Meu primeiro encontro com Diego

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Olá para todos os leitores de "Aquela Noite"! Gostaria de agradecê-los por lerem minha história. Quando comecei a escrever somente tinha a certeza que eu seria o primeiro leitor, jamais sonharia que tantas pessoas a leriam e gostariam dessa forma diferente e esquisita de escrita rápida, onde o mais importante é a história, deixando boa parte dos detalhes para a imaginação de quem lê. Como um quadro ou uma poesia que terá sua avaliação diferente dependendo da pessoa.

Eu irei retirar este livro do Wattpad no dia 15 de Junho, pois realizarei um sonho. Publicarei esta história e estarei com ela na Próxima Bienal Internacional do livro em São Paulo.

Caso alguém não consiga terminar a leitura até este dia, entre em contato comigo e será uma satisfação minha enviar o restante dos capítulos por e-mail.

Estou postando a continuação aqui no Wattpad (A Última Original), espero que possamos continuar nos divertindo, eu ao escrever e vocês ao ler.

Um forte abraço a todos e fiquem com Deus!

Quem quiser acompanhar a página do livro acessem o link: https://www.facebook.com/aquelanoite2016/  

Fábio Vera Cruz

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Até que enfim estava voltando para Riacho Doce, voltando para aprender, voltando para obter mais respostas. Via a estrada de uma forma diferente agora, minha percepção tinha aumentado com o tempo, conseguia distinguir cada coisa que se movia ao meu redor e a uma distância considerável. Notei que minha força também tinha aumentado. Seria a proximidade da Lua cheia já me afetando? Destestava não ter as respostas, logo eu que sempre me dei bem com qualquer pergunta.

Depois de horas na estrada, estava até ansiosa, podia finalmente contemplar Riacho Doce. Já imaginava o cheiro do café de tia Anne, Douglas ficando sem jeito quando mando um beijinho e conhecendo Diego finalmente. De certa forma me sentia parte da família Moreira agora.

Antes de chegar na cidade, no entanto, percebi algo estranho se movendo à minha esquerda, parei imediatamente o carro, olhei com mais atenção e sabia que tinha algo ali, e sabia que estava me olhando. Não senti medo, senti algo que não sei transcrever, algo sensitivo. Entrei mais na mata, em direção ao que quer que seja que estava escondido ali. Congelei onde estava. Pude ver um par de olhos amarelos. De alguma forma pude sentir medo e confusão vindo daquele ser, estava agora a oito metros dele. Ele começou a vir em minha direção, cauteloso, me estudando. Era um Lobisomem pequeno, um metro e setenta sobre duas patas talvez, tinha pêlos marrons claros, quase um bege. Percebi uma mudança nele, agora me mostrava os dentes, feroz. Avançou velozmente em minha direção, eu não recuei.

- Pare agora mesmo! – Gritei com todas as minhas forças.

Ele parou a centímetros de mim, se sentou aos meus pés. Pude sentir de perto sua confusão e também seu bafo de cão.

- Você não deveria ter se transformado ainda! Estamos no início da lua Cheia e ainda por cima está de dia. Fiz um carinho em sua cabeça, seus pêlos eram grossos. Tirei a mão em reflexo., mas como um gato doméstico ele pôs sua cabeça em minha mão novamente. Pedindo carinho. Logo ele deitou, dormiu e pude ver sua transformação para humano. Era um jovem rapaz, com cabelos castanhos lisos que caíam sobre os olhos, pele morena clara. Pus o garoto no meu carro e corri para tia Anne o mais rápido que pude.

Assim que cheguei encontrei tia Anne no meio da rua, quase saindo da cidade.

- Tia Anne! – Gritei para chamá-la, percebi que ela não me reconheceu de primeira, pois não associou meu carro a mim.

Ela se aproximou e olhou o jovem rapaz que dormia no banco de trás.

- Tia Anne. Era sobre isso! Preciso de sua ajuda...

- Graças a Deus você o encontrou! Pensamos que nunca o alcançaríamos. Diego, meu filho!

Abri a porta do carro para tia Anne e fomos para sua casa.

- Douglas não conseguiu se transformar, ainda é cedo, à pé nunca conseguiríamos alcançar um Lobisomem transformado. Às vezes isso pode acontecer na primeira transformação. Como você o encontrou? Sentiu seu cheiro?

Contei tudo o que aconteceu e pude ver uma tia Anne confusa.

- Você sabe que poderia ter morrido. Não sabe?

- Tia Anne, eu não senti isso. Algo me dizia que ele não me faria mal, estava apenas confuso.

- Mesmo assim é muito estranho um lobisomem que se transformou a primeira vez agir dessa forma. Ainda mais sob a influência forte da primeira Lua. O único que poderia fazer ele parar seria... – Tia Anne se perdeu em seus pensamentos.

- O que tia Anne?

- Não. Nada. Esquece! Ajude-me aqui, vamos levá-lo para seu quarto.

Depois de ajeitarmos o Diego na cama, tia Anne ligou para o celular do Douglas acalmando-o e pedindo para retornar para casa. Ele estava já floresta a dentro seguindo o cheiro do Diego porém ainda sob forma humana.

Aproveitando que estava a sós com tia Anne, perguntei logo as coisas que tinha guardado dentro de mim, perguntas sem respostas.

- Como botei aquele vampiro para dormir tia Anne?

- Soube no passado que o Lobisomem supremo tinha roubado esse dom do Alfa do clã do Sul. É uma especialidade deles, como sua estrutura não é tão forte como a nossa, eles são de uma linhagem de lobisomens diferentes, usam este artifício para se protegerem. Como você obviamente herdou a maldição dele, é normal que tenha alguns de seus dons também.

- Porque pude usá-lo fora da lua cheia e sem me transformar?

- Podemos usar nossos dons a qualquer momento. Se parar para pensar sempre sei o que está pensando não é?

- Verdade! Mais uma pergunta, a mais importante de todas...

Nesse momento as portas da frente se abrem de uma vez só, vejo o Douglas entrando, ele me olhava nos olhos, mas de uma forma diferente de antes, como se procurasse por algo.

- Olá Sarah! – Ele disse ainda me olhando.

Cheguei mais perto dele, fiz o mesmo truque de antes, segurei em seu rosto e fui beijar seu queixo mas ele segurou minhas mão suavemente e nos beijamos. Suas mãos apertaram as minhas, mas sem machucá-las, pude sentir cada célula de masculinidade vinda dele. Nos separamos, ele ainda me olhava nos olhos, hipnotizado.

- Oi pra você também Douglas! Rimos, eu ainda o deixava sem jeito.





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