O Reencontro

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Olá para todos os leitores de "Aquela Noite"! Gostaria de agradecê-los por lerem minha história. Quando comecei a escrever somente tinha a certeza que eu seria o primeiro leitor, jamais sonharia que tantas pessoas a leriam e gostariam dessa forma diferente e esquisita de escrita rápida, onde o mais importante é a história, deixando boa parte dos detalhes para a imaginação de quem lê. Como um quadro ou uma poesia que terá sua avaliação diferente dependendo da pessoa.

Eu irei retirar este livro do Wattpad no dia 15 de Junho, pois realizarei um sonho. Publicarei esta história e estarei com ela na Próxima Bienal Internacional do livro em São Paulo.

Caso alguém não consiga terminar a leitura até este dia, entre em contato comigo e será uma satisfação minha enviar o restante dos capítulos por e-mail.

Estou postando a continuação aqui no Wattpad (A Última Original), espero que possamos continuar nos divertindo, eu ao escrever e vocês ao ler.

Um forte abraço a todos e fiquem com Deus!

Quem quiser acompanhar a página do livro acessem o link: https://www.facebook.com/aquelanoite2016/  

Fábio Vera Cruz

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Chegou o tão esperado momento, me preparei muito para realizar essa prova, apesar dos acontecimentos recentes eu sabia que passaria no vestibular. Mas seria a primeira vez que voltaria ao Rio de janeiro depois daquela noite, não sabia se poderia agüentar passar próximo aquele local novamente, não sem reforços. Então contratei minhas duas melhores amigas Vitória e Ester sob o pretexto de passarmos todo o final de semana no Rio, de certa forma me deixaria mais relaxada para a prova sabendo que não estaria sozinha.

Dirigíamos pela BR-101 em plena sexta-feira, o trânsito a essa altura estava caótico. Péssima escolha, péssimo humor e péssimo primeiro assunto de viagem.

- Eu soube o aconteceu com você e o Victor na Rave! Aliás, todos na cidade já sabem! Por que não dá outra chance para ele Sarah? – Ester a defensora do Victor ataca novamente.

- Ester, eu não quero falar sobre isso novamente. Ok? Nós não temos mais nada. Acabou! – Olhei de relance para ela pelo retrovisor, já que estava na parte de trás do carro. Meu carro era pequeno e econômico, verde e com alguns adesivos de flores que minha mãe colocou no vidro traseiro.

- Tudo bem! Não está mais aqui quem falou. Você sabe que éramos todos amigos. Não é? Fica difícil para eu escolher um lado.

- Então não escolha! – Respondeu Vitória em meu lugar – Continue amiga dos dois, apenas não será mais como era antes. Cada um irá por um caminho diferente. Desculpe Sarah, acabei desabafando um pouco.

- Não tem problema Vit. Obrigada! – Esbocei um sorriso.

À medida que passavam os quilômetros a paisagem ia mudando aos poucos, do verde das árvores ao concreto das construções das grandes cidades, do ar puro e limpo ao condensado e pesado dos grandes centros urbanos. Mas nada era tão lindo quanto à visão da cidade quando passamos pela ponte que separa Niterói do Rio de Janeiro, um azul magnífico, aviões passando a poucas centenas de metros sobre nós e a estátua do Cristo Redentor exuberante, uma das novas sete maravilhas do Mundo Moderno.

- Que tal sairmos hoje à noite? – Sugeriu Ester.

- Acho legal, só farei a prova no Domingo mesmo, acho que dá para relaxar um pouco hoje.

- Que tal uma noitada completa? – Vitória falava toda animada ao meu lado.

- Eu estava com vontade de fazer um programinha mais light, não consigo nem ler nada no dia seguinte a uma noitada! Quem sabe um shopping, um cineminha?

- Compras! – Gritaram juntas as doidas.

- Compras! – Concordei!

Ficamos em um hotel três estrelas, tinha pelo menos o básico, serviço de quarto, piscina e uma academia básica. Não perdemos tempo, tomamos um banho e nos aprontamos para sair. Eu não queria dirigir à noite nessa cidade e a muitas custas convenci as garotas a irmos ao Shopping de táxi. Eu nunca tinha estado em um tão grande como aquele. Era espetacular! Meus olhos brilhavam com cada peça de roupa uma mais linda do que a outra, pena que meu bolso não brilhava tanto assim. Mas para essas coisas "Deus" criou o cartão de crédito. Não é?

Depois de horas de compras, gastando o dinheiro que eu não tinha, de ter assistido um filme melancólico, agora, enfim estávamos na praça de alimentação, não estava com muita fome depois daquela pipoca toda, mas as meninas estavam ansiosas para experimentar tudo o que não tínhamos em nossa cidade.

Me permiti perder meu olhar nas várias mesas ocupadas da praça de alimentação, algumas pessoas comiam com pressa, outras pareciam tão felizes jantando em família mas percebi um homem, que estava sentado sozinho, não parava de me olhar, ele nem disfarçava. Que homem louco! Comecei a ficar nervosa, não queria ser atacada novamente.

- Meninas, vamos voltar logo para o hotel? – Falei, chamando a atenção delas.

- Não antes de nos servirem, já fiz o pedido, agora precisamos esperar chamar o nosso número. – Me respondeu Vitória.

Olhei, disfarçadamente, na direção onde estava o estranho homem, mas ele havia sumido. Fiquei um pouco mais tranqüila. Meia hora depois decidimos, enfim, voltar para o hotel, caminhamos para a parte da frente do shopping, me arrependi profundamente de não ter vindo de carro, mas logo pude ver alguns táxis parados. Quando estava quase na saída um homem atravessou nosso caminho. Em um relance eu revivi toda aquela noite em minha mente, fiquei confusa por um instante e aliviada em seguida.

- Você? – Minha voz quase não saiu

- Até que enfim eu te encontrei! - ele disse. Eu não podia acreditar em meus olhos, era o homem que também foi atacado naquela noite.

Ele era um pouco mais alto do que eu, o que não era grande coisa, cabelos e olhos castanhos, um cara super normal. Obs.: Tinha um péssimo gosto por roupas, vestia uma jaqueta preta sobre uma camisa roxa, calças jeans e pelo amor de Deus, chinelos.

- Vocês se conhecem? – Perguntou Ester.

- Nos conhecemos em um evento aqui no Rio de janeiro, mas nunca mais nos vimos. – Fiquei pasma, ele mentiu com muita facilidade.

- Meninas, já que viemos de táxi, vou voltar um pouco depois tá? – Elas pareceram entender. Vitória até me deu uma piscadinha de olhos, garota doida pensando que eu... deixa para lá.

Depois que elas pegaram o táxi, me voltei para ele com muitas perguntas, mais uma maior do que todas.

- O que aconteceu com você naquela noite? – Falamos juntos.

















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