"Você e eu poderíamos aprender a amar de novo depois de todo esse tempo
Talvez tenha sido assim que eu soube que você era única
Que você ainda poderia acreditar em mim de novo depois de todos as nossas provações
Talvez tenha sido assim que eu soube...
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Eu sou Dakota Johnson, tenho 23 anos, moro em Nova York e essa é minha história...
Venho de uma família sem condições financeiras. Meus pais são Melanie e Don e eu tenho um irmão mais velho, Jesse, meu herói. Minha mãe era manicure e meu pai, um pedreiro alcoólatra que gastava o pouco dinheiro que nós tínhamos com jogos e bebidas. Eu não me dava muito bem com eles porque desde sempre, eles me consideravam rebelde e ao meu ver, tinham uma certa preferência pelo meu irmão.
Tive uma infância normal, eu diria. Sem muitas regalias que uma criança gostaria de ter, mas eu era feliz. Arielle era minha amiga de infância. Nós crescemos juntas e eu a amava como uma irmã. Ela sempre esteve ao meu lado e minha alegria era tê-la comigo, até hoje.
Aos 15 anos, eu já tinha começado a trabalhar. Estudava na escola do subúrbio onde eu morava e trabalhava numa sapataria no shopping. Jesse e eu, precisávamos ajudar a colocar comida na mesa. Ele era motoboy de um escritório.
Na escola, eu arrumei um namorado, Matthew. Nós éramos loucos um pelo outro. E eu achava que ele era o amor da minha vida. O que eu não sabia era que estava completamente enganada.
Aos 16 anos, em uma de nossas aventuras, eu acabei engravidando, sem querer, sem ter planejado. Mas eu estava feliz, como nunca estive antes, afinal de contas, nós dois ficaríamos definitivamente juntos, já que agora eu esperava um filho dele.
Lembro-me como se fosse hoje, a maneira como ele me tratou quando eu fui contar que estava grávida. Ele me pediu pra que eu escolhesse entre ele e a criança. Ele alegava que nós éramos muito jovens para sermos pais e que ele não assumiria esse filho. Ele ainda tinha muito o que aproveitar da vida, segundo ele, e um filho só traria problemas. Eu fiz de tudo para que ele entendesse a situação, para que ele visse que as coisas podiam dar certo pra nós dois, mas meus esforços foram em vão.
Ele me pediu que escolhesse entre ele e o bebê.
E sem pensar duas vezes, eu escolhi o meu bebê. Ele era muito mais importante que um simples namorado de adolescência.
Matt ficou revoltado com minha escolha e não quis mais saber de mim, muito menos do bebê. Mal sabe ele do favor imenso que me fez. Eu chorei muito e sofri além da conta pelo desprezo dele por mim, eu até então o amava e achei que nós seriamos felizes o resto da vida juntos.
Mas o meu sofrimento ainda não havia acabado ali.
Naquele mesmo dia, eu precisava contar para os meus pais o que estava acontecendo. Eu não tinha como e nem podia enfrentar isso sozinha. A única pessoa que sabia, além de Matt, era Jesse. Ele disse que não era certo, não naquele momento. Mas ele não me negou apoio e disse que faria o impossível pra me ajudar. Eu voltei pra casa, pedindo a todas as forças desconhecidas do universo que me ajudassem e me encorajassem nesse momento. Meus pais estavam na sala assistindo TV quando cheguei. Fui até o banheiro, lavei o rosto que estava vermelho de tanto chorar por causa de Matt e respirei fundo antes de adentrar a sala.
