Capítulo 1 - Extranjera

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Para buscar a playlist no Spotify scaneie o QR CODE ou procure pelo nome: Te Quedaras - Vondy (por: cpocampos)

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"Si mi alma se mueve por cielos abiertos, y tú tienes miedo a volar. Si conjugas la vida en pasado imperfecto y jamás aprendiste a creer, y a olvidar...".

Dulce Maria – Extranjera


06 de março – São Paulo/Brasil

BRASIL. País tropical, terra do samba, do pão de queijo, da caipirinha. Aqui posso dizer que é onde existem os fãs mais calorosos que um artista pode ter. Minha chegada ao país causou tumulto, gritaria, carinho e emoção. A forma como sempre sou recebida aqui me faz lembrar que estou no caminho certo, que minha música agrada e que faz as pessoas felizes.

Após o desembarque, me vi rodeada de seguranças, nada do que eu já não estivesse acostumada. Pessoas gritando meu nome, declarando seu amor por mim, isso aquiescia meu coração. Acenei, mandei beijos, tirei algumas fotos mesmo com todo aquele empurra-empurra e segui rumo a van, assim que me acomodei em uma das poltronas comecei a receber todas as instruções e o cronograma dos programas que iria participar.

Chegando ao hotel, entramos pela porta dos fundos e segui as pressas para o meu quarto, sabia que não teria tempo de dormir sequer alguns minutos, não agora. Avisei minha família e ao Pacco que já havia chegado. O dia passou cheio de compromissos e apesar de cansativo foi extremamente maravilhoso. É sempre gratificante saber que as pessoas estavam lá por mim, cantando minhas músicas.

Confesso que logo que o RBD acabou, me bateu aquela insegurança e achei que não iria conseguir atingir o sucesso que tenho hoje. Minha mãe diz que sempre fui muito medrosa em relação a tudo, que tenho talento mas parece que não acreditava nele. Sei lá, participar grande parte da minha vida de grupos e do nada me vê seguindo carreira solo, bate o medo de não dá certo. Mas deu, já consegui colocar em prática grande parte dos meus projetos e posso dizer que hoje sou eternamente feliz e grata a todos que estiveram comigo nessa nova jornada.

Já em meu quarto, tomei um banho e vesti uma camiseta larga que era do meu pai. Quando estava indo para a cama, tropecei e fui parar de cara no chão - sempre soube que tinha dois pés esquerdos -. Esparramei-me no tapete e comecei a ter uma crise de risos pensando no quanto era desastrada.

FLASHBACK ON

- Vão nos pegar – ele me empurrava banheiro adentro sem me deixar sequer argumentar.

- Não vão Dul, só um pouquinho – senti a parede fria atrás de mim e sua boca invadindo a minha, seus lábios sempre foram os mais macios que já provei, seu gosto era diferente, quando ele me beijava a sensação era que eu estivesse flutuando.

- Chris, se alguém nos ver..– não consegui terminar a frase, pois logo senti sua língua pedindo passagem novamente. Espalmei minhas mãos no seu peito e comecei a suspirar baixinho sentindo seus beijos desde a minha mandíbula até o meu pescoço, ele dava suaves lambidas e eu me arrepiava por completo.

- Shhh...É só você pedir que eu paro – Christopher disse em um suspiro na minha orelha logo depois mordendo o lóbulo da mesma.

- Você é um idiota – mudei de posição e o empurrei com força contra a parede, enlaçando meus braços no seu pescoço e lhe beijando em seguida.

- Sexo selvagem.

- CHRISTOPHER – lhe dei um tapa no ombro enquanto as suas gargalhadas só aumentavam.

- Tem alguém ai? – merda, merda. E agora? Arregalei os olhos e olhei pro bobo alegre a minha frente pedindo por uma solução. – Dulce é você? – prendi a respiração.

- Responde Dul – Christopher cochichou e logo passou os braços pela minha cintura começando a distribuir beijos no meu ombro. Eu tentava me esquivar, tudo o que eu menos precisava agora era soltar um gemido.

- Para – enquanto eu estava assustada com toda essa situação e com medo de ser pega, ele só ria e continuava me beijando.

- Dulce você está bem? – reconheci a voz de Pedro.

- É...é, estou. Acho que o almoço não me fez bem.

- Porque você não usou seu banheiro?

- É que esse foi o mais perto que achei, sabe como é Pedro, tava quase lá – olhei de lado para Christopher e vi que ele estava se segurando para não rir. É um bobão mesmo.

- Ah..é..sim, tudo bem. Qualquer coisa você chama alguém pra hum..te auxiliar, dar um remédio. – escutei a porta sendo aberta – Se você vê o Christopher, avisa a ele quem em meia-hora nós começamos a tirar as fotos. – a porta se fechou. E a gargalhada do idiota a minha frente dominou o ambiente.

- Auxiliar hein? Se você quiser te dou uma ajudinha na hora de limpar

- Você é um..um..Já pensou se ele nos pega? Você me coloca em cada confusão – arrumei minha roupa e fui saindo, mas como nem tudo são flores para Dulce Maria, não sei como enganchei meu pé no tapete que ficava perto da pia e fui parar direto no chão.

- Dul? Dul? Ta bem? – vi ele se agachando ao meu lado e suas mãos me ajudando a levantar.

- Isso é culpa sua – esbravejei e tentei me livrar dos seus braços que insistiam em me agarrar. E para falar a verdade se eu pudesse ficaria neles para sempre.

- Deixa eu dar um beijinho que sara – ele sorriu e logo em seguida começou a distribuir diversos beijos pelo meu rosto.

- Sara o escambau!

- Olha a boca suja – fiz biquinho e logo já me vi sentada em seu colo os dois no chão do banheiro.

- Nunca mais ouviu bem, nunca mais vou cair nessa tua conversa. – ele sorria mais abertamente me apertando nos seus braços e pedindo passagem com sua língua para invadir minha boca.

- Eu sei que não – em seguida já estávamos nos beijando. Lógico que cai na conversa dele tantas vezes seguidas e ele sabia disso.

FLASHBACK OFF

Levantei-me em um salto do chão. Deitei-me na cama e fechei os olhos com força impedindo que assim as lágrimas transbordassem, lutava para minha mente focar em diversas outras coisas que não fosse nele.

Minha luta foi em vão. Pelo menos por essa noite o passado iria me dominar. Mas amanhã tudo seria esquecido, amanhã.

Te QuedarásOnde histórias criam vida. Descubra agora