Capítulo 13.

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Tínhamos muito o que fazer, mas, nossos planos foram interrompidos. Vovó nos mandou para a lavanderia, e claro, não podíamos recusar. Então separamos todas as roupas em grandes sacos de pano e fomos.
Chegando lá, Christopher colocou os sacos próximos à uma das maquinas e nós jogamos todas as roupas dentro da mesma, coloquei moedas e nos sentamos nos bancos em frente à máquina. Chris estava com fones de ouvido:

-O que tá ouvindo? -disse depois de cutucá-lo.
-Música.
-Ahh Jura? Pensei que estivesse ouvindo vento!- respondi.
-Não sei se você gosta desse tipo de música...
-Fala logo!
-Jura que não vai rir?
-Juro, Chris...
-Okay!- ele me deu um fone- Ed Sheeran, Thinking out Loud. - disse em seguida.
-Ai meu Deus! Eu amo essa música!
-Sério? - ele riu.
-SIIIM!
-Então, - disse ele se levantando e estendendo a mão - me concede essa dança? - riu.
-Claro que sim - sorri segurando em sua mão.

Então, lá estávamos nós, rodopiando pela lavanderia deserta, nós íamos de um lado para o outro. E tudo estava perfeitamente bem, até que a pessoa errada entrou no lugar errado, na hora errada.
Marilla entrou na lavanderia e nos observou, até que percebêssemos a presença dela:

-Ai que lindo! A dama e o vagabundo! -disse ela rindo ironicamente e batendo palmas. - Finalmente né Christopher, arrumou uma trouxa que te queira!
-Não fala assim dela! -ele disse com raiva.
-Ah desculpa amorzinho, eu não quis te ofender.
-Escuta aqui sua vadia, - eu disse com muita raiva - eu não vou estragar meu dia por sua causa!
-Se a minha presença te incomoda a culpa não é minha.
-Já chega!- gritei.

Eu queria dizer que sou uma pessoa calma e civilizada, mas infelizmente minhas ações não correspondem á essas qualidades. Eu quero dizer, simplesmente pulei em cima da Marilla, fazendo com que ela caísse no chão e lá ficamos nós, nos batendo no chão da lavanderia. O Christopher? Ele ficou desesperado, tentava me tirar de cima dela, mas era quase impossível.
Tudo acabou quando o irmão de Marilla entrou na lavanderia e ajudou Chris a nos separar, logo depois eles foram embora. Eu estava toda arranhada, mas no fundo estava orgulhosa de mim, não por ter deixado ela toda rasgada e tudo mais, mas por conseguido tomar atitude.Todos esses anos eu sofri bullying de uma garota do colégio e eu nunca reagi, mas hoje eu provei, não da melhor forma, que sou capaz de fazer algo por mim.
Não me orgulho do que fiz, mas, me orgulho do que sou; da minha personalidade e força, da minha atitude e inconsequência. Minha avó não gostaria de saber que a neta dela brigou dentro de uma lavanderia, mas, gostará de saber que eu sou capaz de me defender sozinha, que eu sou crescida agora.

Chuva de Outono (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora