Capítulo 5 - Ingenua

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Para buscar a playlist no Spotify scaneie o QR CODE ou procure pelo nome: Te Quedaras - Vondy (por: cpocampos)

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"Intentaré reconstruir mi paz, quemar tus besos, no mirar atrás. Te di mi oxigenio y mi voz, hice un mundo para dos. Hiciste que creer en ti, y después dijiste adiós...".

Dulce Maria - Ingenua


- Isso é um contrato provisório, os shows serão adaptados de acordo com o tempo de vocês, para não atrapalhar nenhum compromisso individual, pois como todos aqui sabem cada um tem seu projeto pessoal. E o reencontro do RBD é somente um projeto adicional, um presente para os fãs. Eu entrei em contato com todos, e promovi essa reunião para que houvesse uma explicação geral de como a volta do projeto acontecerá. Anahí não me deu uma resposta concreta, porém, ela foi avisada sobre a reunião e como até agora ela não apareceu, creio que infelizmente teremos que seguir sem ela.

Dei um suspiro. Sem Anahí não seria a mesma coisa. Foi então que a campainha começou a tocar incansavelmente, Pedro levantou-se para abrir a porta.

- Como assim vocês iam começar sem mim? – Anahí entrou porta adentro dando sorrisos e recebendo aplausos de todos os presentes. Todos foram cumprimentados, e assim que nos abraçamos sussurrei.

- Eu sabia que você não iria nos deixar – ela me apertou mais forte e ouvi suas fungadas.

- Se eu não viesse, me arrependeria pelo resto da vida. Eu sei. – eu a olhei e sorri. Anahí nasceu para ser artista, nada e nem ninguém tiraria isso dela. Ela me puxou pela mão em direção a poltrona onde eu estava sentada anteriormente. Puxou uma cadeira ao meu lado e nos sentamos, ouvindo Pedro anunciar seu discurso novamente.

- Confesso que estou extremamente feliz de ver vocês todos reunidos novamente – ele nos olhou e sorriu – Anahí, até agora a pouco meu coração ainda transbordava tristeza por saber que talvez você não estivesse de volta neste projeto conosco. Sinto-me aliviado e extremamente feliz por você está aqui. Sem os seis juntos, isso jamais seria a mesma coisa. Obrigado a todos por aceitarem esse pedido. – palmas romperam a sala de estar, olhei para o lado e vi que minha companheira e amiga já enxugava as lágrimas discretamente.

Após uma longa conversa aonde consistia em avisos sobre os primeiros shows, contratos provisórios, entre outras pendências que eram necessárias ser resolvidas para que fizéssemos nossa primeira apresentação ao vivo, foram nos servido alguns lanches.

Christian colocava três ou quatro tipos de salgados na boca, mastigava-os e abria para que Anahí pudesse ver. Ela como sempre soltava seus clássicos gritinhos histéricos e dizia que apesar dos anos ele nunca havia adquirido educação. Pelo visto, muita coisa continuava do mesmo jeito.

Christopher não estava presente enquanto conversávamos sobre nossas vidas, após o anuncio do "intervalo" por Pedro, o vi saindo com a Sid – sei que o nome dela não é esse, estou sendo maldosa, mas é inevitável – creio que para se despedirem, e no fundo estava torcendo por isso, seria mais fácil se eu não visse a troca de carinhos que eram para ser destinados a mim.

Depois de quase vinte minutos – não que eu tenha contado o tempo que ele passou com ela -. .Jamais. Ele retornou, deu um beijo na cabeça de Maite e se sentou conosco. Abaixei meu olhar e comecei a mexer nos cantos das minhas unhas que precisavam ser retirados.

- Vamoooooos beber, relembrar os velhos tempos. – Poncho gritou e os outros o acompanharam, eu abri um sorriso e comecei a morder o lábio inferior. – Minha Dulce você vai né? – levantei o olhar e encontrei a expectativa em todos os rostos. Menos em um, aquele que estava com os punhos apertados e olhando para o lado contrário de onde eu estava. Era como se eu precisasse de uma aprovação dele.

- Você sabe que ele não a ama, Dulce – me espantei ao escutar a voz de Anahí em um tom baixo no meu ouvido, olhei para ela que me dava um sorriso tímido.

- Eu vou sim, como nos velhos tempos. – levantei os braços e soltei um gritinho. Logo em seguida as conversas recomeçaram, agora todos falando ao mesmo tempo, tentando escolher um lugar para irmos.

Olhei para frente e vi Christopher me encarando, eu não sabia o que seu rosto tentava me transmitir, mas pelo muito que o conhecia, podia arriscar que era raiva. Mas raiva de que? Vi seus lábios se moverem algumas vezes, como se ele estivesse reclamando de algo consigo mesmo, seus olhos saíram de mim, porém seus resmungos inaudíveis continuaram. Eu ficava tentando desvendar o que ele falava, até que identifiquei as seguintes palavras "Minha Dulce". Meu coração se encheu de algo maravilhoso, e eu poderia chamar facilmente de felicidade.

Ele podia não ser mais meu, porém, Christopher Uckermann ainda sentia ciúmes de mim. Eu poderia fazer a dança da chuva, dar diversas cambalhotas, gritar como uma fã histérica que encontrou seu ídolo. Mas eu somente abri um enorme sorriso, o mais verdadeiro que tive nesse longo dia. Comecei a enrolar uma mecha de cabelo e nossos olhares se encontraram. Ele cruzou os braços acima do peito, se recostou na cadeira e fez um bico enorme. Eu sorri ainda mais.

Te QuedarásOnde histórias criam vida. Descubra agora