A punição

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Olá para todos os leitores de "Aquela Noite"! Gostaria de agradecê-los por lerem minha história. Quando comecei a escrever somente tinha a certeza que eu seria o primeiro leitor, jamais sonharia que tantas pessoas a leriam e gostariam dessa forma diferente e esquisita de escrita rápida, onde o mais importante é a história, deixando boa parte dos detalhes para a imaginação de quem lê. Como um quadro ou uma poesia que terá sua avaliação diferente dependendo da pessoa.

Eu irei retirar este livro do Wattpad no dia 15 de Junho, pois realizarei um sonho. Publicarei esta história e estarei com ela na Próxima Bienal Internacional do livro em São Paulo.

Caso alguém não consiga terminar a leitura até este dia, entre em contato comigo e será uma satisfação minha enviar o restante dos capítulos por e-mail.

Estou postando a continuação aqui no Wattpad (A Última Original), espero que possamos continuar nos divertindo, eu ao escrever e vocês ao ler.

Um forte abraço a todos e fiquem com Deus!

Quem quiser acompanhar a página do livro acessem o link: https://www.facebook.com/aquelanoite2016/  

Fábio Vera Cruz

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Decidimos, temporariamente voltar para o sul, não sei se conseguiríamos lutar contra tantos, teoricamente nosso cheiro estava bloqueado, novamente estávamos em forma de lobisomens, correndo com a maior velocidade que conseguíamos. Notei algo um pouco estranho, galhos quebrados, uma trilha fresca, sem cheiro algum, os animais tinham fugido, até os roedores sumiram. Pedi aos rapazes para esperarem um pouco. Algo estava muito errado. Notei o Rafael se transformar em humano, não entendi o porquê, ele pegou uma sacola de roupas em uma árvore próxima.

- (Você tinha roupas aqui?) - Não tive respostas - ( O que está acontecendo Rafael?) - Nada.

Atrás dele surgiram dezenas de lobisomens, atrás de nós mais uma dezena, alguns vinham em forma humana, outros transformados. Senti uma pequena dor no pescoço, botei instantaneamente a mão no local. Peguei. Era um dardo, mal o vi e comecei a me transformar em humana novamente, olhei para o lado e acontecia o mesmo com Diego.

- Por que Rafael? – Eu consegui falar.

- Eles me deram perdão total se eu entregasse a falsa Alfa! Me desculpe, não é nada pessoal.

Um homem aparentando ter uns cinqüenta anos se aproximou, cobriu-nos com uma manta.

- Vocês virão conosco, precisamos fazer logo seu julgamento, logo a Lua cheia acabará.

Antes que eu pudesse falar qualquer coisa, me colocaram uma mordaça, forçaram minhas mãos para trás amarrando-as.

- Não queremos que faça nada estúpido. Não é mocinha?

Fomos levados para uma fazenda próxima do vilarejo no qual estávamos, eu não conseguia me transformar de volta. Nos colocaram numa espécie de arena, provavelmente aconteciam rodeios ali. Pude notar pelo menos uns cinqüenta lobisomens nas arquibancadas. Era uma visão terrível, amedrontadora. Agora estávamos de joelhos. Aquele senhor de antes sentou-se numa cadeira posta ali poucos segundos antes.

- Vamos começar o julgamento desses dois. – Ele começou. – Por favor, tragam a testemunha.

Vi um homem, entrar na arena, sendo amparado por outros dois e também sentando-se. Juntei os fatos e logo percebi que se tratava do lobisomem Alfa que eu derrotei.

- Eu estava me defendendo! Ele me atacou primeiro! – Gritei.

- Não estamos julgado isso mocinha, aliás nem ligamos para isso. O que estamos julgando é o fato de você estar enganando a todos por aí dizendo ser uma Alfa. De agora em diante somente fale quando for solicitada ou a amordaçamos novamente. Ok?

- OK! – Assenti. Estava furiosa por dentro. Isso era a maior injustiça de todas.

- Temos várias testemunhas aqui dizendo que ouviram você falar que era a Alfa deste garoto. O que você alega?

- Sim! Sou a Alfa dele! Nós...

- Chega! Apenas responda sim ou não. - Eu começava a ter muita raiva dele agora

- Sua forma transformada é muito parecida com a do Lobisomem Supremo, mas é claro que você é muito mais fraca do que ele. Acho que nossa pequena alcatéia não teria chance se fosse o verdadeiro Supremo aqui.

- O que vai acontecer comigo? Liberte o Diego, deixe-o ir.

- Bom, você mesma acabou de confirmar ser culpada. O garoto poderá ir em segurança, não o faremos mal algum.

- Não! – Diego gritava. – Não façam mal à ela, pelo amor de Deus.

-Deus não escuta os amaldiçoados garoto! Vá logo antes que eu mude de idéia. – Rosnou o meu juiz.

- ( Vá Diego eu irei logo em seguida, ta.)

- ( Jura?) - Ele chorava

- ( Sim! Te alcanço logo. Agora vai!) – Menti. Ele saiu em disparada pelo portão aberto da arena.

- Mocinha...

- Sarah Miller! – O corrigi.

- Tanto faz! Sua punição será um duelo. Trouxemos aqui nosso campeão, ele é um lobisomem de dois metros e quarenta, o mais feroz de nossa alcatéia. Quem ganhar a luta sobrevive. Porém não deixaremos que você se transforme.

- Isso é injusto! – Gritei em revolta.

- Ora! Alguns aqui me pediram para decapitá-la mas a maioria quer um pouco de diversão.

Notei o lobisomem com pêlos negros e olhos amarelados entrando na arena, meu coração disparava, mas não sentia medo. Tentava pensar em mil jeitos de sair dessa com vida mas não senti firmeza em nenhuma delas. Minhas mãos foram desamarradas, pelo menos isso.

- Roberto, seja gentil com ela! – Falou o juiz, me deixando mais furiosa, se é que isso era possível.

Como o velho tinha pedido o lobisomem vinha devagar, saboreando cada momento, caminhava sobre as patas traseiras. Eu corri mas de alguma forma ele saltou na minha frente, me bateu com seu longo braço me jogando longe. Me senti confusa, abri meus olhos, via tudo vermelho agora. Olhei para o meu corpo, eu não tinha me transformado, o veneno que tinham me aplicado era poderoso. Mas minha visão estava exatamente igual quando estou em transformada. Senti meu corpo ser consumido por uma energia que nunca senti antes.

- Roberto jogue-nos esse coraçãozinho. – Gritava o Juiz.

Olhei para a frente, o lobisomem estava a centímetros de mim, jorrou sangue para todos os lados, a platéia uivava em êxtase e um coração foi jogado para o Juiz.

Eu tinha sangue por todo o meu corpo, não acreditava no que tinha acontecido.

Eu tremia muito.

O lobisomem Roberto caía morto no chão aos meus pés.





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