Capítulo 3.

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Desfiz as malas e quando, finalmente, me senti acomodada, me joguei na cama; cansada,  e comecei a pensar em "COISAS QUE UMA GAROTA DE 16 ANOS PODE FAZER NO TEXAS".
Bom... Minha avó sugeriu o rodeio em Houston mas, esse clima country do Texas não é pra mim. Ela e o vovô saíram para fazer compras, e depois foram almoçar, mas eu não quis ir com eles; então fiquei em casa.
Uma das coisas que eu mais gostava era cantar, e eu me lembrei que a vovó tinha um violão velho no armário. Fui até lá,  peguei o violão e o afinei, antes de começar a juntar os acordes. Me sentei no jardim, assim comecei a cantar algumas musicas para descontrair, e foi ótimo fazer aquilo!  A música me trazia uma liberdade imensa e eu adorava me sentir daquele jeito. Cantei por horas!
Como era outono, o sol não aparecia muito no céu e naquela tarde o céu estava parcialmente escuro. Enquanto eu cantava, ainda no jardim, começou a chover e a chuva estava um tanto quanto forte. Não, aquilo não me incomodou. E então você deve estar imaginando que eu entrei em casa e voltei ao tédio...  Se pensou isso, está enganado!
Larguei o violão na varanda, liguei o rádio do meu avô, aumentei o volume e então corri pra chuva. Eu pulava, cantava, ria e dançava sob as gotas d'água que caiam e fiquei fazendo isso por uns 10 minutos, até que fui interrompida por um garoto que passava na rua:
- Ei, você vai acabar ficando doente. - disse ele tentando evitar a chuva com seu casaco sobre a cabeça.
- Ãn?  - eu disse confusa encarando-o
- Você está ensopada. Vai acabar ficando doente.  - respondeu ele espremendo os olhos para evitar que as gotículas de água invadissem-os.
- É só chuva! Por que você não vem dançar também? - perguntei sorrindo e me aproximando dele.
- Não... Eu não sei dançar, aliás, eu nem sei quem é você!
- Isso a gente resolve depois.- sorri- Agora vem dançar.
Puxei- o pelo braço e começamos a valsar, ele sorria de modo encantador, era como se nós nos conhecessêmos à anos, foi incrível aquele momento!
Depois de muitos minutos, finalizamos a dança,  sorrindo.
- Você dança muito bem mocinho! - ri.
- Muito obrigado - disse ele fazendo reverência.
- Mas... Agora eu posso saber seu nome?
-Christhopher, mas pode me chamar de Chris. E você mocinha? - disse ele sorrindo.
- Julietta, mas pode me chamar de Julie.- sorri.
E foi quando minha avó chegou em casa.
-Julietta! Você está ensopada!  Entre já e vá se secar, eu trouxe seu almoço.- disse ela irritada- Onde está com a cabeça?
-Okay vó!- gritei para ela- Foi muito bom conhecer você, Chris! Apareça aqui amanhã se você puder! Eu preciso ir... -disse sorrindo e segui em direção à porta.
- Tchau Julie. - acenou, antes de eu entrar em casa.
Entrei ouvindo sermão,  mas nem me incomodei,  pois eu estava super feliz, finalmente tinha descobrido o que fazer para sair do tédio.

Chuva de Outono (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora