Acordei com a minha avó abrindo as cortinas do quarto; os raios de sol invadiam todo o ambiente. Me espreguicei e fui direto pro banho, já que meu dever naquela manhã era comprar pães.
Eu conhecia pouco da cidade, então antes de ir até a padaria, passei na casa que Chris disse morar e torci para que fosse verdade. Ele apareceu na porta, sem camisa e de bermuda. Meu Deus! Ele tinha o abdômen mais bonito que eu já vi, é inacreditável que a tal garota tenha esnobado ele, não só pelo seu corpo, mas, Chris era tão legal, bonito e inteligente; talvez, ele seja o garoto dos sonhos de qualquer uma.
Convidei-o para ir comigo e assim fomos nós, conversando e rindo o caminho inteiro. A padaria ficava na tal pracinha, onde ele tinha sido humilhado pela vadia, e confesso que era uma das pracinhas mais bonitas que já vi, mas Christopher estava totalmente constrangido e desconfortável naquele ambiente, pois todos ali tinham visto a cena:-Julie... Nós podemos ir logo?
-Sim... Nós já vamos, só uma pergunta.
-O quê?
- A vadia não está aqui não, né?
- Está, o pai dela tem uma loja aqui. - disse ele apontando para uma loja de penhores.
- E qual é o nome dela?
- Marilla.
- E com esse nome horrível, ela zomba de você? - ri - Me espere aqui.- disse e fui em direção à garota que estava na loja de penhores.Entrei na loja; era bem rústica e tinha coisas interessantes á venda. Me aproximei do balcão, onde estava a suposta Marilla.
- Olá, suponho que você seja Marilla.
- Sou eu mesma - ela sorriu.
- Então, eu vim aqui para dizer... Que você é uma Vadia! E se brincar com o coração do Chris de novo eu mato você! - eu disse gritando enquanto as pessoas que estavam na loja observavam.
- Escuta aqui, eu não sei quem você é, mas não ouse falar assim comigo de novo. - ela disse, saindo de trás do balcão.
- Ou? - eu disse, com deboche.No mesmo instante em que eu disse isso ela pegou uma tesoura que estava no balcão, fez um corte na gola da minha camiseta e rasgou-a com as mãos rapidamente. Fiquei totalmente envergonhada, pois lá estava eu, de sutiã, na frente de todos.
Chris veio até mim e me deu a camiseta que usava, vesti-a rapidamente e antes de sair da loja levantei educadamente o dedo do meio para Marilla. Durante o caminho questionei o fato de Chris gostar de uma garota tão rude
-Como pode gostar dela? Ela é uma péssima pessoa e nem sequer é bonita! - eu disse gritando.
- Eu não posso controlar isso - ele riu, fraco - Talvez eu tenha fetiche por garotas marrentas- ele sorriu pra mim com malícia.
- Para com isso!- respondi e bati em seu ombro.Quando chegamos em casa, mais uma vez, ouvi sermão da vovó. Me despedi de Christopher e fui para o quarto, precisava pensar um pouco. Joguei-me na cama e contemplei o teto, tudo o que aconteceu nas últimas horas me passou pela cabeça; Marilla, humilhação em público... Mas, nada disso era tão ruim quanto as coisas que aconteciam no Colorado; até porque, no Texas eu tinha o Christopher pra me socorrer e se preocupar.
Talvez nem tudo seja como eu quero, talvez seja bem melhor.
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Chuva de Outono (Em Revisão)
Romance"Era como se eu fosse flor seca, que precisa da chuva para voltar a viver, e ele era a chuva que eu tanto precisava." "Algumas pessoas entram na nossa vida e viram tudo de ponta cabeça. Mas ela não era esse tipo de pessoa, ela foi quem deixou tudo...