Capítulo 14 - No Te Quiero Olvidar (Anahí)

1.2K 63 3
                                    

Playlist:

Para buscar a playlist no Spotify scaneie o QR CODE ou procure pelo nome: Te Quedaras - Vondy (por: cpocampos)

Para buscar a playlist no Spotify scaneie o QR CODE ou procure pelo nome: Te Quedaras - Vondy (por: cpocampos)

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


"Puede que me ciegue la fé, pero vuelvo a creer que esto no se acaba. Sueño que te intento besar y me vuelvo a quemar. La vida se me escapa, y aunque cada vez duele más. No te quiero olvidar...".

Anahí – No te quiero olvidar


Dica: Recomendo que quando estiver lendo você escute a música que dá nome ao capítulo.


ANAHÍ POV ON

O amor as vezes nos traz tristeza. Eu percebia que ele estava me observando, porém, policiava meu olhar para que não caísse diretamente nele. Em todos esses anos eu jurei que esqueceria, que o meu passado ficaria enterrado em um lugar qualquer na minha mente. Mas foi só eu olhar para ele, escutar sua voz, que eu me decepcionei. Percebi que por mais que eu tentasse, por mais que eu lutasse, Alfonso sempre ocuparia grande parte não só dos meus pensamentos, como do meu coração. Nosso término – se é que eu posso chamar assim – foi horrível, ao ir embora, Alfonso levou todo meu amor junto com ele. Posso ser dramática, mas sempre que volto aquele dia, é como se a dor de amar sozinha me invadisse novamente.

FLASHBACK ON

- E o meu brinde vai para o homem mais idiota da terra – levantei minha taça, tomando um gole logo em seguida. Via que Poncho se controlava para não começar uma briga. E eu estava pronta para a guerra.

- Any, que tal se formos dançar? - Maite já se levantava e aguardava que a seguisse, olhei para o seu rosto, e ali soube que ela queria me tirar daquela mesa para evitar uma futura discussão. Olhei para o casal a minha frente, Alfonso bebia seu whisky, enquanto a garota que estava ao seu lado tagarelava sobre algo que ele sequer ouvia. Vez ou outra, ela tocava em seu braço, e eu me segurava para não voar nela e arrancar suas mãos.

- Isso! Vamos bailar! - levantei-me com toda a elegância de uma mulher bêbada, e segui Maite para a pista de dança, aonde estavam Christopher, Dulce e Christian.

Uma música animada começou a tocar, eu dançava o mais sensual possível, atraindo a atenção de alguns homens, Dulce se mexia comigo e em algumas partes da música arriscávamos fazer uma coreografia, em seguida caiamos na gargalhada, por alguns minutos esqueci-me dele, porém, no momento em que meu olhar caiu novamente sobre os dois, eles estavam se beijando.

Parei, e não havia mais música, não escutava as conversas dos meus amigos, a única coisa que povoava a minha mente, eram os lábios de Alfonso beijando o de outra mulher, suas mãos tocando-a. Não parei quando meu nome foi chamado, eu estava determinada a acabar com aquela palhaçada.

Antes de alcançar a mesa, Christopher parou na minha frente impedindo minha passagem. Seu rosto estava embaçado, só então percebi que meus olhos estavam aguados, passei as costas das mãos neles, impedindo-me de chorar. Eu não ia derramar mais nenhuma lágrima por ele.

- Sai Chris – para o lado que eu ia, Christopher ia junto comigo – Sai, por favor. Eu vou acabar com aquilo lá.

- Não vai! Any, olha pra mim – levantei meus olhos para o seu rosto – Não vale a pena – ele me abraçou e eu desabei. Soluçava e ouvi palavras de carinho. Nós saímos do salão aonde acontecia a festa e seguimos para o elevador, eu me chamava de todos os nomes por chorar, e principalmente por alguém que eu já sabia que não prestava.

Senti como Dulce enrolava uma mecha do meu cabelo entre seus dedos, e só então percebi que todos haviam nos seguido. Ninguém falou nada, por mais que não quisessem admitir, eles sabiam que mais cedo ou mais tarde isso ia acontecer.

Christopher me abraçava pelos ombros, Dulce continuava a mexer em meu cabelo, Christian e Maite iam mais atrás quase encostados na gente, aquilo parecia uma escolta, e isso me fez gargalhar.

- Só a loira do banheiro para pular assim do nada da tristeza para alegria – virei-me só para dar um tapa no braço de Christian.

- Chriss... - Maite ralhou, cutucando-o para que ele voltasse a sua posição de segurança. Chegamos ao meu quarto, peguei o cartão em meu bolso e abri a porta.

- Você quer que eu fique aqui? - Dulce se ofereceu, eu abri um sorriso carinhoso para ela.

- Não, eu acho que preciso ficar sozinha – soltei-me dos braços de Christopher e virei-me para os quatro – Obrigada, de verdade.

- Que nada, pode ir passando o dinheiro, não fui segurança de graça – Dulce deu um empurrão em Christian que ria da sua cara de zangada.

Maite se adiantou em me abraçar e pedir para que eu ficasse bem, em seguida Christian fez o mesmo, arrancando de mim algumas risadas. Logo depois Dulce e Christopher me abraçaram juntos. Agradeci novamente, e antes que eu entrasse em meu quarto, ouvi a voz de Dulce.

- Hey Any, ele não te merece – dei um sorriso, e senti as lágrimas, fechei a porta e cai sentada no chão. Tirei as botas que usava, jogando-as em qualquer lugar.

Enquanto eu soluçava devido ao choro, todo o meu relacionamento com Alfonso se passou em minha cabeça. Nós nunca assumimos nada sério, tudo começou em uma noite qualquer. E ai foi indo, fomos nos "conhecendo" melhor, e virou rotina dormimos juntos, ontem foi um desses dias. E bom, hoje, ele vai dormir no quarto de outra. Sempre soube que eu levava mais a sério esse romance do que ele, apesar de todas as mensagens trocadas, as declarações quando estávamos a sós, Alfonso nunca mostrou que tínhamos algo para outras pessoas.

Eu acreditava que com o tempo ele mudaria, que um dia ele descobriria que eu sou a mulher da vida dele, e íamos enfrentar juntos, todo e qualquer obstáculo. Ledo engano. Nós dois somos muito iguais, mesmo com todas as brigas, conseguíamos viver com os nossos defeitos sem nos matarmos.

Dei uma risada. Bom, até hoje. Porque apesar de saber de todas as suas farras, vê que ele preferiu uma aventura do que ficar comigo essa noite, doía. Ser trocada doí. Levantei já tirando a blusa e indo rumo ao banheiro, eu precisava de um banho, e tirar o cheiro dele daqui, nem que para isso eu precisasse queimar todos os lençóis.

FLASHBACK OFF

Naquele dia, de madrugada, ele bateu a minha porta para que eu o deixasse entrar. Eu não abri, e ele desistiu, não só de entrar no quarto, mas de toda a nossa história. Ofensas foram trocadas, vez ou outra jogávamos uma indireta no outro, porém, mesmo que eu ficasse todas as noites com o coração vazio, não iria atrás. Eu podia amar como uma louca, mas meu orgulho foi maior do que tudo. E se ele não veio atrás, porque eu iria?! O amor as vezes é uma merda.

Dei uma risada e virei o rosto para Alfonso, que ao sentir que era observado, passou a me olhar também. Pedro falava algo, que eu já não entendia. Nenhum dos dois estava disposto a ceder, e isso era uma das coisas que me fazia odiá-lo e amá-lo ao mesmo tempo, ele nunca cedia aos meus caprichos.

Dei um sorriso de boca fechada, e ele retribuiu com um enorme. Meu coração acelerou, e meu celular tocou tirando-me daquele transe. Atendi sem olhar o identificador de chamadas.

- Alô?

- Amor, já acabou? Que horas você volta para casa? Não vou ter como te encontrar hoje, marcaram uma reunião de última hora – Velasco continuava a falar, e meus olhos ficaram embarcados.

- Tudo – pigarrei – Tudo bem. Quando eu chegar te aviso – enxuguei os olhos discretamente, sem deixar que as lágrimas escorressem. Eu prometi que não iria mais chorar por causa dele, e eu cumpro minhas promessas.

ANAHÍ POV OFF

Te QuedarásOnde histórias criam vida. Descubra agora