Capítulo 8.

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Compor. Foi o que fizemos a manhã toda. Depois que nos desculpamos, Chris chegava cada dia mais cedo para me ver e aquilo me deixava totalmente feliz! Nós fazíamos de tudo quando estávamos juntos; cantávamos, ríamos,  escrevíamos,  desenhávamos (particularmente, esse era o maior ponto fraco dele), jogávamos e outras milhares de coisas.
  As últimas duas semanas foram as melhores, porque eu nunca me senti tão viva em toda a minha vida! Christopher tem algo especial, com um sorriso ou qualquer palavra, ele consegue me deixar feliz por dias e isso não me surpreende mais, porque a facilidade que ele tem em me deixar feliz é algo que eu deixei de me questionar.
  Minha avó adorava a presença dele, em alguns dias nós passávamos a tarde toda cozinhando com ela, e aquilo era super divertido, porque a cozinha se transformava numa bagunça imensa!  Vovô gostava daquela nossa amizade, ainda mais depois que nós o ajudamos a consertar o carro; ele dizia que  Chris era um "grande homem", e que se sentia orgulhoso de me ver seguindo os melhores caminhos da vida.
O único problema que, particularmente,  eu tive nesses últimos dias, é que a Marilla; sim, A MARILLA,  voltou a falar com o Chris, e toda vez que ela nos via na pracinha ela vinha atormentar-nos. Antes que você diga, não, não é ciúme!  Só não acho justo o Christopher perdoa-la depois do que ela fez com ele; eu sei que o perdão foi feito para ser dado e é uma das coisas mais bonitas que se pode fazer... Mas pessoas como Marilla não merecem perdão de ninguém,  pois são o tipo de pessoa que faz a mesma coisa diversas vezes; não se pode confiar.
Enfim... a semana foi ótima!

Naquela tarde de terça feira, nós decidimos que faríamos um piquinique noturno. Eu levaria uma torta de pêssegos e ele levaria vinho. Então, finalizamos nosso jogo de xadrez e Christopher foi para casa, se arrumar,  assim que ele partiu eu adentrei em casa e eu esperava ansioamente pelo nosso piquenique.
Às 22:30 eu terminei de pentear meus cabelos e fui para casa de Chris, o piquenique seria no jardim que havia perto de sua casa, de acordo com o planejamento.
Quando cheguei, Chris me espera próximo ao portão, com o vinho nas mãos,  e dali,  partimos para o local desejado.
Chegando no jardim, vi que não seria mais um piquenique, e sim um jantar. Chris colocou uma mesa com duas cadeiras em baixo de uma árvores e pendurou várias lamparinas nos galhos; era lindo. Ele me ajudou a  sentar e se sentou logo em seguida.
- Espero que tenha gostado da surpresa Srta.Julietta. - disse ele com um sorriso malicioso.
- Adorei Sr. Christopher! -sorri.
- Torta de pêssegos, certo? - disse ele, apontando para o embrulho em minhas mãos.
- Exatamente. - Assenti.
- Minha favorita!

Nós comemos e rimos muito! Quando acabamos de comer, nos deitamos no gramado e observamos o céu,  que naquela noite, estava coberto de estrelas.
-  Eu queria que mais pessoas fossem como você... -disse ele encarando o céu estrelado.
- Como?
- Algumas pessoas entram na nossa vida e viram tudo de ponta cabeça. Mas você não é esse tipo de pessoa,  você foi quem deixou tudo em seu devido lugar; consertou os estragos que todos haviam causado.
- Você é corajoso. São poucas as pessoas que me aguentam por opção, durante tanto tempo.
- Eu não sou corajoso, apenas tenho sorte.
- Sorte?
- São poucas as pessoas que tem a chance de ter alguém como você por tanto tempo.
- Eu também tenho sorte por ter você. - Sorri.

Chuva de Outono (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora