Capítulo 31.

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Acordei e olhei no celular, eram 2:57AM, eu estava feliz por ter conseguido acorda á tempo. Mandei uma mensagem para Louis e ele me respondeu com um "tudo ok". Eu precisava pegar o que faltava, ou seja, comida. Saí da cama, silenciosamente,peguei minha mochila no guarda roupas e abri a porta, que fez um pequenos rangido, o que foi suficiente para disparar meu coração. Quando vi que aquele rangido não causou nada, continuei á caminho da cozinha. Abri os armários, sem fazer barulho e lá avistei diversos pacotes de salgadinhos, peguei alguns e enfiei-os na mochila, abri a geladeira e para minha felicidade, Lucas ainda estava com a ideia de que Redbull fazia bem para a saúde. Era exatos três favos da bebida, peguei algumas latas, pois 14h de viagem iriam necessitar de disposição, e coloquei na mochila algumas caixinhas de suco.

Ás 4h, meu celular vibrou,eu tinha recebido uma mensagem, isso significava que Louis já estava na porta. Mas eu tinha um problema, minha mãe adorava objetos budistas, ela dizia que aquilo era para melhorar a energia do lugar, então, tinha um sino dos ventos bem na porta da frente. Eu teria que usar outro lugar para sair, se eu abrisse aquela porta, ela saberia que alguém estava entrando ou saindo de casa.

Foi aí que eu tive uma ideia, a janela, abri a janela e logo uma brisa gelada entrou casa á dentro. Pulei rapidamente, com a mochila nas costas, e lá estava Louis, com uma Land Rover, eu fiquei totalmente boquiaberta. Entrei no carro, ainda impressionada.

-Wow. Por que não me contou sobre o carro?

-Como assim?

-Eu pensei que você tivesse no máximo um honda civic.

-Julie, vocês me chamavam de nerd, me desprezavam e tudo mais, mas eu consegui um estágio na Microsoft e eu tenho ganhado muito bem.

-WOW! EU NÃO ACREDITO! PARABÉNS! - sorri e abracei-o.

-Obrigado.

-Bom, senhor nerd do carrão, será que podemos ir?

-Sim... Então, Texas.

-Texas.

Nas primeiras 4 horas, foi totalmente suportável, mas então, Louis começou a ficar com sono.

-Eu trouxe isso, - disse abrindo a mochila e pegando uma lata de Redbull - pode ajudar.

-Okay, abre pra mim?

-Claro, - eu disse abrindo - são 8 da manhã, não podemos dormir agora, ou antes de chegar no Texas.

-Okay, vou tentar ao máximo, mas se eu não conseguir segurar, você dirige.

-O QUÊ?!

-Qual o problema de você dirigir? - disse ele me olhando e depois voltando os olhos á estrada.

-Eu nunca dirigi fora do estacionamento do supermercado. - suspirei.

-Tudo tem sua primeira vez. - ele sorriu pra mim.

-Okay.

Louis aguentou dirigir, claro, até 12:00AM. Paramos no acostamento e assim, trocamos de lugar. Aquele carro era totalemente diferente do que eu estava acostumada a dirigi, ele era enorme, o volante do carro era cheio de botões, no qual eu não sabia a utilidade, de nenhum deles, eu estava totalmente perdida naquele acento.

-Não vai dirigir? - disse Louis, inclinando o banco do passageiro para trás.

-Isso é muito confuso. E se eu bater?! - eu disse colocando as mãos na cabeça.

-Hey, fica calma, você consegue!

-Okay. - eu disse dando partida no carro e seguindo a estrada.

Depois de alguns minutos, me acostumei com aquilo, dirigir na estrada não parecia tão diferente do supermercado quando se sentia segura. Louis dormiu, e depois, acordou ás 3:00PM.

-Como está indo? - ele perguntou olhando para mim.

-Ainda estamos vivos! - sorri e o fitei rapidamente.

-Ótimo.

-Tenho uma péssima notícia.

-O quê?

-Eu preciso ir ao banheiro. - ri.

-Ai meu Deus. - ele disse com os olhos arregalados.

-Bom... Logo, logo achamos um posto. - eu disse olhando pra ele.

-Como por exemplo, aquele? - disse ele apontando pra frente.

-AH, GRAÇAS Á DEUS! - comemorei.

Estacionamos no posto e assim fui até a conveniência, á procura de um banheiro. Quando voltei, Louis estava enchendo o tanque.

-Está melhor? - ele perguntou, rindo.

-Sim... - ri também.

-Julie, será que eu podia conversar um pouco? - disse ele colocando o bico para combustível de volta na bomba.

-Claro. - eu disse, entrando no carro.

-Então... - disse ele, entrando no carro e fechando a porta.

-Diga.

-Eu fiquei muito feliz, quando te vi novamente. Bom.. Já faziam dois anos que não nos víamos...

-Sim...

-E eu comprei uma coisa pra você.. - disse ele tirando uma caixinha do bolso.

-Ah, não precisava... - eu disse, constrangida.

-Espero que goste... - disse ele abrindo a caixinha e mostrando um colar com um pingente em formato de lua.

-É linda! Obrigada! - agradeci enquanto ele colocava-o no meu pescoço.

-Que bom que gostou... Eu pensei em você nos últimos anos..

-Ah...

-E você continua linda, como antes... - disse ele se aproximando de mim.

-Obrigada... - e então, ele tentou me beijar.- Louis, - me afastei dele - me desculpa, mas não posso fazer isso.

-Me desculpe, mesmo.

-Não, tudo bem... É que, eu gosto de outro, aliás, eu amo o Chris.

-Sim, eu entendo. - ele sorriu.

Depois do ocorrido, ficamos por um tempo em silêncio no caminho, mas depois, o assunto foi fluindo e já tinhamos esquecido do que tinha acontecido. Algumas horas depois, para ser exata, 3h depois, chegamos ao Texas e alguns minutos depois, já estavamos em Longview.

Chuva de Outono (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora