"Contando estrelas estou depois de muito tempo sem estar com você. Já estou na 99 e não consigo tirar você de minha mente. Talvez amanhã, ou talvez nunca o esqueça... Porque seu corpo era meu corpo e sua alma, meu complemento; porque dei de presente...
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"Llevame, ya nada borrara los recuerdos. Hoy no es el final, esta historia esta tatuada em el tiempo. Siempre estare cerca de ti, busca y me encontraras em ti. Juntos hemos hecho este sueño realidad, passo a passo en un camino sin final...".
Dulce Maria - Llevame
Notas iniciais:
- Assistam a apresentação de Este Corazon - Live in Hollywood para terem ideia de como foi.
FLASHBACK ON
Dezembro de 2005
Odiava o cheiro de hospital. O ambiente branco me dava à impressão de solidão. A enfermeira entrou no quarto, aferiu minha pressão, mexeu em alguns botões da cama para deixar-me mais confortável, fez anotações e em seguida saiu. Mamãe havia ido à lanchonete, ela precisava se alimentar, ficou o tempo todo ao meu lado.
Estava ansiosa, com vontade de fugir daqui e ir para casa, seguir com meus compromissos. Já havia planejado vários modos de fuga enquanto olhava os pontos de saída do quarto, porém quando cogitei a ideia de levantar-me da cama o médico entrou. Caramba.
- Está se sentindo melhor? – Juan fechou a porta atrás de si e deu-me um sorriso. Seu rosto tomado pelas rugas e o cabelo grisalho me lembravam do papai Noel. Sorri sozinha dos meus pensamentos.
- Sim, pronta para sair daqui – quase implorei por isso. Ele parou ao meu lado e começou a apertar os mesmos botões que anteriormente a enfermeira havia mexido.
- Ainda não, você não está totalmente curada – ele encostou-se a poltrona ao lado de minha cama. Bati as duas mãos no colchão, indignada. A porta então se abriu e uma mãe apressada entrou.
- O que aconteceu? – ela sentou-se na ponta da cama e começou a apertar meus dedos dos pés. Olhou para meu rosto zangado e virou-se para o médico que queria me manter prisioneira.
- Dulce Maria está zangada porque pretendo deixa-la aqui por mais uns dias. – o sorriso de minha mãe se alargou ainda mais ao ver meu rosto se fechando de contrariedade.
- Filha, o médico está certo, você só poderá sair quando estiver totalmente curada.
- Mas mãe, e...e os shows? – ela levantou-se deu um beijo em minha testa, ajeitou meu travesseiro e se posicionou ao lado do médico.
- Não se preocupe com isso, primeiro a sua saúde. – logo após os dois saíram conversando, deixando-me mais uma vez trancada naquele quarto.
A televisão estava ligada em um desenho animado, eu me distraia roendo mais uma unha. Até que ouvi a música Rebelde sendo tocada, percebi que um programa de entrevistas havia começado, e logo de início mostrava a chegada do RBD a Guatemala, senti uma dor no coração por não estar lá.
