Os Originais

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Olá para todos os leitores de "Aquela Noite"! Gostaria de agradecê-los por lerem minha história. Quando comecei a escrever somente tinha a certeza que eu seria o primeiro leitor, jamais sonharia que tantas pessoas a leriam e gostariam dessa forma diferente e esquisita de escrita rápida, onde o mais importante é a história, deixando boa parte dos detalhes para a imaginação de quem lê. Como um quadro ou uma poesia que terá sua avaliação diferente dependendo da pessoa.

Eu irei retirar este livro do Wattpad no dia 15 de Junho, pois realizarei um sonho. Publicarei esta história e estarei com ela na Próxima Bienal Internacional do livro em São Paulo.

Caso alguém não consiga terminar a leitura até este dia, entre em contato comigo e será uma satisfação minha enviar o restante dos capítulos por e-mail.

Estou postando a continuação aqui no Wattpad (A Última Original), espero que possamos continuar nos divertindo, eu ao escrever e vocês ao ler.

Um forte abraço a todos e fiquem com Deus!

Quem quiser acompanhar a página do livro acessem o link: https://www.facebook.com/aquelanoite2016/  

Fábio Vera Cruz

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No lugar da floresta, um condomínio de luxo, no lugar de uma caverna escura, uma mansão com direito a um galpão nos fundos, piscina, churrasqueira, e tudo mais. Depois que eu recebi o telefonema do meu pai, cheguei ao local determinado. Eu nunca imaginaria que o encontraria em um lugar desses. Noto-o me aguardando em frente à sua porta entreaberta, ele vestia uma bermuda jeans, uma camiseta branca e tênis combinando com a camiseta.

- Seja bem vinda Sarah! Pelo visto veio sozinha como o acordado. – Ele disse.

- Sim! Quando começamos?

- Por favor, entre.

Sua sala era gigantesca, pude observar um piano no canto, uma linda lareira e um par de confortabilíssimos sofás. Sentamos e ficamos algum tempo nos olhando. Eu o odiava cada vez mais e seu olhar arrogante não facilitava em nada. Desviei o olhar, pude ver um belo quadro na parede, parecia a famosíssima pintura de Monalisa mas com o fundo totalmente diferente. A mulher era a mesma, eu tinha certeza absoluta, era a Gioconda de Leonardo Da Vinci.

- Você gostou do quadro? – Ele sacou na hora para onde eu estava olhando.

- Eu gosto muito de história. Que quadro é aquele?

- Ah! Entendi. Há muito tempo deixei aquela pintura em um cofre, somente nos últimos vinte anos decidi colocá-la na parede. Foi um presente de um amigo quando estive em Florença na Itália no passado. A outra pintura que ele fez desta mulher está no momento no museu do Louvre, em Paris.

- Você conheceu Leonardo Da Vinci?

- Sim! Fiquei hospedado em sua casa por alguns dias. Ao perceber que eu gostava de artes ele me presenteou com este belo quadro, ele me contou que esta tinha sido devolvida pois a modelo não tinha gostado de algum detalhe. Ele iria destruí-lo.

- Eu não acredito nisso. – Fiquei pasma. - Deve valer milhões!

- Ela é sua! Assim como todas as minhas posses. Tenho muito dinheiro investido por séculos.

- Porque acha que eu aceitaria?

- Não terá escolha, eu a coloquei em meu testamento. De qualquer forma se eu morrer alguém precisa herdar tudo isso. Não quero que vá para algum leilão por aí.

- Vamos voltar ao motivo que me trouxe aqui. Vamos começar com você falando o seu nome. Eu não vou ficar te chamando de pai nem que a vaca tussa.

- Me chame de Paulo.

- Paulo não me parece um nome de um soldado romano.

- E não é. Não vou te contar meu nome. Já vi pessoas morrendo com feitiços nos quais eram utilizados seus nomes. Você me disse que gosta de história. Que tal eu começar pelo início?

- Pode ser! O que aconteceu depois que vocês cortaram a cabeça daquela criança? – Eu o olhava com raiva, apertando os dedos de minha mão com força.

- Bom, como você deve saber éramos cinco soldados sobreviventes. Na hora não nos demos conta do que tinha acontecido. Mas depois eu soube, não foi o sangue daquela criatura que nos fez imortal mas o simples fato de entrar naquela caverna, um local sagrado. O sangue derramado de um ser tão puro que nos amaldiçoou. Nós cinco não éramos nem amigos mas logo nos aproximamos mais pois não entendíamos o que estava acontecendo. Eu fui o primeiro a manifestar meu monstro interior, um lobo. Depois foi a vez de Octavian, um morcego. Os outros três depois, um a um também mudaram.

- Qual o monstro de cada um deles? – Eu perguntei, curiosa.

- Lucius transformou-se em uma mistura de réptil com um humano. Foi dele que aprendi a me camuflar, ficar invisível. Ele conseguia adaptar-se a qualquer terreno, ficava até mesmo sob a água. Julius como um fiel romano adorava a águia, Mas ele conseguiu de certa forma redimir-se de seu pecado antes de transformar-se. Surgiram asas de águias em suas costas, acredito que as pessoas que o viram tenham confundindo-o com os anjos da Bíblia. As imagens feitas dos anjos tiveram como base esse homem. Por último Lucas, mas sua transformação foi algo totalmente diferente. Você já ouviu sobre as lendas dos dragões?

- Já! Quem nunca ouviu uma história sobre dragões? - Respondi

- Lucas foi o primeiro dragão a existir. Depois de aproximadamente duzentos anos ele se meteu em uma caverna, seu corpo foi envolvido por alguma substância que eu nunca tinha visto antes, formando um casulo. Um ovo se preferir. Depois de alguns anos ele não era mais uma humano mas sim um dragão. Alguns de seus descendentes humanos também conseguiram transformar-se em dragões. Eles foram caçados até a extinção na era medieval. Lucas era o mais forte de todos os originais mas sua transformação era de via única. Uma vez dragão nunca mais voltaria a ser um humano novamente.

- Nossa! Eu nem consigo acreditar nisso tudo! É esse original que te quer morto? Sinto uma imensa vontade de ajudar ele.

- Não! Ele já morreu a muito tempo. Os primeiros caçadores que existiram conseguiram descobrir seu ponto fraco. Na época nós não éramos tão poderosos como somos hoje.

- Então quem está atrás de sua cabeça?

- Na verdade não é um original mas sim a filha de um deles. Nicoly era filha de Octavian, o primeiro vampiro. Ele sentia-se intocável, criou um fortíssimo exército para combater os caçadores. Eu e Nicoly juntamos nossas forças e conseguimos matá-lo.

- Por que ela quer te matar então, já que eram aliados no passado?

- Ela tem vários motivos. Logo em seguida à morte de seu pai, eu a traí, contei aos seus seguidores que sua própria filha o tinha matado. Os vampiros sempre trataram seus líderes como deuses de uma religião. Nicoly passou séculos trancafiada em uma caixa, enterrada bem no fundo do chão. Somente despertou devido a um terremoto que abriu uma fenda até onde estava. De alguma forma ela ficou muito mais forte que seu pai, se auto proclamou a vampira original, matou a todos que sabiam da verdade menos eu. Consegui fugir da Europa junto das primeiras embarcações que vieram para o novo mundo, a América. Nesses anos todos busquei uma forma de ficar mais forte para poder lutar contra ela.

- Então, do nada decidiu estuprar minha mãe?

- Sim! Eu precisava unir meu sangue ao de sua mãe. Você é minha experiência. Acredito firmemente que possa ficar mais forte do que eu.

- Mas eu só estou te ajudando porque não tenho outra saída.

- Eu não preciso de sua lealdade, apenas de seus punhos. Agora vamos te ensinar algo na prática.

O acompanhei até o galpão nos fundos da mansão, tinha apenas uma porta, era imenso, como aqueles vistos em grandes empresas. Iria, enfim aprender algo de útil para lutar contra os vampiros.





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