Aquela noite... 2

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Olá para todos os leitores de "Aquela Noite"! Gostaria de agradecê-los por lerem minha história. Quando comecei a escrever somente tinha a certeza que eu seria o primeiro leitor, jamais sonharia que tantas pessoas a leriam e gostariam dessa forma diferente e esquisita de escrita rápida, onde o mais importante é a história, deixando boa parte dos detalhes para a imaginação de quem lê. Como um quadro ou uma poesia que terá sua avaliação diferente dependendo da pessoa.

Quem quiser acompanhar a página do livro acessem o link: https://www.facebook.com/aquelanoite2016/

Eu manterei alguns capítulos aqui no Wattpad, pois a história acabou de entrar em pré-venda pela editora PenDragon. É possível adquirir o livro pelo site da editora

http://www.editorapendragon.com.br/ ou http://goo.gl/84eJub

Fábio Vera Cruz

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- Aceitaria um pouco de chá minha filha? - Ofereceu a simpática senhora, com satisfação em seus olhos.

- Sim, Obrigada! Então,... - Falou a jornalista, se dirigindo ao dono da casa depois de tomar um gole do delicioso café. - O senhor poderia me contar com detalhes o que viu naquela noite?

- Como você pôde ver, eu e Amélia moramos bem distantes da cidade mais próxima. Decidimos isso depois que nossos filhos já estavam crescidos e cada um deles vivendo sua própria vida. Nas nossas terras plantamos nossa própria comida e temos alguns pequenos animais também. Naquela noite, eu estava cansado depois de passar horas cortando lenha e decidi fazer as tarefas um pouco mais tarde, Amélia já tinha ido se deitar quando comecei. Atrás da nossa residência existe uma pequena mata, geralmente escutamos o canto das rãs, das cigarras e o assovio do vento entre as árvores. Quando levava a lavagem para os porcos notei algo me espreitando daquela mesma mata, vi uma sombra, não uma sombra comum, mas uma sombra bem grande.

- Se pudesse comparar a sombra com algo, acho que seria mais fácil para os leitores entenderem. - Interrompeu a jovem jornalista. - Com o que seria?

- Era do tamanho de um elefante! Acho que é a única comparação que me vem à mente. De início não dei bola para a tal sombra, mas comecei a me sentir incomodado, como se realmente alguém estivesse ali atrás daquelas árvores, peguei minha espingarda e dei um tiro para o alto, a sombra nem se mexeu. Quando eu comecei a achar que estava vendo coisas ela se mexeu para o lado. Com o susto eu caí no chão e bati a cabeça. Somente quando acordei no dia seguinte, Amélia me mostrou todo aquele estrago feito na mata. É como se duas feras tivessem travado uma batalha ali, árvores quebradas, uma pedra bem grande tinha ido parar no alto de uma árvore e um tronco velho destruiu nosso galinheiro. Até agora ainda é possível ver as pegadas gigantes, pegadas de algum tipo de animal.

- O senhor teria algum detalhe que esqueceu de mencionar, ou melhor, algo que poderia destacar dessa noite?

- Olhos vermelhos, antes de perder a consciência, achei ter visto um par de malignos olhos vermelhos me seguindo através da sombra. Me dá arrepios só de lembrar. Moça, se eu fosse você, mesmo agora, eu não iria lá.

Mesmo contra o aviso, nenhuma jornalista que se preze deixaria de tirar uma bela foto desse cenário. Percebeu então que aquele senhor não contou-lhe tudo. Ao chegar ao local viu uma destruição que só poderia ter sido causada por algo gigantesco, o raio de destruição chegava aos trinta metros mata adentro, bem lá no fundo, acompanhando cada passo seu, dois olhos como o fogo se aproximavam lentamente.




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