A Reunião dos clãs

1.5K 220 48
                                    

Olá para todos os leitores de "Aquela Noite"! Gostaria de agradecê-los por lerem minha história. Quando comecei a escrever somente tinha a certeza que eu seria o primeiro leitor, jamais sonharia que tantas pessoas a leriam e gostariam dessa forma diferente e esquisita de escrita rápida, onde o mais importante é a história, deixando boa parte dos detalhes para a imaginação de quem lê. Como um quadro ou uma poesia que terá sua avaliação diferente dependendo da pessoa.

Eu irei retirar este livro do Wattpad no dia 15 de Junho, pois realizarei um sonho. Publicarei esta história e estarei com ela na Próxima Bienal Internacional do livro em São Paulo.

Caso alguém não consiga terminar a leitura até este dia, entre em contato comigo e será uma satisfação minha enviar o restante dos capítulos por e-mail.

Estou postando a continuação aqui no Wattpad (A Última Original), espero que possamos continuar nos divertindo, eu ao escrever e vocês ao ler.

Um forte abraço a todos e fiquem com Deus!

Quem quiser acompanhar a página do livro acessem o link: https://www.facebook.com/aquelanoite2016/  

Fábio Vera Cruz

************************************************************************************

Trecho narrado por Douglas

Fazia muitos anos que eu não visitava uma grande cidade como Belo Horizonte, via as luzes passando rápidas pela janela do nosso carro, blindado. Cortesia do clã Montenegro, o mais antigo e temido clã de lobisomens do país. Nem mesmo o Lobisomem Supremo conseguiu derrota-los. Eu diria que este clã é o mais bem organizado e a peça chave na união dos outros clãs. Os lobisomens são territorialistas e nunca alcançariam acordo algum sem eles. Alguns clãs os detestavam por seguirem o modelo de organização dos vampiros.

- Por favor, senhor Moreira, deixe-me levar suas malas. – Perguntou o funcionário do hotel que aguardava a minha chegada. Nunca pensei que um clã poderia ser dono de toda uma rede de hotéis. – Pode levar.

Minhas costas doíam, foi a primeira vez que percorri uma distância tão grande transformado. Mas não poderia deixar de atender a um pedido direto do Alfa Montenegro, porém, dos clãs que chamei apenas quatro vieram para a reunião.

Todos os cuidados necessários para a proteção tinham sido tomados. Depois fiquei sabendo que os andares superiores tinham sido reservados para o nosso encontro. Mas não nos protegíamos dos vampiros, eles nunca se atreveriam a atacar um famoso hotel. Ter tantos Alfas no mesmo lugar sempre seria algo perigoso. Apenas tive o tempo de tomar um banho e arrumar minha coisas quando chamaram-me para o salão de eventos que ficava na cobertura.

Cheguei ao último andar, não é sempre que podemos entrar em ambientes tão refinados, a iluminação era aconchegante, existia uma enorme mesa de reuniões no centro, com poltronas que colocavam as do cinema no chinelo.

- Senhor Moreira. Seja bem-vindo! – O Anfitrião me cumprimentou. Senti Nossos olhos acenderem-se e logo voltarem ao normal. Um Alfa não submete-se a outro. Mas eu tinha orgulho de estar diante de um grande homem.

- Muito obrigado senhor Montenegro! – aceitei seu cumprimento. Ele apertava fortemente minha mão, senti-o forte e poderoso. Apesar dele já ter mais de setenta anos de idade.

Sentei-me no lugar que fora designado para mim. Tinha plaqueta escrita clã Moreira. Notei que os Alfas chegavam, um após o outro e ocupavam seus lugares também. Não passávamos de vinte e um clãs. Tenho certeza que existem mais de cem clãs no país fora os desgarrados que não seguem regra alguma.

- Boa noite a todos! Meu nome é Arthur Montenegro. Chamei os senhores aqui pois temos novas informações dos nossos espiões. Depois de nossa última batalha há tantos anos os vampiros estão organizando um novo ataque.

- Da última vez eles quase acabaram conosco, perdemos muitos familiares. Até mesmo aquela fera estava do lado deles. - Um Alfa Começou a gritar, não o conhecia.

Logo começaram várias discussões e um falatório desconfortável.

- Senhores. Por favor! – O silêncio finalmente voltava. – Nossos espiões garantiram que o Lobisomem Supremo não está mais ao lado dos vampiros. Na verdade tem um bando de caçadores em seu encalço. Mas vamos ao assunto principal, em breve, como todos sabem teremos um eclipse. É momento em que estaremos mais fracos. Embora o eclipse seja um evento curto, ficamos até a noite seguinte sem conseguirmos nos transformar. Acreditamos que atacarão nesta oportunidade. Precisamos preparar um plano de contra-ataque. Hoje em dia temos recursos. Até temos um ótimo relacionamento com os caçadores. Peço aos senhores que mantenham suas mentes abertas para novas ideias. Marcaremos nosso próximo encontro dentro de vinte dias aqui mesmo.

Depois da reunião, aproveitamos um farto coffee break. Arthur Montenegro me chamou, onde tinha um grupo de Alfas mais antigos.

- Senhores, quero que conheçam o mais novo Alfa do clã Moreira, Douglas. – Eu cumprimentei a todos.

- É verdade que conheceu a filha do demôn... quero dizer do Lobisomem Supremo? E que ela derrotou sozinha aquele bando de idiotas desgarrados? – Perguntou-me um deles.

- Sim, a conheço! Quando cheguei ela já tinha posto todos para dormir. – Respondi.

- Precisaremos da força dessa jovem emprestada, Douglas. – Arthur me falava olhando em meus olhos.

- Ela mal começou a aprender sobre seus poderes. – Respondi, olhando apenas para ele.

- Precisamos que ela aprenda logo. Se ela possuir algum poder vindo daquele... daquela fera. Podemos ter uma chance.

- Vou dar o meu máximo para ajudá-la.

- Seu pai teria orgulho do forte Alfa que você se tornou, meu filho. – Ele me falou, pondo sua mão em meu ombro.

- Obrigado! Sei que se meu pai estivesse aqui faria a coisa certa.

No dia seguinte à reunião, um carro me aguardava para me levar de volta para Riacho Doce. Eu pensava no que tinha dito para o Arthur Montenegro na noite anterior. O que será que seria a coisa certa a se fazer? Eu não queria jogar a Sarah no meio dessa guerra. E se eu a forçar demais e ela se tornar como o pai? Precisaria consultar tia Anne antes de fazer qualquer movimento.

Depois de horas de viagem, finalmente cheguei em casa e notei que tia Anne não encontrava-se. Avisto um bilhete na geladeira:

Querido Sobrinho.

Fomos para Casimiro de Abreu com a Sarah! Não se preocupe. Voltaremos logo.

Deixei bastante comida na geladeira.

Não faça bagunça na minha casa em minha ausência.

Com amor,

Anne. 







Aquela Noite...Onde histórias criam vida. Descubra agora