos impuros a ajudei a se vestir e a deitei em sua cama e acariciei seus cabelos

- você é bem legal Juh - ela balbuciou

- você também é bem legal Manu - sorri para a menina linda de sorriso cativante que estava quase adormecida e mesmo assim não parava de falar um segundo

- promete que vai ficar aqui? - ela perguntou manhosa

- prometo

- posso te pedir uma coisa?

- sim, claro que pode

- pode me beijar? - ela perguntou fazendo meu coração dá um solavanco

- não, não é a mim que você quer beijar menina - por mais que eu quisesse muito esse beijo, eu não o deixaria acontecer, não com ela nesse estado

- até você né? - ela mal conseguia falar direito - tudo bem

- não fica assim, eu quero muito te beijar, mas não nesse estado

- talvez eu prescise desse beijo - resmungou com os olhos fechados

- desculpe, sei que vou me arrepender, mas não posso fazer isso - ela não relutou nem argumentou, apenas continuou com os olhos fechados e dormiu sentido meus carinhos

- desculpe, sei que vou me arrepender, mas não posso fazer isso - ela não relutou nem argumentou, apenas continuou com os olhos fechados e dormiu sentido meus carinhos

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Júlia Walker


Continua ....

Não Foi Por Acaso (Romance Lesbico) REESCREVENDO Onde histórias criam vida. Descubra agora