Sábado, 8h da manhã e Maya já estava acordada, tentando me tirar da cama. Ela era uma pessoa organizada, tinha horário para tudo e infelizmente, o horário que ela acordava era totalmente diferente do meu.
Tomamos café e assim fomos andar no parque, para descontrair e conversar enquanto olhávamos as nuvens, deitadas. O assunto? Tudo.
-E como anda a vida? - Maya disse rindo.
-Sei lá... Ta tudo tão confuso...
-Confuso como?
-Eu sinto falta...
-Do que exatamente?
-De tudo. Do Texas, do violão da vovó, do Christopher...
-Julie! - disse ela se levantando e me olhando - Por que vocês estão fazendo isso um com o outro?!
-Fazendo o quê? - eu disse me levantando também.
-Parem de ser infantis! Vocês se gostam, sentem falta um do outro! Por que complicar?
-Não é tão fácil quanto parece...
-Por quê não?! Liga pra ele, diz que sente a falta dele!
-EU NÃO POSSO MAYA! - disse antes de ver Maya engolindo seco aquele grito estúpido - Eu não posso fazer isso comigo...
-Mas Julie... Vocês deviam conversar, se entender...
-Conversar o quê? Perguntar como foi beijar a Marilla?
-Para com isso, - ela me olhou feio - não é isso que eu to falando... Olha, procura entender o que aconteceu. Só isso.
-Não. Eu não vou fazer isso, sabe por quê?
-Orgulho.
-Não! Eu só não faço isso porque eu não quero ouvir a resposta.
-O que acha que ele vai dizer?
-Não sei, mas não quero saber Maya.
-Okay, já que você não quer, eu posso falar? Perguntar o que houve?
-Pode.
-Arrrgh - resmungou ela me olhando e então, eu sorri.
E então ficamos lá, rindo e jogando assunto fora até não querer mais. Definitivamente, Maya, agora, era minha melhor amiga e a única pessoa que me fazia rir dos problemas.
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Chuva de Outono (Em Revisão)
Romance"Era como se eu fosse flor seca, que precisa da chuva para voltar a viver, e ele era a chuva que eu tanto precisava." "Algumas pessoas entram na nossa vida e viram tudo de ponta cabeça. Mas ela não era esse tipo de pessoa, ela foi quem deixou tudo...