Playlist:
Para buscar a playlist no Spotify scaneie o QR CODE ou procure pelo nome: Te Quedaras - Vondy (por: cpocampos)
"Dónde estas?, dime si volverás. Y es que te extraño. Y me extraño a tu lado mi amor. Sera que todo es tan frágil, que llegas a un limite. Y la búsqueda cansa la fe. Tú, encuentrame tu esta vez! Vuelve pronto complica mi vida. Enmudeceme y dejame sin salida...".
Quiero tenerte – Paty Cantú (feat. Erik Rubín)
Notas iniciais:
- Assistam o vídeo: Te Quedarás - Lunário México
- Ouçam: Aún hay algo - RBD
Um mês depois...
O sol batia em meu rosto, o dia estava quente, como todos os outros que se passaram. Segui apressada em busca do meu carro, eu estava extremamente atrasada, meu celular tocava incansavelmente e eu já nem me dava ao trabalho de ver quem estava ligando. Depois de andar por alguns minutos na garagem, enfim encontrei-o estacionado no mesmo lugar de sempre, minha cabeça estava confusa, eu sabia que algo estava errado em mim, somente pelos olhares que recebi das pessoas que passavam enquanto eu saia do meu prédio, não dei importância ao que fosse. Joguei minha bolsa no banco do passageiro, ao fazer isso, tudo que estava dentro dela foi parar no chão. Praguejei, batendo a cabeça no volante diversas vezes seguidas.
- Droga, droga, droga. – abaixei-me para pegar tudo que havia caído, sabendo que na posição que estava com certeza dava para as outras pessoas que passassem uma ótima visão do meu traseiro – Você não podia fechar sozinha? Porque você faz isso comigo hein? Não vê que eu estou atrasada. – joguei tudo dentro da bolsa com uma força desnecessária, ainda dialogando – Caramba, que tanto de coisa!
Soltei um suspiro de alivio após terminar de guardar tudo, voltei para minha posição inicial e me preparei para sair, quando consegui me sentar direito, vi que um grupo de adolescentes me olhava pelo vidro frontal como se eu fosse uma retardada – o que de fato eu estava sendo – dei um sorriso sem graça e um "tchauzinho" discreto, coloquei o cinto de segurança e liguei o carro para dar o fora dali, antes que tudo ficasse ainda mais constrangedor.
O trânsito estava horrível, isso era de se esperar, com a falta de sorte que eu estava tendo. Após longos minutos de engarrafamento, consegui chegar ao auditório Lunário, aonde aconteceria um showcase privado do meu novo cd.
Estacionei de qualquer jeito, e desci apressada tentando ajeitar a bolsa no ombro, recebi olhares estranhos enquanto seguia meu caminho, passei a mão no rosto algumas vezes para certificar-me que não havia nada sujo. As pessoas estavam estranhas hoje.
Por fim cheguei ao camarim que foi montado, fazendo um barulho com a boca para anunciar minha presença.
- Enfim. Nossa você está péssima - Joaquim, meu cabelereiro caminhou até onde eu estava passando as mãos em meu cabelo e fazendo caretas – Querida que ninho é esse aqui?
- Obrigada, me sinto mais feliz agora – falei em tom de deboche, recebendo uma risada anasalada dele e um abraço em seguida.
- Já falei que você precisa descansar, seu rosto vai encher de rugas rápido demais, agora venha, sente-se aqui. Deus do céu, abençoe ainda mais essas mãos, que hoje um milagre terá que ser feito nesse ser humano. – ele levantou as mãos para o alto em forma de prece. Joaquim lembrava-me Anahí, dramático do mesmo jeito. Isso me fez sorrir. Apoiei-me nele, e quase fui arrastada para a cadeira. – Petit, não encoste muito, que eu tenho alergia à mulher. – dei uma gargalhada alta, e joguei-me na cadeira em frente ao espelho. Ele parou em minha frente me analisando por alguns segundos, depois fez uma cara de assustado, colocando a mão no peito e escancarando a boca. – Por todos os santos da moda, isso é pior do que eu pensei, Dul petit, porque você está com a roupa do avesso? – meu sorriso morreu de imediato, levantei-me depressa e olhei-me no espalho. Caramba, por isso as pessoas estavam estranhas. Sentei-me novamente, afundando o rosto nas mãos e pedindo para que eu deixasse de ser menos doida.
...
Já estava pronta e recebia as instruções da minha produção. Depois de repassar tudo, fazer um aquecimento vocal, sentei-me no sofá aguardando somente o horário em que eu seria chamada. Meu celular apitou, indicando que havia recebido uma mensagem.
"Já estamos aqui. Arrase e sapateie na cara da sociedade. Beijos, Anahí".
Sorri para suas palavras e meu coração se aqueceu sabendo que mais pessoas importantes para mim presenciariam minha apresentação. Hoje seria um dia especial, não só para os meus fãs, como para os da banda. Pedro havia decidido que aquele seria um bom momento para anunciar a curta volta de RBD, e eu estava feliz por isso. Sentia falta do grupo, minha carreira solo é e sempre será o maior sonho que foi realizado, mas eu estava com saudade das loucuras dos meus companheiros, da correria no camarim, das trocas de roupas apressadas. E saber que eu teria isso novamente por um tempo me fazia feliz.
Os maquiadores vieram dar os últimos retoques, e fui avisada que em alguns minutos a apresentação começaria. Fui para um canto afastado de todos, e fiz o que sempre fazia antes de qualquer projeto, rezei, pedi que Deus me guiasse em mais esse dia. Fiz o sinal da cruz, e segui para a escada que me levaria ao palco.
Os gritos eram mais nítidos, e o acorde da primeira música começou, comecei a cantar já sentindo a emoção e o calor dos fãs me invadindo. A apresentação seguiu contagiante, o público já acompanhava grande parte dos refrãos. Avistei minha família e Paco na lateral do palco, todos sorrindo, meus pais arriscavam alguns passos, e isso quase me fez gargalhar.
Mais atrás estava o pessoal da banda em um espaço isolado, Anahí dançava de um jeito desajeitado com Christian, Maite e Poncho bebiam e mandavam beijo para alguns fãs que tentavam alcança-los. Inevitavelmente meus olhos procuraram por Christopher, avistei ele mais atrás abraçado com Natalia, e foi ai que um sentimento novo me invadiu, raiva.
Raiva por eles estarem abraçados, raiva por ele ter tido a ousadia de trazer ela – por mais que não tivéssemos nada, e Paco estivesse mais a frente sorrindo para mim, eu ainda me sentia possessiva com ele – sentindo que alguém o observava, seu olhar se cruzou com o meu, dei-lhe um sorriso discreto, desviei meu olhar e fui para o centro do palco apresentar a próxima música. Soltei um longo suspiro e abri um sorriso.
- Quisiera hablar mucho pero no quiero porque me haces llorar esta canción. Solamente quiero decir que lo verdadero es eterno y esto se resume. – alguns gritos se fizeram presentes, meus olhos sem permissão foram para Christopher, e ele me olhava, mostrando pelo olhar que havia entendido. Ele sabia.
Comecei a cantar Te Quedarás. A nossa música.
...
O show foi maravilhoso, eu não tinha nem como descrever todas as emoções que senti. Após a última música as luzes do palco se apagaram, e a gritaria começou pedindo por mais. Vi meus cinco companheiros subindo no palco, os abraços foram desajeitados e cheios de emoção, após tanto tempo cantaríamos juntos novamente. Posicionamo-nos no palco, e a música de abertura dos shows do RBD começou. A cada imagem da banda que aparecia, os gritos emocionados aumentavam.
Olhei para todos e soube que o frio na barriga não estava presente somente em mim. O toque de Aun hay algo aumentou e a luzes acenderam, levando todos os presentes a "loucura". Chegou a nossa hora, de brilhar mais uma vez, juntos.
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Te Quedarás
Fanfiction"Contando estrelas estou depois de muito tempo sem estar com você. Já estou na 99 e não consigo tirar você de minha mente. Talvez amanhã, ou talvez nunca o esqueça... Porque seu corpo era meu corpo e sua alma, meu complemento; porque dei de presente...