Learning to love again.

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Dakota!

As duas semanas que antecediam o dia do meu casamento se arrastaram.

Eu trabalhei normalmente, apesar de estar com a cabeça no meu casamento, no meu bebê e em não ter nenhuma atitude suspeita perto do meu futuro marido. Nós dois curtimos cada um dos nossos minutos como "solteiros", além de aproveitarmos a nossa pequena.

Nina estava numa euforia só com os últimos detalhes do casamento e fez questão de me ajudar em tudo. Eu não consigo esquecer a carinha dela quando foi comigo fazer a ultima prova do meu vestido de noiva e do dela de daminha. Ela desfilou por todo aquele ateliê e não queria tirar o vestido por nada. Nós escolhemos juntas os arranjos de cabelo e as jóias que nós duas usaríamos. Se minha filha já parecia uma princesa vestida com pijamas, com o vestido de dama de honra, eu não queria nem pensar na minha maquiagem borrada pelo meu choro quando ela atravessasse a passarela levando as alianças.

Depois de tudo acertado e de Eloise no meu pé para não me deixar esquecer de nenhum detalhe e muito menos de me cuidar e me alimentar direitinho por causa da gravidez, nós embarcamos para Venice. Chegamos há dois dias, apenas para acertar um detalhe ou outro e averiguar se tudo estava conforme o combinado. No jatinho da empresa, viemos eu, Nina, Eloise, Tia Tracy, Arielle, Amber e Ian e meu irmão. O restante da família, inclusive o meu noivo, chegou ontem e Eloise me proibiu de encontra-lo até a hora do casamento e eu quase pirei quando ela me disse isso e ameaçou me deixar trancada no quarto.

Jamie e eu trocamos mensagens desde que eu sai de Nova York. Eu sentia saudade dele o tempo todo e eu sabia que era recíproco. Essa é uma das melhores partes de amar desse jeito, nessa intensidade.

Ontem a noite, ele saiu para beber com os irmãos e Eddie, por insistência de Henry. Eu adorava meu cunhado, mas as vezes queria mata-lo pelas burradas e palhaçadas que fazia, como por exemplo, colocar uma ideias erradas na cabeça de Jamie. A minha sorte era que ele não se deixava influenciar e eu confiava nele.

Agora, dessa sacada imensa, olhando tudo pronto para o meu casamento na praia, exatamente do jeito que eu queria ou imaginava ou sonhei nos últimos tempos, eu não poderia estar mais ansiosa. Faltava apenas algumas horas para fazer os meus votos e prometer a Jamie uma vida inteira ao seu lado.

Eloise tinha me deixado sozinha em seu quarto, o escolhido para que eu pudesse me arrumar, vestindo apenas um roupão de seda e com os cabelos cheios de bobs. Eu decidi por não fazer penteado ou algo muito extravagante, apenas colocar um arranjo de flores na cabeça, para acompanhar os cachos no meu cabelo.

Ainda olhando para o horizonte azul imenso na minha frente, involuntariamente, acariciei minha barriga, já não me sentindo mais tão sozinha, já que tinha uma coisinha pequenininha aqui dentro.

- Pronto para levar a mamãe pro altar, meu amor? – Continuei acariciando e sorrindo como uma mãe coruja que eu era. – Se a mamãe já estava feliz antes, agora sabendo de você aqui, a minha felicidade se multiplicou por mil. – Eu juro que se eu conseguisse, beijaria minha barriga, mas a anatomia humana não me permitia fazer isso e conhecendo Jamie como eu conhecia, ele faria isso pelos próximos meses. Sorri largamente, imaginando a cena e tentando conter a minha ansiedade em contar para ele.

Não resisti e peguei meu celular e mandei uma mensagem para ele.

"Estou louca para te ver." – Eu não esperava resposta, porque não sabia o que ele estaria fazendo, faltando tão pouco para o casamento. Mas a resposta chegou.

"Eu tô numa saudade enorme de você. Mas agora, falta pouco amor." – Sorri para o celular.

"Eu tô presa em algum quarto nesse hotel, sozinha, esperando sua querida irmã me dar a próxima ordem do que fazer." – Fiz um bico, como se alguém estivesse vendo e imediatamente, ele me ligou.