O Contra-ataque

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Olá para todos os leitores de "Aquela Noite"! Gostaria de agradecê-los por lerem minha história. Quando comecei a escrever somente tinha a certeza que eu seria o primeiro leitor, jamais sonharia que tantas pessoas a leriam e gostariam dessa forma diferente e esquisita de escrita rápida, onde o mais importante é a história, deixando boa parte dos detalhes para a imaginação de quem lê. Como um quadro ou uma poesia que terá sua avaliação diferente dependendo da pessoa.

Eu irei retirar este livro do Wattpad no dia 15 de Junho, pois realizarei um sonho. Publicarei esta história e estarei com ela na Próxima Bienal Internacional do livro em São Paulo.

Caso alguém não consiga terminar a leitura até este dia, entre em contato comigo e será uma satisfação minha enviar o restante dos capítulos por e-mail.

Estou postando a continuação aqui no Wattpad (A Última Original), espero que possamos continuar nos divertindo, eu ao escrever e vocês ao ler.

Um forte abraço a todos e fiquem com Deus!

Quem quiser acompanhar a página do livro acessem o link: https://www.facebook.com/aquelanoite2016/  

Fábio Vera Cruz

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Concentrei toda minha força em meu braço e consegui arrancar seu coração, ele me olhava, sem entender o que estava acontecendo, ao cair ainda tentou se apoiar em mim, nunca irei me esquecer desse momento. Gostaria que nunca tivesse acontecido. joguei seu coração para aquele nojento juiz.

- Se é um coração que você tanto queria...Esse aí serve? - Gritei com raiva, pude notar um rebuliço nas arquibancadas, os lobisomens invadiam a arena, do jeito que eu queria. Espero que o que tia Anne tenha me ensinado valha a pena, será a primeira vez que vou tentar de verdade.

- Matem-na! – Gritava o Juiz! – Ela matou o Roberto.

- E cadê aquele regra que você mencionou? Quem ganhasse a briga sobreviveria não é? Hum... Coitadinho do lobo mal. – Com esse deboche conseguir fazer com que todos os lobisomens viessem ao meu encontro. Eu sabia que isso nunca foi uma hipótese na cabeça deles, nunca teriam imaginado que eu poderia derrotar o tal Roberto. Eles não me conhecem.

Tal como eu imaginei, eles me cercaram, esperavam seu líder chegar para a execução final e eu também. Ao perceber que todos estavam ao meu redor, liberei toda a energia que tinha armazenado da Lua, puxei o gatilho do meu dom, pude vê-lo se expandir, parecia um onda de choque se propagando e eu era o centro, a fonte. Talvez pudesse até direcioná-la, outra hora eu tentaria. Aos poucos vi um após o outro, enfim todos desmaiarem, eu sabia que tinha usado toda minha energia. Precisava sair dali com urgência. Corri mas caí de joelhos ainda na arena. Tudo ficou escuro.

Lembro-me de alguns clarões em minha memória. Via o céu da floresta passando em alta velocidade, em outro momento lembro-me de estar sendo carregada por alguém. Douglas? Senti seu braço forte de lobo me segurando, me senti segura e apaguei novamente. Acordei, meus olhos ainda estavam embaçados, olhei para ele novamente, me carregava no colo, agora já em forma humana, seus olhos verdes, seus cabelos esvoaçantes caindo sobre os olhos. Quando acordei em definitivo já estava na cabana da tia Anne. Levantei em um só pulo, assustando tia Anne que trazia mais uma compressa quente.

Olhei para o lado, envergonhada. Tinha decepcionado tia Anne.

- Graças a Deus você acordou minha filha. Venha, vamos preparar algo para você comer.

- Tia Anne, eu queria...

- Calma Sarah! Primeiro o alimento para o corpo, depois o alimento para a alma.

Trecho narrado por Diego.

Corri o mais rápido que podia, as roupas emprestadas eram grandes demais e ficavam caindo. O que eu estava fazendo? Porque eu abandonei a tia Sarah? Não. Ela me deu uma ordem, não consigo voltar. Sinto uma necessidade extrema de realizar seu pedido. Lutei contra isso por alguns momentos, sempre olhando para trás, esperando que ela viesse ao meu encontro. Eita! Bati em uma árvore? Caí para trás desorientado. Olhei para ver o tamanho da árvore que tinha me acertado, levei um baita cascudo.

- Já não te falei para nunca abandonar um amigo? Assim vai manchar o nome do clã Moreira moleque.

Não pude acreditar no que estava vendo, Douglas estava de pé bem à minha frente, expliquei rapidamente a ele o que tinha acontecido, de alguma forma ele já sabia de parte da história. Corremos de volta para o local, esperando que ela ainda estivesse bem, quando chegamos ficamos aterrorizados, todos estavam caídos no chão, inclusive a Sarah. Verificamos que ela estava apenas desmaiada.

- Diego, eu quero que leve a Sarah de volta, se correr com toda sua velocidade de lobo, chegará pela manhã na cabana.

- Eu não posso me transformar, me acertaram com um tipo de dardo. – Enquanto falava, levei minha mão ao local, ainda dolorido.

- Entendi. Eles te doparam! Existe uma substância que inibe a transformação.

Douglas começou a checar os bolsos daqueles que estavam em forma humana, depois de olhar uns três, ele pareceu ter encontrado algo.

- Quem tem o veneno, geralmente tem a vacina. Aqui, tome logo, em alguns segundos poderá se transformar à vontade.

- Você não irá conosco? Viemos te buscar.

- E isso me custou um dia de atraso. Senti o cheiro de vocês bem fraco me seguindo, graças a Deus consegui achá-los antes que o pior acontecesse. Fale com elas para não me seguirem, voltarei em algumas semanas, tenho um sério assunto a tratar em certa cidade. Eu ligo para vocês.

- Por quê não nos contou antes? Por que fugiu?

- Peço desculpas, senti o cheiro de um lobisomem em nosso território e fui checar. Ele era um emissário do clã vizinho. Vamos nos reunir para tratar alguns assuntos em comum. Não podia perder tempo, assim como você agora. Vá logo, leve sua Alfa em segurança por mim!

Assim como ele tinha falado, pude me transformar com facilidade, peguei a Sarah no colo, com cuidado e corri o mais rápido que podia. Em alguns momentos ela abria os olhos delirando. Isso me dava mais força e vontade para chegar logo. Acabei sendo lento demais, fiz os últimos quilômetros em forma humana, já eram dez horas da manhã quando conseguimos chegar à cabana de tia Anne.

Eu ainda não faço idéia do que tenha acontecido naquela arena, mas o que importava era que a tia Sarah e o meu irmão estavam vivos. Ainda no final da tarde a Sarah já tinha acordado. 



Aquela Noite...Onde histórias criam vida. Descubra agora