Capítulo 52

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Anteriormente em NFPA ...

amor - um suspiro

- você tem dez minutos Isabella - fui curta e grossa - não os desperdice.

***

Isabella Bittencourt

Meu coração palpitava com certa violência, a mulher a minha frente me olhava com indiferença, frieza, eu não conseguia reconhecer a minha esposa, a doce Mannuella já não estava mais ali. Suas órbitas claras me ficavam com desprezo.

E eu tinha medo dessa Mannuella

Ela fez o caminho até nossa cama e se sentou sobre a mesma com as pernas dobradas, fez um sinal com a cabeça indicando que é deveria me sentar e assim eu fiz

- me desculpe - sussurrei

- explique-se - ordenou com seu olhar congelante - a quanto tempo a conhece?

- seis meses - sussurrei a um ponto que ela conseguiria entender

- muito bom - suspirou - e quando pretendia me contar?

- eu não sei - meu olhar continuava baixo - mais eu não fiz por mal

- só está melhorando - sua voz pingava sarcasmo - proceda estou adorando essa história

- é sério - levantei meu olhar na tentativa de encontrar o seu , mais o mesmo estava perdido e eu poderia jurar que em lágrimas - não chore - tentei uma aproximação que logo foi empedida

- se afaste - sua mão direita estava estendida como sinal para que eu parasse

- okay - suspirei - eu errei, eu menti, eu fui uma estúpida mais eu não fiz nada nem ao menos me encontrei com ela depois da noite em que eu a conheci e realmente somos amigas, ela sabe sobre minha vida ela sabe sobre você e até queria marcar um jantar para te conhecer melh..- fui interrompida

- nunca, never, jamais, nunca na vida dela - riu em desdém - e você achou que eu iria aceitar?

- não

- pelo menos pensou certo - negou com a cabeça - você tem noção do quanto isso aqui está machucado? - sua voz era trêmula e ela apontava em direção ao peito - você não tem

- eu não queria isso - tentei mais uma aproximação fracassada

- mais fez Isabella, o problema todo foi que você fez - seus olhos agora se encontravam encharcados em lágrimas - e em nenhum momento você pensou em mim, em quanto iria me machucar

- eu não quis te magoar e muito menos te fazer chorar, eu ia te contar, mais também não achei que você iria ficar tão chateada pois eu não fiz nada de mais , apenas converso com ela normalmente como com qualquer uma de nossas amigas

- ela não é nossas amigas e nunca vai ser - rosnou

- amor, por favor tente me entender - implorei

- chega dessa conversa! - exclamou - me deixa sozinha

- eu não vou te deixar sozinha - alterei a voz - eu te amo e nunca vou deixar você sozinha - me aproximei em um movimento rápido prendendo a menina em meus braços - eu te amo de verdade

- me solta Isabella - gritou a menina ainda me empurrando em movimentos brutos na intensão de se soltar - eu não quero seu abraço, me deixa em paz - meu coração doeu quando eu olhei dentro das órbitas claras, que tiram meus sentidos, eu vi a sincera tristeza neles, eu vi dor nos olhos da mulher que eu amo, e a dor que eu estava causando apertei mais a mesma em meus braços na intensão de conforta-la - para de me apertar - pediu com a voz baixa, nesse momento ela já não lutava mais para se soltar, apenas deixou as lágrimas rolaram de seus olhos

- não chora meu amor - com o Braço esquerdo ainda a segurando passei a mão direita em seu rosto tentando enxugar as insistentes lágrimas que teimavam em descer - eu te amo, me perdoa por isso, me perdoa por está te fazendo chorar, é a primeira vez que te faço chorar e isso ta machucando meu peito, me perdoa eu nunca mais faço isso - ela nada disse apenas enterrou o rosto na curva do meu pescoço, lutando para conter os soluços, beijei seus cabelos que tem um cheiro suave e doce. A guiei até a cama e a deitei na mesma com o corpo ainda apoiado no meu.
Essa hora não precisávamos falar nada, ela só prescisava dos meus carinhos e meu colo.

***

Acordei com a claridade que vinha da janela, levantei-me rapidamente para fechar, pois eu não queria acorda Mannu ainda, ela estava tão serena, envolvida em um sono calmo sua respiração estava tranquila, nem parecia a mulher que eu estava discutindo ontem a noite, Minha Mannu é uma mulher decidida, forte e responsável, mais além de tudo não deixou de ser a doce menina que eu conheci, seu jeitinho mimado e mandão ainda estavam com ela, e sinceramente eu não queria que mudassem nunca, pois eu amo o jeito diferente dela se expressar.
Minha menina estava acordando calmamente, esfregando os olhos com a costa da mão levemente ela me viu e um sorriso involuntário escapou dos meus lábios.

- bom dia - sorri fraco

- bom dia - ela respondeu com um simples sorriso, mais tão lindo que eu me perdia facilmente, ela não parecia com raiva, pois sua expressão serena ainda continuava em seu rosto - minha mãe está vindo para Londres - eu não sabia se eu realmente tinha escutado direito

- não entendi

- foi isso mesmo que você ouviu - sussurrou - estão vindo para morar aqui - suspirou pesado - infelizmente

- como? Por que? Quando?- eu estava surpresa e fiz as pergunta tão rápidas que não dei nem tempo para a menina me responder, eu sabia o quão ruim era a convivência de Mannuella com a família dela, a não ser por suas duas irmãs menores

- provavelmente em duas semanas - levantou-se sentando de frente para mim - aconteceu algo com os negócios no Brasil e todos vão ter que vim para cá

- e você está tão calma assim por que? Até onde eu sei o que você menos quer é aproximação com eles

- fazer o que né, são minha família, e outra eles terão a casa deles e provavelmente longe daqui

- e você vai falar com eles sobre nós? - esse era um assunto em que eu não fiz questão de conversa com Mannu, pois minha família é totalmente a favor, e a dela morava no Brasil e então não tinha necessidade de contar, eu achava.

- sim

- sério? - eu estava incrédula pois eu nunca vi essa reação em nenhuma menina , geralmente as pessoas tem medo a reação dos pais, mais como a Mannu é a Mannu ela não seria igual a "todos"

- sim, a vida é minha e quem manda nela sou eu ,e eu decido o que fazer com ela - seu tom era calmo e suave, coisa que estava me assustando um pouco

- okay, não está mais aqui quem falou - brinquei e vi um leve sorriso contornar os lábios da minha esposa - posso te dar um beijo? - Mannuella estava com uma sobrancelha arqueada e um sorriso leve em seus delicados lábios

- você está me perguntando se pode me beijar? - seus lábios havia um sorriso divertido - sério?

- sim - sorri - vai que você não quer - fiz um biquinho

- claro que pode - se aproximou - só uma coisa antes

- sim?

- não quero que você tenha nenhum vínculo com essa safada dessa mulher - seu sorriso desapareceu e eu senti em suas palavras o quão decidida ela estava

- Mais... - fui interrompida pelos maravilhosos lábios de minha esposa que me concedeu um beijo calmo e apaixonado, porém quente e excitante

- mais nada Isabella - fixou o olhar no meu - eu não quero e acabou, se eu falei que eu não quero, então você não vai fazer.

Não disse? Mandona e marrenta.

***
Erros arrumo depois ...

Continua ...

Não Foi Por Acaso (Romance Lesbico) REESCREVENDO Onde histórias criam vida. Descubra agora