A Oferta

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Olá para todos os leitores de "Aquela Noite"! Gostaria de agradecê-los por lerem minha história. Quando comecei a escrever somente tinha a certeza que eu seria o primeiro leitor, jamais sonharia que tantas pessoas a leriam e gostariam dessa forma diferente e esquisita de escrita rápida, onde o mais importante é a história, deixando boa parte dos detalhes para a imaginação de quem lê. Como um quadro ou uma poesia que terá sua avaliação diferente dependendo da pessoa.

Eu irei retirar este livro do Wattpad no dia 15 de Junho, pois realizarei um sonho. Publicarei esta história e estarei com ela na Próxima Bienal Internacional do livro em São Paulo.

Caso alguém não consiga terminar a leitura até este dia, entre em contato comigo e será uma satisfação minha enviar o restante dos capítulos por e-mail.

Estou postando a continuação aqui no Wattpad (A Última Original), espero que possamos continuar nos divertindo, eu ao escrever e vocês ao ler.

Um forte abraço a todos e fiquem com Deus!

Quem quiser acompanhar a página do livro acessem o link: https://www.facebook.com/aquelanoite2016/  

Fábio Vera Cruz

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Foi uma verdadeira vitória, mas não podíamos comemorar quando também tínhamos nossas baixas, no total perdemos cinqüenta e três lobisomens. Consegui encontrar o Douglas e tia Anne, os dois começavam a ajudar a levar os feridos para a mansão. Mas onde teria se metido o Diego, comecei a procurá-lo, entrei na mata. Senti-me um pouco mais aliviada, encontrei seu cheiro, estava próximo. Andei mais alguns metros, fiquei aterrorizada, ele estava cercado por dezenas de vampiros. Corri o mais rápido que podia, não sabia se conseguiria chegar a tempo. A cada segundo que eu demorava ele recebia mais danos. Mas algo aconteceu, pude ver os vampiros sendo jogados longe, em pedaços. Outros corriam do local. Cheguei mais perto, pude ver quem estava atacando-os, meu pai. Ele parecia um tornado de fúria no meio dos vampiros, gigantesco e poderoso. Cheguei no meio da luta e juntos derrotamos o restante deles. Eu tinha vontade de continuar a batalha, dessa vez contra o meu pai, mas ao mesmo tempo eu sabia que devia a vida de Diego a ele. O pobre Diego estava desacordado.

- EU O COLOQUEI PARA DORMIR. – Meu pai falou, em forma de lobisomem.

E diferente do habitual, ele transformou-se instantaneamente em sua forma humana. Aparentava ter a minha idade mais ou menos, tinha longos cabelos castanhos amarrados atrás da cabeça em forma de rabo de cavalo, usava um terno cinza justo sobre uma camisa branca e gravata cor de prata, calçava lindos sapatos pretos.

- Sabe. Eu sempre amei a prata e os lobos. Que ironia serem a minha maldição . Não concorda filha?

- EU TE ODEIO! – Gritei com minha voz de lobisomem.

- Por favor, sua mãe não te deu modos? – Eu vi seus olhos acenderem em vermelho. – Transforme-se.

Rapidamente voltei à minha forma humana. Tentei me transformar novamente, mas não consegui. Eu estava nua diante dele, mas não era nem de longe minha maior preocupação.

- Por favor! Eu não quero brigar. Podemos conversar? Tenho coisas que você precisa saber.

- Você é um monstro! O que fez à minha mãe é imperdoável!

- Sarah, eu não busco seu perdão. Mas precisamos nos unir agora. Esses vampiros que derrotou hoje não são nem de longe seu maior inimigo. Esses eram apenas a infantaria. Não eram os mais fortes. Até aquele que você matou primeiro não passava de um capanga descartável.

- Quantos vampiros ainda restaram?

- Nesse ponto, vocês fizeram um ótimo trabalho, mataram a maior parte deles, mas nada que em alguns dias eles não consigam transformar novamente.

- Como você pôde transformar-se e não rasgar suas roupas?

- Ah! Isso? Isso não é nada que um imortal com mais de dois mil e quinhentos anos não possa ter aprendido por aí. Percebi que você espalhou por aí sobre a fórmula de ervas que facilitam a transformação sem a lua cheia.

- São as mesmas ervas que você deu para minha mãe enquanto a estuprava, são as mesmas ervas que minha mãe usa para fazer o nosso chá. Eu bebo esse chá desde sempre.

- Exatamente como eu planejei. Acredito que você dentre todos os lobisomens não precise tomá-lo para se transformar, já está impregnado em seu sangue.

- O que diabos é você? Por que está fazendo isso?

- Diversão, experiência, quem sabe? Anos e anos andando por aí acabam deixando-me querendo fazer coisas novas. Eu nunca tive um herdeiro, não sei se você sabe, mas herdeiros carregam o sangue puro dos amaldiçoados. Diferentemente daqueles que transformamos com a mordida ou arranhando-o, que apenas tem seu sangue corrompido como a um vírus.

- Porque nunca teve um filho antes de mim? E porque teve que ser desse jeito?

- Um filho teria o meu sangue, seria um puro. Você tem a força para derrotar um original. Não poderia correr o risco de ser morto por um descendente meu. Porém eu soube que um dos outros originais estava atrás de minha cabeça. Ela é uma pessoa muito vingativa. Fugi para este país lotado de densas florestas. Depois de procurar por muito tempo achei uma pessoa que tinha o sangue apropriado para me dar um herdeiro poderoso. Mas não consegui conquistá-la, ela não queria nada comigo, me dispensou muitas vezes. Eu já estava desesperado, tentei transformá-la arranhando-a, mas ela de alguma forma era imune à minha maldição. Precisei fazer o que você já sabe.

- Você acha que te ajudarei a lutar contra esse outro original? – fechei meus punhos.

- Você é livre, não vou obrigá-la a isso. Mas saiba que sem minha ajuda virão atrás de você, justamente por ter meu sangue. Posso te ajudar a derrotar esses vampiros. Enquanto isso aceite minha ajuda, tem muita coisa que preciso te ensinar.

- Eu não sei. Ainda estou com muita raiva!

- Aceite um conselho por enquanto. Não vá até o covil dos vampiros. Vocês não são fortes o suficiente. Tente reforçar suas tropas. Traga verdadeiros guerreiros para o seu lado, hoje eu vi uma porção de crianças e velhinhos lutando. Foi patético!

- Você consegue ser irritante mesmo quando parece estar ajudando.

- Sarah. – Ele segurou meus dois braços com força, vi seus olhos acenderem em vermelho. - Isso não é uma brincadeira! Arranje os lobisomens soldados, se não achá-los, fabrique você mesma. Precisa treiná-los de forma adequada. Agora você não precisa de lobisomens, você precisa de guerreiros. Eu posso ajudá-la, mas em troca te buscarei quando chegar a hora da minha batalha.

- Ainda não sei! Preciso de um tempo para pensar.

Ele colocou as mãos no bolso, retirou um celular e jogou-o para mim.

- Eu te ligarei amanhã, se concordar me encontre no local que eu informarei. Venha sozinha. Lembre-se, eu não tenho medo dos caçadores, mas se eles vierem ao meu encontro ao invés de você... Estará sozinha contra os vampiros ou quem sabe eu mesmo acabo com você.

Depois de dizer essas últimas palavras eu o vi virar fumaça bem na minha frente e desaparecer. Pude ver, no entanto algumas folhas mexerem-se mais adiante, entregando a direção que estava indo. Transformei-me novamente, peguei o Diego no colo e o carreguei de volta.



Aquela Noite...Onde histórias criam vida. Descubra agora