Capítulo 22.

51 6 2
                                    

Sábado, 8h da manhã e Maya já estava acordada, tentando me tirar da cama. Ela era uma pessoa organizada, tinha horário para tudo e infelizmente, o horário que ela acordava era totalmente diferente do meu.

Tomamos café e assim fomos andar no parque, para descontrair e conversar enquanto olhávamos as nuvens, deitadas. O assunto? Tudo.

-E como anda a vida? - Maya disse rindo.

-Sei lá... Ta tudo tão confuso...

-Confuso como?

-Eu sinto falta...

-Do que exatamente?

-De tudo. Do Texas, do violão da vovó, do Christopher...

-Julie! - disse ela se levantando e me olhando - Por que vocês estão fazendo isso um com o outro?!

-Fazendo o quê? - eu disse me levantando também.

-Parem de ser infantis! Vocês se gostam, sentem falta um do outro! Por que complicar?

-Não é tão fácil quanto parece...

-Por quê não?! Liga pra ele, diz que sente a falta dele!

-EU NÃO POSSO MAYA! - disse antes de ver Maya engolindo seco aquele grito estúpido - Eu não posso fazer isso comigo...

-Mas Julie... Vocês deviam conversar, se entender...

-Conversar o quê? Perguntar como foi beijar a Marilla?

-Para com isso, - ela me olhou feio - não é isso que eu to falando... Olha, procura entender o que aconteceu. Só isso.

-Não. Eu não vou fazer isso, sabe por quê?

-Orgulho.

-Não! Eu só não faço isso porque eu não quero ouvir a resposta.

-O que acha que ele vai dizer?

-Não sei, mas não quero saber Maya.

-Okay, já que você não quer, eu posso falar? Perguntar o que houve?

-Pode.

-Arrrgh - resmungou ela me olhando e então, eu sorri.

E então ficamos lá, rindo e jogando assunto fora até não querer mais. Definitivamente, Maya, agora, era minha melhor amiga e a única pessoa que me fazia rir dos problemas.

Chuva de Outono (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora