"Contando estrelas estou depois de muito tempo sem estar com você. Já estou na 99 e não consigo tirar você de minha mente. Talvez amanhã, ou talvez nunca o esqueça... Porque seu corpo era meu corpo e sua alma, meu complemento; porque dei de presente...
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"Me quede con un abrazo que se pierde en el pasado. Una herida que no cierra. Tres preguntas sin respuestas. En medio de esta oscuridad no encuentro una salida. En medio de esta oscuridad sigo pensando en ti...".
Dulce Maria – Pensando en ti
O verde se expandia para todos os lados, eu não conseguia ver nem começo e nem fim. O cheiro de grama invadiu minhas narinas, o sol brilhante no céu já estava quase se pondo. Ainda não havia conseguido identificar onde estava, mas era um lugar lindo.
Meu cabelo balançou com o vento frio. Olhei para os lados a procura de alguém, porém estava sozinha. Algumas margaridas e gérberas brotavam no chão deixando o ambiente ainda mais bonito. Peguei uma flor, senti seu cheiro e logo a coloquei em meus cabelos. A grama macia e levemente úmida tocava meus pés descalços.
Eu usava um vestido rodado com várias estampas de rosas coloridas, que ficava pouco acima dos joelhos; minha roupa combinava perfeitamente com o ambiente desconhecido em que me encontrava. Ao longe vi que havia alguém encostado em uma árvore – não consegui identificar quem era – porém, como um ímã, segui a passos apressados rumo ao desconhecido.
Não havia medo, receio, nem explicação, eu somente sentia uma vontade imensa de estar ao seu lado. O seu rosto ainda estava desfocado, dificultando que eu o identificasse; suas roupas eram despojadas e ele estava descalço assim como eu. Ele não se movia, permanecia com os braços cruzados sobre o peito, e com uma de suas pernas cruzadas para trás, fazendo com que seu pé ficasse encostado ao tronco da árvore.
Quando estava a pouco menos de um metro de distância, visualizei seu sorriso, consequentemente sorri também. Seus cabelos estavam bagunçados, talvez pelo vento que soprava ou por aquele ser seu jeito natural. Seu rosto foi ganhando forma, seus olhos diminuíam à medida em que seu sorriso aumentava, mostrando seus dentes brancos e alinhados. Seu queixo pouco retangular tinha uma leve camada de pêlos, formando uma barbicha que fez com que meus dedos coçassem de vontade de tocá-la. Arfei ao perceber os olhos castanhos que mais desejei brilhando para mim novamente.
Christopher estendeu uma de suas mãos, e eu dei passos cada vez mais apressados para alcançá-lo. Meu rosto já doía pelo largo sorriso, o vento soprou mais forte levando meus cabelos e a saia de meu vestido para o lado. Assim que fiquei em sua frente, coloquei minha mão sobre a sua sentindo o seu calor. Sem perder tempo, ele me puxou para seus braços, abracei-o pela cintura e afundei meu rosto em seu pescoço, enquanto ele fazia o mesmo em meus cabelos.
- Finalmente você chegou – sua voz rouca me invadiu, causando arrepios por todo o meu corpo. Levantei meu rosto para olhá-lo.
- Onde estamos? - pousei minhas mãos uma de cada lado do seu rosto.
