"Contando estrelas estou depois de muito tempo sem estar com você. Já estou na 99 e não consigo tirar você de minha mente. Talvez amanhã, ou talvez nunca o esqueça... Porque seu corpo era meu corpo e sua alma, meu complemento; porque dei de presente...
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"...Te di el beso de despedida, tenía que dejarte ir. Y como siempre lo malo se olvida, quiero saber de ti..."
Dulce Maria - Si tú Supieras
CHRISTOPHER POV ON
- VIRA, VIRA, VIRA..VIROOOOOOOOOU – e mais um "shot" de tequila sumiu pela garganta de Dulce. Após sairmos da reunião, resolvemos todos os seis procurar um lugar para nos divertimos, passamos por diversos restaurantes e pubs, porém não paramos, tudo atraia paparazzi. Depois de muito discutirmos, decidimos que o melhor lugar seria ir para a casa de alguém, pois só assim haveria um pouco de privacidade. A casa escolhida foi a de Alfonso, chegamos um pouco tímidos, mas agora todos já estavam sem nenhum pouco de timidez.
Anahí por exemplo, já dançava em cima do sofá, suas músicas variavam desde reggaeton até as mais românticas. Christian, Alfonso e Maite falavam sobre qualquer coisa, o assunto era mudado tão rapidamente, que eu não conseguia acompanhar, muitas vezes do nada eles começavam a rir de suas próprias piadas e em seguida já ficavam sérios novamente, eram os típicos bêbados bipolar.
Dulce, bem, Dulce estava linda, eu sabia que ela já não tinha muita sobriedade somente pelo fato dela ficar analisando cada gota que escorria pelas paredes do seu copo de bebida, ela sorria sozinha, brincava com os próprios dedos, enrolava uma mecha de cabelo e cheirava as pontas e vez ou outra acompanhava a Anahí com sua cantoria.
Virei mais um gole da minha cerveja, e voltei a observá-la, ela estava me olhando, deu um sorriso tímido e começou a morder o lábio inferior – uma de suas manias mais belas – sorri de volta e a vi vindo até onde eu estava. Ela se jogou ao meu lado, olhou-me e tomou o copo de cerveja da minha mão.
- Eu senti tanta falta disso – ela bebeu o restante que havia no copo e estendeu-o para mim. Dulce sempre fazia isso, comia e bebia tudo que estivesse comigo, quando íamos jantar, vez ou outra pegava algo do meu prato e quando eu percebia, ela já havia comido mais do que eu. Ela dizia que tudo que me pertencia era melhor. Peguei o copo e o coloquei em cima da mesa de centro.
- Eu também – sorri.
- Acho que vai ser bom estarmos juntos de novo, como um grupo, mesmo que seja provisório.
- Eu também.
- Preciso de mais uma cerveja.
- Eu também – quer ver ela se irritar, não deu um minuto e Dulce se virou, colocou as mãos na cintura e arqueou as sobrancelhas.
- Você só sabe falar isso, caramba. – ela fez menção de se levantar e eu a puxei. Estava segurando o riso, a cara que ela fazia quando estava brava era linda.
- Hey, hey espera – se sentou de novo, porém o bico no seu rosto não saiu. Não aguentei e soltei uma gargalhada, e foi ai que ela fechou ainda mais a cara, lhe abracei de lado e dei um beijo no topo de sua cabeça. Deus, como eu senti falta desse cheiro maravilhoso. – Você sabe que eu falo isso só para implicar, agora vai, tira essa cara de marrenta.
- Não – ela virou o rosto para o lado contrário do meu e cruzou os braços, eu continuava abraçando-a.
- Anda vira pra cá, olha pra mim pequena – calei de súbito, percebi só depois que o apelido já havia escapado. Dulce deixou os braços cair ao lado do corpo e me olhou.
- De que você me chamou? – comecei a piscar os olhos – um dos meu "maravilhosos" tiques de quando eu estava nervoso – virei um pouco mais o corpo e fui aproximando meu rosto do dela, eu sabia que isso era errado, mas no momento me pareceu tão certo. Senti seu corpo se arrepiar, à medida que meus dedos subiam e desciam de leve pela extensão do seu braço.
- RUIVAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA VEM DANÇAR – ambos saltamos com o susto e identificamos a voz de Anahí. Ela passou as mãos no rosto, pegou uma garrafa de cerveja – que havia sido abandonada por alguém - na mesa lateral ao lado do sofá, virou um longo gole e se levantou. Antes de sair, ela virou somente o rosto em minha direção.
- Você é um idiota – deu uma piscadela e abriu um sorriso. Ela não esperou minha resposta, foi até onde os outros estavam e começou a dançar, me deixando lá, com cara de pateta.
